Capítulo 8

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Voltei de novo... (Prometo que é a última vez hoje)
Espero que gostem do capítulo. Boa leitura.
Amo vocês, kissessss ❤️

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A voz feminina falou de novo. Ela estava lendo algo. Eu sentia que era para mim.

"-Vai chegar um dia -eu disse- em que
todos vamos estar mortos. Todos nós. Vai chegar um dia que não vai sobrar nenhum ser humano sequer para lembrar que alguém já existiu ou que nossa espécie fez qualquer coisa nesse mundo. Não vai sobrar ninguém para Se lembrar de Aristóteles ou de Cleópatra, quanto mais de você. Tudo que fizemos, construimos, escrevemos, pensamos e descobrimos vai ser esquecido e tudo isso aqui -fiz um gesto abrangente-vai ter sido inútil. Pode ser que esse dia chegue logo e pode ser que demore milhões de anos, mas, mesmo que o mundo sobreviva uma explosão do sol, não vamos viver pra sempre. Houve um tempo antes do surgimento da consciência nos organismos vivos, e vai haver outro depois. E se a inevitabilidade do esquecimento humano preocupa você, sugiro que deixe para lá. Deus sabe que é o que todo mundo faz."

A voz feminina parou de ler, e eu voltei a ser deixada no silêncio. Silêncio não, ela ligou algum tipo de aparelho. A televisão, suponho, já que vozes de propagandas começaram a falar.

Ficou falando por muito tempo. Até que a voz feminina falou comigo novamente.

-Meu amor, eu vou descer para jantar na lanchonete. Vou dormir aqui com você hoje.

A porta do quarto bateu e fiquei com o volume da TV novamente.

Algum tempo depois, a televisão foi desligada, e senti um beijo na minha testa

-Boa noite. -a voz feminina já tão conhecida falou.

O som da televisão morreu e fiquei em silêncio total. Precisava sair daquele escuro.

Precisava acordar.

A luz forte e branca cegou meus olhos

por instantes, enquanto piscava inúmeras vezes tentando enxergar.

Comecei a me mexer na cama do quarto todo branco, tentando ver aonde estava.

Parecia um hospital.

Não me lembrava de nada... muito menos meu nome. Quem eu era? Por que não conseguia lembrar?

Olhei para a janela e já era noite.

O que tinha acontecido?

Por que estava em um hospital?

E o que me deixou mais curiosa: quem era aquela mulher dormindo no sofá?

Amnésia - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora