Capítulo 6

1.6K 158 129
                                    

Shivani.

Anne me serviu alguns biscoitos de chocolate e leite morno, juro, foram os melhores biscoitos que já comi.

— Anne, você se formou em gastronomia?

— Sim, por quê?

— Seus biscoitos são dos deuses, Anne. São maravilhosos.

— Obrigada, Dona Shivani.

— Você me disse que é amiga de Bailey, a quanto tempo o conhece?

Anne sorriu para mim e seus olhos brilharam como se lembrasse de algo bom.

— Eu estudava no mesmo colégio que Bailey, pode não parecer agora, mas Bailey era o nerd da escola - Anne riu — E não, eu não era popular..

Anne foi interrompida pela voz de Bailey vinda da sala - eu acho - eu não me importei, mas ela se calou. Terminei meu lanche e Bailey adentrou a cozinha.

— Olá Anne, como está?

— Bem Senhor May, e você?

— Não me chame assim, Anne.

— Prefiro diferenciar nossa amizade do meu trabalho, Bailey, aceite por favor.

— Está bem, vejo que já conheceu Shivani.

— Sim, tem sorte, ela é adorável - Não gostei do "adorável", me faz parecer um cachorro. — E linda também. Nunca pensei que você se casaria e muito menos com alguém tão jovem.

— É Anne, nem eu.

Bailey coçou a cabeça, acho que ficou desconfortável em mentir para a amiga, bem feito! Meu olhar se encontrou com o dele, acho que ficamos nos encarando tempo demais, mas eu não sei o que me deu, simplesmente não conseguia parar de encara-lo.

— Oh, sim. Vocês querem privacidade! Senhor May? Fiz seus biscoitos favoritos.

Não deu tempo de dizer a Anne para ela ficar, que eu não me incomodava, quando eu olhei ela já havia saído.

— Como está, Shivani?

— Mal, May.

Olhei para ele, Bailey mantinha um sorriso brincalhão em seus lábios, a vontade de beija-lo outra vez se fez presente, mas que droga! Por quê ele tinha que ter um beijo tão bom, e os lábios mais macios de todos?

— Quer prova-los outra vez?

— Provar o que?

Bailey se aproximou de mim, será que ele percebeu meu olhar em seus lábios? Bailey me lançou um sorriso malicioso, e se curvou sobre mim, fazendo com que minhas costas se apoiasse na bancada, Bailey aproximou seu rosto de mim, isso fez com que eu fechasse os olhos e esperasse pelo seu beijo, mas nada aconteceu. Abri os olhos e ele estava com o braço direito esticado, me virei para ver o que ele fazia.

Bailey pegava alguns biscoitos.

Vai de novo, mula.

Bailey voltou devagar e beijou meu pescoço, um arrepio de espalhou pelo meu corpo e Bailey sorriu sobre minha pele.

— Idiota.

Bailey sorriu sapeca e saiu pela porta dos fundos. Nossa, como pude achar que ele iria me beijar? Como eu pude querer beija-lo? Me levantei, e caminhei até o quarto, esse parecia ser meu refúgio agora.

Por quanto tempo eu vou aguentar ficar aqui? Nem eu mesma sei, e quando eu sair daqui, para onde irei? Voltar para a casa de meus pais está fora de questão.

O CASAMENTO FORÇADO | SHIVLEY MALIWALOnde histórias criam vida. Descubra agora