Amnésia - ZURENA (CONCLUÍDA)

Capítulo 17

Boa noite galerinha, como vocês estão?

Bom, mais um capítulo pra vocês, boa leitura.❤️

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-Seu quarto é no fim do corredor a direita. É uma suíte, então não precisa se preocupar em dividir o banheiro com ninguém. -a de cabelos negros sorriu ao colocar minha mochila sobre o sofá- Essa é a sala, ali -ela apontou para uma porta branca- é a cozinha, ali -apontou para a porta de vidro- é a varanda e a lavanderia fica no fim da cozinha. -eu assenti.

Começou a abrir as portas da varanda quando se lembrou:

-Ah, e tem outros três quartos: o meu, e os quartos que antes eram de Rizos e Saray, da época em que moramos todas juntas. Hoje um deles é o escritório e o outro a nossa biblioteca. São todos suites, e você pode usar todas elas. A minha é a principal, que tem uma banheira enorme. Se quiser usar, não precisa nem pedir, está a sua disposição.

-Obrigada, Zule. - ela sorriu.

-Não é nada. -ela me lançou um olhar acolhedor.

Eu peguei minha mochila e segui para o quarto que havia sido indicado como meu, e abri a porta. Tive um estalo assim que encarei o cômodo.

"Ah, Maca, esse nosso apartamento novo é incrível! - Kabilla comemorou,
vestida com um pijama de panda -Vamos abalar essa cidade! - ela gargalhou, jogando um travesseiro em
mim.

-Eu sei. -saltitei, gargalhando também- Amanhã começa nossa vida adulta, Rizos! Sabe o que isso significa?

Ambas nos entreolhamos, já sabendo o que vinha a seguir:

-Maratona de filmes! -gritamos. enquanto eu pulava para a cama

-Opa, eu escutei maratona? -Zulema entrou no quarto, com um pote de pipoca na mão.

-Vocês realmente acharam que iriamos deixar vocês fazer uma sem a gente? - uma garota alta, que eu acredito ser Saray entrou junto à ela, com varias barras de chocolate.

-Óbvio que não- eu puxei Zulema para a cama com a gente-Já iamos chamar vocês.

-Sei... - ela fingiu desacreditar

-Tá, vamos começar! -Kabilla levantou, puxando Saray pela mão-  Vem, me ajuda a pegar os copos de refrigerante!

Sairam, deixando eu e Zulema deitadas na cama."

-Ai.. -murmurei.

-Maca? - Zulema apareceu quase de imediato- Tudo bem?

-Tudo, só... um pouco de dor de cabeça.

-Ah, -ela pareceu aliviada- o médico disse que isso é normal nessa fase de reabilitação. Você pode ter dores
de cabeça fracas, ou fortes, quando
lembrar de algo. -seus olhos brilharam- Se lembrou de alguma coisa? -ela pareceu ansiosa.

-De um pedaço de uma noite em que fizemos maratona de filmes aqui no
quarto...

-Até que parte?

-Ah, só o comecinho, na hora que você e Saray entraram meio que eu travei a memória, e a dor de cabeça apareceu
de leve.

-Ah, -ela pareceu desanimada, como
se esperasse que eu lembrasse de algo mais- Eu me lembro desse dia, sim, logo que mudamos. Faz tanto tempo... -ela sorriu nostálgica, encarando a cama vazia como se pudesse ver as quatro amigas alguns anos mais novas naquele mesmo cômodo. Então se virou para mim e colocou a mão no meu ombro, cautelosa- Vem, vamos pegar o remédio que o médico receitou para as dores de cabeça, você toma um banho quente, coloca um pijama bem confortável e a gente pode assistir A Culpa É Das Estrelas, seu filme favorito, pode ser?

Eu sorri, agradecida.

-Pode. Pode ser sim. -ela assentiu e tirou a mão do meu ombro, indo para a cozinha.

Fizemos tudo de acordo com o que ela
disse, e realmente ajudou.

Realmente amei A Culpa É Das Estrelas, chorei horrores, desesperada. Por que sempre matam o melhor personagem?!

Eu ri com as palhaçadas de Zulema e
me senti acolhida pelo seu carinho e
cuidado.

Ela me conhecia bem, sabia o que me deixava bem ou mal, sabia o que funcionava quando eu estava triste e o que não. Ela me conhecia melhor do
que eu mesma.

Ela era minha melhor amiga.

E eu era extremamente grata por isso.

...