Capítulo 23

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Narradora.

19:30 PM

Bailey apenas ouvia as sirenes dos carros de polícia ao fundo, gritos, alguém chorando. Sua vista estava escura, ele não via absolutamente nada. Seu ombro doía, ele não conseguia mexer o braço direito.

— Bailey!? Bailey, você está me ouvindo?

Era a voz de Shivani. Para ele, a voz dela estava distante, transmitia preocupação. Ela parecia estar chorando.

— Shivani...

Shivani tocou o ombro de Bailey, ele estava sangrando, havia levado um tiro.

— Você está sangrando muito!

Ela disse em meio ao choro. Bailey queria abrir os olhos e vê-la, mas a dor não deixava, ela parecia ser menos com seus olhos fechados.

— Bailey, por favor, fique comigo...

Shivani colocou a cabeça de Bailey sobre seu colo e selou seus lábios nos dele para tentar acalmar as batidas de seu coração. Não era justo que depois de dois dias horríveis, ela o perdesse. Não era justo.

Horas antes, 17:30 PM

Faltava meia hora para a entrega do dinheiro e a liberdade de Shivani. Bailey soltou o ar que prendia em seus pulmões, desejando que tudo ocorresse bem. Seu telefone tocou e as batidas de seu coração aumentaram.

— Alô?

— É Robin. Consegui descobrir o quarto que Shivani está, vamos tentar tirar ela de lá. Preciso que você enrole o máximo possível quem estiver a sua espera, o quarto não tem janela. Vamos entrar no local, tome cuidado.

Foi tudo que Robin disse antes de finalizar a ligação. Bailey retornou algumas vezes, mas caía na caixa postal.

Alguns metros dali, no galpão, Shivani tentava afrouxar o nó da corda, mas isso só machucava seus pulsos.

— Pare com isso, você está se machucando.

Shivani olhou para Trisha.

— Só quero sair daqui.

— E eu não? Vamos lá, Shivani, é a máfia. Temos que pensar em algo inteligente!

Shivani pensou em vários filmes de ação, mas agora todos pareciam patéticos e sem sentido, e não ajudarão em nada. A garota passou os olhos pelo local, viu alguns pedaços de vidro no chão.

— Trisha...

A garota acenou com a cabeça, mostrando a colega que estava escutando.

— Tem alguns cacos de vidros perto da parede, isso pode nos ajudar?

Trisha olhou para onde a colega também olhava e, com dificuldades, chegou até os cacos e pegou alguns. Tentou cortar a própria corda, mas o caco caía todas as vezes.

— Venha aqui, Trisha, pare de ser besta. Não vai conseguir sozinha! Temos que ser rápidas, eles podem vir!

Trisha fuzilou Shivani e se arrastou até ela. Trisha se virou de costas e ficou na altura dos pulsos da colega. Shivani observava seus movimentos, a corda ia se rompendo aos poucos. Uma alegria cresceu no peito de Shivani quando a corda se soltou de seu pulso. Por alguns segundos, Shivani ficou ali parada, olhando para seus pulsos.

— Vai, me ajuda!

Trisha disse chamando a atenção da colega. Shivani foi rápida e logo os pulsos de Trisha estavam soltos.

O CASAMENTO FORÇADO | SHIVLEY MALIWALOnde histórias criam vida. Descubra agora