Capítulo 20

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Sunrise with you on my chest
No blinds in the place where I live
Daybreak open your eyes
'Cause this was only ever meant to be for one night
Still, we're changing our minds here Be yours, be my dear
So close with you on my lips
Touch noses, feeling your breath
Push your heart and pull away, yeah
Be my summer in a winter day love
I can't see one thing wrong
Between the both of us
Be mine, be mine, yeah
Anytime, anytime

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Amanheço com você no meu peito
Não há cortinas no lugar onde moro
A alvorada abre seus olhos
Porque isso só deveria durar uma noite
Ainda assim, estamos mudando nossas mentes aqui
Ser seu, seja minha querida
Tão próximos com você em meus lábios
Os narizes se encostando, sentindo sua respiração
Seu coração se aproxima e se afasta, sim
Seja meu verão em um dia de inverno, amor
Eu não consigo ver nada errado
Entre nós dois
Seja minha, seja minha, sim
A qualquer momento, a qualquer hora

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Zulema era tão boa para mim. Depois
que ela se deitou ao meu lado, consegui dormir calmamente, o que seria muito difícil de fazer sozinha depois daquele sonho.

Mas, durante o resto da noite, tive uma sensação estranha e boa ao mesmo tempo, uma sensação de dejavu; era familiar me deitar junto a Zulema daquele jeito. Era tão natural, como se já tivesse feito aquilo inúmeras vezes...

Estava de costas para ela, encarando a janela aberta. A luz do sol da manhã iluminava todo o quarto, e esquentava o ambiente. O toque de Zulema, nossas pernas entrelaçadas, as mãos dela ao meu redor.

Me virei, o braço da mais alta segurando na minha cintura como se fosse ferro. Não conseguia me separar dela, nem que tentasse com muita força. Não que estivesse tentando -era bom demais ficar assim com ela.

Encarei seu rosto. Os traços suaves e delicados, tão... sensuais. Ela me
deixava louca.

Eu me sentia tão próxima dela, como se Zulema fosse a guardiã de todos os meus segredos, minhas manias, meus defeitos... e eu sentia que a conhecia dos pés à cabeça. Eu a conhecia. Só não conseguia lembrar.

Os olhos antes fechados se abriram, revelando as duas pedras preciosas. Me perdi na profundidade de seu olhar. Zulema Zahir era jovem, mas sua alma era anciã. Eu podia jurar que ela sabia de tudo, já tinha visto de tudo. Ela podia ler a alma de qualquer pessoa; mas eu só conseguia ler a dela.

Só percebi que ainda a estava encarando quando ela sorriu:

-Bom dia. -Eu também sorri, sentindo as mãos dela subirem pelas minhas costas. Ela tocou a ponta do meu queixo, ainda me encarando.

-Bom dia. -afundei a lateral do meu rosto na sua mão, sorrindo sem descolar os lábios.

-Acordou faz muito tempo? -ela tirou a mão do meu rosto, mexendo no meu cabelo.

-Não muito. -me sentei na cama, me separando dela.

Podia estar amando, mas ainda assim, eu não estava preparada para me envolver com alguém agora. Não me lembrava nem quem eu era direito, imagina me apaixonar? Não ia dar certo. As duas iam acabar se machucando. Ela se levantou, arrumando a calça de moletom que vestia. Pulei da cama e andei até ela, a impedindo de sair- Nem pense em fazer o café da manhã, hoje eu que faço. -coloquei a mão na cintura, como se estivesse mandando.

-Tá. -ela riu.

-Obrigada. -segurei sua mão. - Obrigada por cuidar de mim ontem à noite.

-Eu estou aqui pra isso. -ela deu de ombros.

-E eu sou muito grata por isso. -beijei sua bochecha.

Então saí em direção a cozinha.

E assim que me estiquei para pegar a panela, tive mais um estalo.

"Bom dia. -entro na cozinha sorridente, me virando para Kabilla.

-Hello. -ela piscou para mim, com uma caneca de café na mão e um jornal na outra- Dormiu bem?

-Maravilhosamente. -ela riu.

-O que você vai fazer, Maca? -Saray entrou na cozinha, o cabelo todo bagunçado.

-Bom dia também, meu amor. -Kabilla falou, pigarreando com a voz sarcástica.

-Pra você eu já dei bom dia, e que bom dia, lá dentro... -ela falou com a voz maliciosa, beijando a morena. Eu me virei para o fogão, para evitar ficar encarando as duas aos beijos.

-Arrangem um quarto, vocês duas! -Zulema entrou na cozinha, dando um tapa na cabeça da mais alta com o jornal que carregava.

-Isso Zule, me salva dessa vela extrema que eu to segurando! -eu ri."

-Merda de dor de cabeça... -murmurei, massageando a testa.

-Calma, pega um copo d'água que eu pego o remédio. -Zulema abriu o armário para pegar o pequeno frasco.

Assim que engoli o comprimido, Zulema perguntou:

-Certeza de que não quer que eu cozinhe?

-Certeza. -A empurrei para fora da cozinha- Vai assistir TV, tomar um banho, sei lá, mas me deixa cozinhar!

-Ok,ok -ela riu e eu também

....

(Cada capítulo e eu fico mais ansiosa para o final, não que eu queira que acabe, mas essa fic é extremamente sensacional. Estamos na metade dela, infelizmente.
Espero que tenham gostado do capítulo, foi escrito, adaptado e revisado com muito amor.
Bjos, amo vocês, até a próxima. Kissessss.)

Amnésia - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora