A Vizinha do Apartamento 202

Entre a cruz e a espada

E aí galerinha, cês tão bem? Capítulo meio tenso, mas eu prometo que os dias de glória estão chegando. Espero que gostem desse neném, desculpem qualquer erro e boa leitura ;)

O mundo de Ava tinha desmoronado. Ter seu filho arrancado de seus braços doeu cem vezes mais do que o parto, o desespero nos olhos de Michael refletia nos seus. A loira teria perseguido a viatura se não tivesse sido impedida por Dinah, a cantora também estava com os nervos à flor da pele, mas estava se obrigando a pensar racionalmente pelo bem da irmã e do sobrinho. Sabia que Ava só arrumaria mais problemas se fosse atrás dos policiais naquele estado, então precisava convencê-la a escutar suas palavras.

— Saia da minha frente! — Ava exclamou e tentou empurrar a mais velha quando ela se colocou em frente à porta da lanchonete, mas ainda estava um pouco fraca pelos empurrões rudes dos policiais. — Saia! Eu preciso ir atrás deles, eu preciso pegar o meu filho de volta!

— Ava, você só vai conseguir ser presa se aparecer na delegacia nesse estado. — Dinah reprimiu um gemido de dor quando a irmã a atingiu com força no ombro, ela segurou os pulsos da loira atrás de suas costas. — Ava! Para com isso!

— Eu tenho que ir buscar o Mickey! — Ava se permitiu cair no choro, Dinah viu que ela não tentaria agredi-la outra vez e a envolveu em um abraço. — Meu pobre menino, ele está tão assustado!

— Exatamente, e ele vai ficar ainda mais se te ver assim. Eu e Laurel vamos atrás dos policiais, você precisa se acalmar e procurar um advogado.

— Dinah, ele é meu filho, eu não posso ficar aqui!

— Mas você precisa! — A morena segurou o rosto da irmã e conectou seus olhares, ninguém ousou se intrometer no momento das duas. — Eu prometo que não vou deixar que nada aconteça com o nosso menino, mas você tem que ficar aqui e achar um advogado. Ligo mais tarde pra dar notícias, eu te amo. — Dinah beijou a testa de Ava se afastou para fora do Cantinho do Sabor com Laurel logo atrás de si, porém se voltou para Sara antes que pudesse entrar no carro da Lance mais velha. — Cuida da minha irmã.

Laurel saiu cantando pneus na direção em que os carros da polícia tinham seguido, enquanto isso Ava foi levada por Sara até a sua sala. Os Palmer estavam acalmando as outras crianças e ligando para os pais delas virem buscá-las, já os Drake não sabiam muito bem o que fazer, mas decidiram deixar a afilhada ser cuidada pela namorada naquele momento. Assim que fechou a porta, a ilustradora teve seu corpo tomado por uma Ava em total desespero, a loira já não tentava controlar as lágrimas e tremia como se estivesse com calafrios de febre.

— Por que o Rip fez isso comigo? — Ava conseguiu dizer em meio ao choro. — Ele mal consegue tolerar o Michael, por qual motivo iria querer a guarda dele?

— Amor, esse homem não presta. Depois de tudo que você já me contou sobre ele, tenho certeza de que é um monstro. — Sara respirou fundo para não chorar e abraçou mais forte a namorada, seu coração estava apertado. — Ele deve ter subornado algum juiz para conseguir essa ordem, nenhuma autoridade poderia tirar o Mickey desse jeito de você.

— Eu... Eu não conheço nenhum advogado. Meu Deus, eu não sei o que fazer! — Ava gemeu em frustração e se afastou um pouco de Sara para que pudessem se olhar nos olhos. — O meu menino vai ficar bem, não vai? Eu não consigo mais viver sem o Mickey, não posso perdê-lo!

— Ei, isso não vai acontecer. Não há motivos para a Justiça tirar a guarda do Mickey de você, tudo isso cheira muito à corrupção. — Sara beijou a testa da namorada e a soltou para que pudesse pegar o celular no bolso da calça. — Quanto ao advogado, fique tranquila, eu sei quem podemos chamar.