Capítulo 34

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Boa noite suas boiolinhas, como estão?
Já beberam água? Se não, tratem de beber agora. Seus rins agradecem e eu também.
Mais um capítulo pra vocês, o reencontro. Ai Deus, eu estou muito ansiosa, é, estou.
Bom, espero que gostem, boa leitura, amo vocês ❤️
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Estava enfiada debaixo das cobertas até o queixo, deitada na minha cama assistindo A Culpa é Das Estrelas.

Era sábado de noite, e Saray estava trabalhando na sala de jantar. Pedimos comida chinesa e devoramos tudo assistindo Pretty little liars, a minha série favorita.

Depois, tomei um banho longo na banheira de Rizos e fui me deitar.

Eram nove da noite. Eu sei, deprimente. Mas não havia outro lugar que preferiria estar.

A cena do balanço, onde Hazel e Augustos estão conversando começa, e eu assisto com atenção. Então uma voz conhecida fala, junto com o filme, as falas exatas:

-Macarena ferreiro, quero que saiba que as tentativas de se manter longe de mim não diminuem o que eu sinto por você. -a voz muda, mudando o nome de Hazel Grace para Macarena Ferreiro. Eu me virei, já sabendo quem era.

-Você realmente sabe todas as falas desse filme, Zulema Zahir.

-Oi. -ela andou até minha cama e sentou na beirada.

-Oi. -me sentei, colocando o cobertor na cintura.

-Eu soube da depressão.

-Ah, essa coisa velha?-ela sorriu com a minha brincadeira.

-Você está melhor, eu vejo. -ela me encarou, fazendo uma cara estranha.

-Estou. -ficamos em um silêncio desconfortável por algum tempo.

-Eu preciso saber, Maca... por que você simplesmente se afastou, do nada? Eu fiz algo de errado? Eu não sabia o que fazer!

Eu fiz que não com a cabeça, fingindo casualidade, mas por dentro estava desesperada. Aquela conversa estava tomando o rumo que eu não queria seguir.

- Você não fez nada de errado, Zulema. Eu não queria falar com ninguém. Era um dos meus sintomas de depressão. Não sei se todo mundo que tem depressão tem isso, mas eu queria me afastar do mundo real, me afastar de todos. Você não é exceção.

-Ah... -ela pareceu ofendida. Acho que peguei pesado demais com o final da frase, mas é que queria mudar o assunto, antes que tivesse um ataque de pânico.

-Desculpa, fui muito grossa.

-Eu entendo, invadi seu espaço assim, cobrando explicações, eu também daria coices. -rimos.

-Obrigada por entender.

-Eu só estava preocupada com você. -aquilo foi como uma facada. Eu preferiria levar um tiro do que estar ali. Mas a vida é injusta, e eu estava lá, naquele quarto, tendo aquela conversa- Eu estou com saudades de você.

-Eu também estou com saudade. -sorri, tímida.

Mais silêncio constrangedor, me deixando desconfortável.

-Acho melhor eu ir então... -ela disse. Meu coração doía demais. Eu queria morrer.

- É... tchau, Zule.

-Tchau, Maca. -ela se levantou da beirada da cama e eu a assisti sair do quarto.

Merda Merda Merda!

...

Amnésia - ZURENA (CONCLUÍDA)Onde histórias criam vida. Descubra agora