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— Eu não quero ver! — falou Marinette, enquanto saíamos do colégio. O professor entregou os exames corrigidos no final da aula. Eu tirei 9,6. Errei o sinal do resultado.

— Quer que eu veja por você? — perguntei, esticando a mão.

— Promete que não vai ficar triste comigo, se eu tirar nota baixa?

— Prometo — falei, sincero. Ela me entregou a avaliação, peguei e olhei a nota. — Você não foi ruim... Tirou 8,5. — Virei a prova para ela. Ela pegou, surpresa. Paramos ao lado do carro, onde Gorila me esperava.

— Meu deus! Eu achei que eu fosse tirar 5, no máximo. 8,5, pra mim, tá ótimo. Obrigada por ter me ajudado antes da prova. — Ela beijou minha bochecha.

— Da próxima vez, me chame para estudarmos juntos. Aí quem sabe você tira 10. — Beijei a testa dela, como uma despedida. Gorila abriu a porta do carro para eu entrar. Já estava quase entrando, quando me lembrei de algo. Parei e voltei. — Aliás, eu queria te pedir uma coisa...

— Pode dizer!

— Você sabe que vai ter mais um desfile da coleção social do meu pai. Como a daquele dia da Audrey. 

— Sim! Eu lembro.

— Então... Lembra do chapéu coco que você fez para aquele concurso, que eu também usei naquele desfile? — Ela assentiu. — Eu vou usar neste também. Só que eu queria que você fosse comigo.

— Espera... O quê? Adrien, eu não sou modelo.

— Não precisa desfilar na passarela. É só na saída. Quero que todos saibam que somos namorados. Você não quer?

— Eu quero, mas...

— Mas?

— Desfilar? — Ela me olhou apelativa.

— Eu seguro sua mão. — Peguei a mão dela e beijei o torço. Ela ficou olhando nossas mãos unidas por um tempo.

— Vou pensar...

— Tá bem! Amanhã, você irá passar o dia lá em casa, certo?

— Sim! Eu já falei com os meus pais. Tudo certo!

— Vou montar uma playlist de filmes pra gente assistir. — Dei um selinho nela. — Agora, eu preciso ir. — Deslizei a mão na lateral de seu rosto, passando um pouco em seu cabelo. — Tchau, amor! — Fui me afastando até nossas mãos se soltarem. Entrei no carro. Desci a janela e nos olhamos até onde deu. Depois, vi ela ir para casa.

No dia seguinte:

— Raul Pollet... 

— Adrien, você não quer-

— Não, Plagg... Eu estou bem! Só porque hoje... — Não terminei a frase. — Isso não significa que eu tenha que parar com tudo. Não seria isso que ela iria querer...

Voltei a analisar a foto de Raul Pollet no computador. O kwami voou para a biblioteca do meu quarto. Ele gosta de dormir por lá.

O homem é uma pessoa muito importante na indústria da música, mas ele viaja muito para ter tempo de aterrorizar uma cidade. Não encaixa. Ainda mais, porque ele estava viajando quando aconteceu o evento no dia dos heróis.

Talvez, eu esteja errado nos meus cálculos. O Hawk Moth pode ter manipulado tudo isso e eu estou caindo numa grande armadilha. Devo estar muito longe dele. Olhei minha casa no papel dentro da área circulada. Se o raio que eu demarquei estiver correto, eu estou muito próximo dele. Minha casa está quase ao centro de tudo.

SIGNIFICA QUE EU TE AMOOnde histórias criam vida. Descubra agora