A pessoa certa

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Olá pessoal, espero que estejam bem. Desculpem qualquer erro e boa leitura ;)


Esse meu jeito de viver

Ninguém nunca foi igual

A minha vida é fazer

O bem vencer o mal

Pelo mundo viajarei

Tentando encontrar

Um Pokémon e com o seu poder

Tudo transformar

Pokémon!

Tenho que pegá-los (isso eu sei)

Pegá-los eu tentarei

Pokémon!

Juntos teremos que, o mundo defender

Pokémon!

Tenho que pegá-los (isso eu sei)

Pegá-los eu tentarei

Vai ser grande a emoção, Pokémon!

Michael cantava com animação a música de abertura de Pokémon, o menino já estava com seu uniforme escolar e, num descuido da mãe, ligou a TV para assistir algum desenho. Ele só podia ter contato com telas por meia hora depois que voltasse da escola em dias de semana, ainda era sexta-feira e o loirinho sabia que estava descumprindo uma das regras da casa, só não contava que aquele seria um péssimo dia para irritar a mãe. Ava parou de escovar os dentes quando ouviu a barulheira e cuspiu a pasta com irritação, ela respirou fundo antes de ir até a sala.

— Mickey, você sabe que não pode ver TV antes de ir pra escola. — A loira repreendeu o filho e desligou o aparelho, Michael imediatamente fechou a cara e comprimiu os lábios em um bico irritado.

— Eu quero ver Pokémon!

— Cuidado com esse tom, não fale assim comi...

— Eu quero ver Pokémon! — O menino gritou ainda mais alto e se levantou do sofá com fúria, ele tentou pegar o controle remoto das mãos de Ava, mas acabou escorregando no chão e esbarrando na mesinha de centro. Michael ficou paralisado quando viu o porta-retratos contendo a primeira foto dele com a mãe cair com tudo e espatifar o vidro em diversos pedaços.

— Michael Hunter Sharpe, olha só o que você fez! — O grito da loira ecoou por todo o apartamento, o menino se assustou e se arrastou um pouco para trás no chão, abrindo um corte fundo na palma da mão com o vidro quebrado.

O coração de Ava se despedaçou quando o filho começou a chorar de dor, ela nunca tinha perdido o controle com ele antes. Dinah acordou com os gritos e saiu correndo do quarto quando ouviu o choro do sobrinho, ela encontrou a amiga na cozinha com Michael no colo enquanto tentava estancar o sangue que escorria da mão do menino, o qual chorava desesperadamente. A pianista calçou os chinelos quando viu o vidro no chão e foi imediatamente até Ava, ela pegou o pano que a loira usava para conter o sangue e tomou seu lugar em pressionar o ferimento, com isso a mãe de Michael conseguiu focar melhor na tarefa de acalmá-lo.

— Puta que pariu, Ava, que porra aconteceu aqui?! — Se fosse em qualquer outra situação, Dinah teria recebido um belo puxão de orelha da irmã por falar palavrões na frente de Michael, mas Ava estava desesperada demais para repreender a amiga.

— Mickey ligou a TV e eu fui repreendê-lo, ele tentou pegar o controle e escorregou, o porta-retratos quebrou e eu gritei, ele se assustou e cortou a mão. — Ava balançava o filho nos braços para acalmá-lo, mas ela mesma chorava descontrolada. — Eu perdi o controle, Dinah! Eu dormi muito mal e descontei isso no meu filho, que droga de mãe eu sou?

A Vizinha do Apartamento 202Onde histórias criam vida. Descubra agora