Shivani.
Meu corpo estava deitado sobre a banheira d'água quente com espuma, minha cabeça estava apoiada sobre a beirada da mesma, poderia ter uma dessa no meu quarto. Pois é, terei que ficar no mesmo quarto que Bailey, Anne já estava desconfiando, perguntou a mim o que estava acontecendo, eu disse que era apenas uma briguinha boba, e no mesmo dia tive que trazer minhas roupas para o quarto de Bailey. Não há o que reclamar, este quarto é bem maior e a cama é de casal, o que me faz ficar mais tranquila. Mas acho que por um bom tempo eu não vou dormir naquele quarto. Já estava um pouco tarde, iria dar dez da noite e Bailey ainda não havia chegado, queria estar acordada quando ele chegasse para explicar o porquê de me encontrar em seu quarto.
Me levantei, peguei o roupão branco e desci as escadas. Não havia jantado, estava sem fome, mas agora ela se faz presente. Retirei da geladeira o peito de peru, alface, tomate e a jarra de suco. Preparei o sanduíche e coloquei o suco de laranja no copo.
— Ainda acordada.
Sorri de lado e olhei para ele, o sorriso que tanto gostava estava em seus lábios. Me levantei e caminhei até ele o beijando, sabia que tinha o pegado de surpresa, era sempre ele quem me beijava, e agora eu havia iniciado um beijo. Mas é assim sempre que o vejo sorrir, quero admira-lo e beija-lo.
— Vamos dormir no mesmo quarto hoje.
— Já? Não, não estou reclamando, mas não quero que você se arrependa ou que fique um clima estranho...
Ri do que ele havia pensado, não Bailey, ainda não. Me sentei no balcão.
— Não, não é para isso. Anne viu o meu quarto, perguntou o que houve e eu apenas disse que havia sido uma coisa boba, conclusão? Ficaremos no mesmo quarto.
Mordi meu sanduíche e Bailey sorriu sem graça.
— Ah, claro.
O mesmo preparou dois sanduíches e me acompanhou no pequeno lanche.
* * *
Estiquei meu braço para desligar o despertador, fechei os olhos para tentar dormir mais um pouco mas essa não era a verdade, eu apenas queria aproveitar o calor que emanava do corpo de Bailey. Seu braço envolta de minha cintura, me virei para encara-lo, sua respiração lenta e a expressão calma o fazia ficar ainda mais belo. - Se é possível. - Passei meu dedão sobre seu queixo e subi para seu lábio inferior. O que eu estou sentindo por Bailey é algo tão novo, já namorei alguns garotos, mas por nenhum deles eu sentia o que estou sentindo agora por ele. Homem, o que você está fazendo comigo? Fechei os olhos e selei nossos lábios por alguns segundos, senti meu lábio ser puxado.
Abri os olhos e Bailey sorria, o mesmo me puxou para mais perto e iniciou um beijo calmo e lento, sua mão foi acariciando meu corpo e parando em minha bunda. O mesmo me virou na cama e ficou por cima, seus lábios passaram para o meu pescoço o beijando de leve. Seus lábios voltaram a beijar os meus mas desta vez mais feroz, puxava os fios de cabelos da sua nuca, sua mão apertou minha coxa o que me fez soltar um pequeno gemido, pude sentir Bailey sorrir entre o beijo. Nos separamos pela falta do maldito ar. Sua testa descansava em meu ombro e sua respiração quente batia em minha pele.
— Acho melhor irmos com calma.
Bailey disse beijando meu ombro e caminhou até o banheiro. Eu mesma não acreditava que alguns minutos atrás queria transar com Bailey. Caminhei até o closet pegando uma calça jeans clara e uma blusa azul escura, indo para o meu antigo quarto.
* * *
— Vai, Shiv, diz pra gente. Você até agora não nos disse nada!
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O CASAMENTO FORÇADO | SHIVLEY MALIWAL
Hayran KurguAquele dia foi, e é o pior de todos. Era para ser a comemoração de meus 19 anos, o dia da minha festa, mas não foi bem assim que aconteceu, era tudo armação. Aquele era o dia de meu casamento com um homem que eu nem conhecia. {Adaptação}. [Todos o...