Capítulo 8

1.5K 132 88
                                    

Bailey

Toquei o ponto onde o jarro havia atingido e havia um pequeno corte, olhei para minha mão suja de sangue...

— Droga.

Subi as escadas, parando na porta do quarto de Shivani, dava para ouvir soluços, merda! Bati na porta algumas vezes e não obtive resposta.

— Vamos Shivani, abra essa porta.

— Vai embora.

— Shivani, eu só estava brincando, não achei que você tacaria um jarro em minha cabeça.

— Quem me garante que era só brincadeira?

Ouvi o barulho da chave na fechadura e a porta se abriu, meu coração se partiu ao ver seus olhos vermelhos, suspirei. Adentrei em seu quarto e me virei para ela.

— Escuta, não é porque você se casou comigo sem querer ou ao menos saber disso, que eu irei transar com você a força, Shivani. Juro, eu não sabia que você iria reagir dessa forma, era apenas dizer que tal ato nunca iria acontecer... Era só uma brincadeira, não me imagine um monstro. - Me aproximei dela, e pousei minha mão em seu queixo fazendo carinho em sua bochecha. — Eu nunca irei querer teu mal, Shivani, me perdoe, por favor.

Seus olhos fecharam deixando algumas lágrimas caírem, puxei seu corpo ao encontro do meu a abraçando fortemente.

— Te machuquei?

— Foi apenas um corte.

Sorri sem graça e ela me olhou com pena.

— Me desculpe, quer que eu te ajude?

Assenti, e a puxei pela mão até meu quarto. Peguei a caixinha de remédios e a entreguei, me sentando na cama para que ela limpasse o corte.

— Aii.

— Fica quieto.

— Mas está ardendo, caramba.

— O corte não é tão grande, e muito menos profundo.

— Ainda bem, não é!?

Shivani sorriu concordando, desde a primeira vez que a vi sorrindo na faculdade a qual eu sou um dos sócios, meu coração disparou, era o mais belo sorriso que eu já havia visto e a mais bela garota também, e quando eu descobri que ela era filha dos Paliwal e sabia que eles não conseguiriam pagar a dívida, resolvi que o casamento era a melhor forma de conhecê-la melhor. Ok, foi algo errado, mas era a única saída para ambas as partes.

— Pronto.

— Obrigado, e me desculpe.

— Eu que devia lhe pedir desculpas, Bailey, não devia ter tacado um jarro em sua cabeça, mas entenda, eu estava apavorada.

— Claro, isso não tornará a acontecer, Senhora May.

— Não me chame assim, esse é somente o teu sobrenome, Bailey.

Esse casamento pode ser uma farsa para ti, mas não para mim.

— Que tal fazermos um acordo?

— Que tipo de acordo?

— Olha, não será legal para ambos convivermos nessa casa num pé de guerra, poderíamos ser amigos, não é? Não há mal nisso.

— Pensarei no seu caso, May.

Shivani saiu do quarto me deixando sozinho com o meu corte que ainda ardia.

Dia Seguinte

O CASAMENTO FORÇADO | SHIVLEY MALIWALOnde histórias criam vida. Descubra agora