Angel

10 - Decisão

Quando Dean acorda, já se passa do meio-dia. Acordar não é um de seus momentos favoritos, por isso sempre leva alguns minutos para realmente abrir os olhos e se situar. Assim que o faz, ele procura por Castiel ao seu lado, encontrando o lençol vazio e já frio. Ele olha em volta do quarto e repousa os olhos no relógio acima da mesinha de canto e ao mesmo tempo escuta barulhos vindo da cozinha. Um cheiro de comida sendo preparada invade suas narinas. Cas está provavelmente preparando algo, o que fez Dean sorrir.

Ainda preguiçoso demais para se levantar, as aventuras da noite anterior cooperando com tal sensação, ele passa as mãos nos olhos, em seu cabelo e se espreguiça. Sorri novamente com as lembranças e o leve arrepio que percorre seu corpo.

Pegando seu celular para ver o que tinha de novo lá, ele vê algumas mensagens no grupo de seus amigos e depois as de seu irmão. Todos o provocam quando ele manda seu bom dia, pontuando o fato de que ele havia dormido demais e sobre o que havia feito até tarde. Acaba deixando escapar que está na casa do ator, expondo sem querer que havia dormido lá. As provocações, é claro, aumentam. Mas graças a Cas, que entra na conversa utilizando a desculpa de que Dean o ajudara a ensaiar falas, ele é salvo de ter de se explicar com mais detalhes. Só após finalizar os assuntos através do celular ele enfim se levanta e vai ao banheiro, fazendo suas necessidades básicas e realizando sua higiene matinal.

Ao chegar enfim à cozinha, Dean encontra seu anjo de costas para si, murmurando baixinho a música que toca do celular dele enquanto segura o cabo de uma frigideira, a mexendo e fritando alguns ovos. Dean se aproxima devagar a fim de alcançá-lo, e por fim o abraça por trás, cercando sua cintura. O moreno toma um pequeno susto, logo abrindo um sorriso e levando uma das mãos para cima das que se apoiavam agora nele.

— Bom dia... – O menor diz primeiro, sentindo o rosto do outro deitar brevemente em um de seus ombros e em seguida beijos leves começam a ser dados em seu pescoço. Um delicioso arrepio corre por ele, que se vira para abraçar Dean pelos ombros. Castiel ri assim que tem visão sobre o rosto dele.

— Que foi? – Ele o pergunta com uma voz de recém acordado ainda.

— Eu ia perguntar se você dormiu bem, mas seu cabelo bagunçado e as marcas de travesseiro na sua bochecha já me respondem isso.

— Ah... eu só acordo oficialmente depois do café. Aí sim eu me preocupo com minha cara e meu cabelo.

— Não estou reclamando, está ótimo assim. – Os dois trocam alguns beijos a mais antes de se afastarem e ele voltar a preparar mais algumas coisas no fogão. – O almoço está quase pronto mas tem café na cafeteira ainda.

— Boa anjo. – Dean vai atrás de seu café. – Aliás... obrigado por me salvar lá no grupo.

— Ah, não foi nada. Não se preocupe... Mas acho que eles vão continuar desconfiando, ainda mais agora que nós realmente fizemos coisas que eles sempre quiseram que a gente fizesse...

— Eu sei. – Dean coça sua nuca, sem jeito, e desvia o olhar enquanto começa a bebericar seu café quente e acolhedor. – E vai ficar mais difícil disfarçar...

— Sempre foi. – Cas ri baixinho e desliga uma das bocas do fogão, parando para focar sua atenção em Dean. – Você tem algo em mente sobre isso...?

— O que exatamente? – Ele volta seu olhar ao outro.

— Sobre falar pra eles e... bom, na verdade... – O menor se aproxima de novo e se encosta no balcão ao lado de Dean, tomando certo fôlego para fazer suas próximas perguntas. – Acho que depois de ontem eu preciso te perguntar se isso entre a gente... vai continuar ou não, ou se você só quer que seja temporário. Eu sei que tá meio cedo ainda, eu acho, entenda que eu não sei exatamente como funciona isso mas, eu não quero te cobrar nem nada, apenas saber até onde devo agir com mais intimidade com você ou não, porque independente do que você ache melhor, eu não quero perder sua amiz-