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— Só pode ser ele — falei, mostrando a foto no meu celular. Eu e Marinette estávamos dentro do armário do zelador. Era o local mais seguro para nos encontrarmos. — Alim Kubdel, o pai da Alix. Foi ele quem trouxe o faminto de Tibet, ele sabe muito sobre os miraculous e é um homem inteligente e interessado por itens antigos. Ele tem uma propriedade quase ao centro do raio que eu demarquei.

— E todos os itens do museu tem a marca dos miraculous...

— Ele é o mais lógico. A gente precisa agir... Mas quando? — perguntei, colocando meu celular na prateleira do armário.

— Depois da escola. Precisamos pegar seu miraculous com o Mestre Fu e de lá a gente vai direto para o local que você demarcou.

— A gente vai ter que sair um pouco mais cedo, para que o Gorila não me veja.

— Na última aula, então. Agora, é melhor a gente voltar para a sala, antes que percebam nossa ausência.

Assenti.

Ela me olhou por um tempo. Mordeu o lábio inferior, do jeito que sempre fazia, antes de tocar meu rosto e aproximar o seu, grudando nossos lábios devagar. Coloquei minhas mãos em suas costas e a trouxe para mais perto de um modo necessitado. Marinette abraçou a minha nuca, fazendo-me me inclinar meu corpo.

Esse beijo era importante, porque significava o fim de um ciclo. Derrotaríamos o Hawk Moth e voltaríamos a ter uma vida normal. Na verdade, eu nem sei o que é uma vida normal pra mim. Antes do miraculous, eu vivia preso em casa e não tinha muito contato social. 

Nos separamos ofegantes. Deslizei minhas mãos pelos braços dela até alcançar as mãos da mesma. Segurei-as, enquanto tentava recuperar o ar perdido. Toquei o rosto da mestiça, reparando as lindas sardas na parte corada. Tentei decorar cada detalhe, mesmo com o curto tempo que tínhamos. 

— Eu te amo — sussurrei para ela, como se fosse um segredo. O nosso segredo.

— Eu te amo muito — sussurrou para mim, passando as mãos pelos meus cabelos e olhando nos meus olhos. Me deu outro selinho, antes de se afastar. — Agora, vamos.

Ela caminhou para trás, segurando uma das minhas mãos até onde deu. E, então, desfez a união delas e saiu. Esperei um tempo, antes de sair também. Estamos mantendo nosso relacionamento em segredo, por causa do meu pai. Todos acham que terminamos.

...

O sinal tocou para a última aula.  Olhei para Marinette, que, agora, senta atrás de mim, como antes. Ela balançou a cabeça, assentindo. Guardei as minhas coisas, falei para Nino que tinha uma sessão fotográfica e saí.

Esperei cerca de vinte minutos, até Marinette sair da sala, durante a aula.

— Falei que iria ao banheiro. Vamos, antes que nos peguem no flagra.

Ela pegou minha mão e me puxou para a saída. Fomos correndo para um beco afastado.

— Eu não faço ideia de onde o mestre Fu está agora. Ele sempre muda de localização, depois que o Hawk Moth descobriu sobre ele. Vou precisar do meu talismã — falou, abrindo a bolsa de lado. Tikki, sua kwami, saiu de lá.

— Estou pronta! — disse, oscilando o olhar entre nós dois.

Marinette se transformou em Ladybug. Foi estranho vê-la transformando pela primeira vez, mas isso me fez sentir que sou confiável para ela.

— Por que está tão surpreso? Você já sabe que eu sou a Ladybug há muito tempo.

— Sim, mas eu nunca te vi se transformando.

SIGNIFICA QUE EU TE AMOOnde histórias criam vida. Descubra agora