Capítulo 38

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Boa noiteeeee, como estão? Eu estou bem.
Estou planejando algo, se der certo eu venho contar pra vocês, se não, paciência.
Bom, mais um capítulo pra vocês, espero que gostem, beijão.
Boa leitura.❤️
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Eram duas da manhã e o mundo caía la fora, mas eu tinha que sair assim
mesmo.

Coloquei o meu sobre tudo, cobrindo os braços do frio e a camisola. Calcei uma sapatilha confortável e saí do quarto, em silêncio. Não podia acordar elas. Saí para a rua, que apesar de ser madrugada, ainda havia grande movimento de carros e bares, Nova York, a cidade que nunca dorme.

Com a chuva forte, era impossível enxergar um palmo a sua distância, e eu piscava a todo momento para que a chuva não entrasse nos meus olhos.

Não importava, eu tinha que ir até ela.

Tinha que ver Zulema. Agora que me lembrava de tudo, eu não podia esperar para vê-la. Tinha que falar com ela.

Tentei atravessar a rua, com dificuldade por conta do escuro e da tempestade que caia. Eu estava encharcada dos pés à cabeça, meus passos fazendo barulho

Pela grande quantidade de agua nas sapatilhas, as pernas congeladas do frio que o vento e as gotículas de água causavam, o sobretudo pingando e o cabelo tão molhado quanto se estivesse debaixo do chuveiro.

Estava com medo. Medo de não conseguir chegar lá. O apartamento que dividia com Zulema era do outro lado do bairro, que era bem grande, e estava perigoso demais para chegar até lá.

Mas eu precisava continuar. Precisava ir até minha noiva.

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Pov Zulema

Era meia noite quando eu saí do banho quente que tomava. Vesti um short confortável e uma camiseta, sequei meu cabelo com a toalha e segui para a sala. Tomei um grande shake de frutas e segui para o quarto, exausta. Tinha chegado do trabalho às onze, por que tive um coquetel com os presidentes da empresa.

O corpo mole de sono e a cabeça nebulosa, andando até minha cama.

Me joguei no colchão e meus olhos pesaram até que caí em um sono profundo.

Mas o sono começou estranho, quando um sonho surgiu.

"Estava dormindo no meu quarto quando meu telefone tocou. Era um numero desconhecido.

-Aló? -perguntei, a voz rouca de sono e os pensamentos nebulosos.

-Zulema? -a voz doce entrou em meus ouvidos como o canto de anjos.

-Maca! -despertei completamente,

-Zulema. Eu acordei aqui no hospital, Zulema! Eu não sei o que está acontecendo... eu.. me tira daqui, por favor!

-Estou indo para ai Maca, fica tranquila!

Pulei da cama já colocando um casaco e a calça de moletom. Calcei os chinelos e voei para o carro, ainda no telefone com ela. Ela chorava.

-Eu tô com medo Zulema... eu preciso de você... não me deixa aqui sozinha...

-Eu já vou meu amor. Eu já vou.

-Eu te amo.

-Eu também te amo.

A cena mudava, e eu estava na cozinha, de frente para Maca. O dia em que nos beijamos. Mas os acontecimentos eram outros.

-Você se lembrou de algo. -entrei na cozinha, seguindo a loira- Você se lembrou de algo importante.

-É.- desligou a torneira, se virando para mim.- Eu me lembrei de algo sim. -se encostou na pia, ainda massageando a testa.

-Do que, Maca? O que você têm? -me
aproximei cautelosamente, não queria assusta-la, mas sabia que ela também queria - Você sabe que pode me contar tudo. - segurei de leve seu queixo, a fazendo encarar fundo em meus olhos.

-Eu não tenho nada... -ela se afastou, indo para o outro lado da bancada. Eu sabia que ela estava me provocando.

-Eu te conheço, sei quando você está diferente. -me aproximei novamente- Me diz, do que você lembrou?

Seus olhos marejaram, e ela abriu um sorriso enorme. Lágrimas de emoção começaram a escorrer por seu rosto, e ela disse:

-De tudo, Zulema. Eu me lembrei de nós."

Acordei nebulosa, ainda sonolenta. Olhei o relógio: eram três da manhã.

Maca.

Barulhos de pancadas altas vieram da porta do meu apartamento. Com um
salto, me descobri e andei rapidamente até o corredor, assustada. Minha pistola estava do lado da porta, caso fosse algo sério. Afinal, quem mais além de um psicopata sairia no meio de uma tempestade, as três da manha? Se alguém quisesse invadir, pelo menos tentaria lutar antes.

-Já vai. -gritei, e as batidas pararam.

Tirei a tranca da porta e virei a chave. Abri, preparado para o pior, quando vi a loira, completamente encharcada dos pés a cabeça. E seu rosto estava vermelho, os olhos
marejados.

-Maca?!

Ela sorriu, as lágrimas escorrendo e se misturando aos pingos de chuva grudados na sua pele:

- Eu me lembro, Zulema. Eu me lembro de tudo.

...

Amnésia - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora