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- Elas estão no forno e nós temos vinte minutos pra fazer alguma coisa doce - Louis limpou as mãos no avental e me olhou sugestivo, eu dei de ombros porque não sabia o que fazer - Okay, eu tenho sorvete, então que tal brownie? - ergueu a sobrancelha e eu concordei

Depois do... incidente... Louis pulou do balcão e pra não me deixar sem graça, começou a falar sobre a primeira vez que Sther, a moça que trabalha aqui, o pegou se tocando... lá, e ele pediu pra mãe dele despedir a moça porque ficou com vergonha de encará-la, mas então Johannah perguntou o motivo dele querer tanto e ele apenas ficou vermelho já que Sther estava ao lado da mãe e apenas cruzou os braços esperando o pequeno Louis de quatorze anos responder. Resumindo, ele ficou de castigo por ser inconveniente com a moça e Sther lhe deu uma aula de orientação sexual e eu fiquei rindo por quase meia hora.

Fizemos os brownies e quando Cornish pasty ficaram prontas, Louis juntou tudo e caminhou para um andar da casa que eu não sabia qual era, no caminho ele foi me mostrando um pouco de tudo e a casa era ainda maior, todos os cômodos com o quadruplo do tamanho necessário e só de banheiro ele já me mostrou uns seis e alguns nem tinham privada ou chuveiro.

- Meu quarto - entramos, eu já me imaginei aqui, mas nunca soube como ele realmente é por dentro, incrível

- Quantas pessoas moram aqui? - ainda estava surpreso, era imenso também, tinha um guarda-roupa e um closet, mais um banheiro, escrivaninhas, estante, cômoda, prateleiras nas paredes, uma cama desnecessariamente grande, uma televisão grande, diversos livros e ainda tinha espaço no meio do quarto, não parecia tão grande assim quando visto do meu quarto

- A casa é herança, meus avós gostavam de espaço e meu tio era cadeirante, então uniram o útil ao agradável - riu e se sentiu na cama, mas eu permaneci de pé o olhando - Não vem?

- Você sabe que eu não vou ter dinheiro pra pagar se sujar esse lençol, não sabe? - ele gargalhou  e negou com a cabeça - Se eu parcelar de umas três vezes talvez

- Não se preocupe, eu tenho outros iguais - deu de ombros

Me sentei ao seu lado e ele ligou a televisão colocando algum filme que eu não conhecia, mas que realmente parecia ser bom, levamos cerca de meia hora pra comermos tudo e ele deu pausa pra buscar o sorvete, comemos deitados na cama e depois que os brownies que ele trouxe acabaram, continuamos apenas com o sorvete. Nos cobrimos e coloquei o pote na mesa de cabeceira, Louis me deu o seu e antes que eu pudesse deitar normal de novo, ele me puxou para que eu estivesse com minha cabeça em seu peito, ele parecia entretido no filme, mas meu coração agora estava acelerado e eu me sentia a pessoa mais feliz do universo por estar ao seu lado. Nossos pés hora ou outra brincavam um com o outro, meu braço circulou sua cintura, uma dele ficou em meu cabelo fazendo carinho e a outra passava pelo meu braço, quem olhasse pra nós nesse momento nunca diria que é a primeira vez porque apesar do meu nervosismo, eu estava feliz e em paz com a sensação de casa que Louis passava pra mim.

- Essa é a melhor parte, olha - disse animado e eu o olhei, ele estava vidrado na televisão e eu apenas sorri terno por ele estar tão lindo fazendo algo tão simples, suas mãos não deixaram de me fazer carinho um segundo sequer e seu perfume doce impregnava em mim da melhor forma possível. Ele mordia o lábio em excitação e tinha micro expressões de empolgação que apenas o deixavam mais lindo, por mais que eu já tivesse pensado, nunca achei que fosse de fato estar aqui olhando pra ele tão de perto, quase tirando meu coração do meu peito e o entregando pra ser ainda mais literal no quesito "meu coração é seu". Me perder em Louis Tomlinson era fácil, admirá-lo era ainda mais, tudo nele me cativava e eu sentia que poderia ficar horas dessa forma - Você nem prestou atenção - ele olhou pra mim e franziu as sobrancelhas, eu apenas sorri ainda tomado pela emoção de tê-lo pra mim - O que foi? - apesar de sorrir, ele estava confuso e eu apenas me limitei a conter minhas palavras pra mim, não era hora de ser tão expressivo, levei minha mão ao seu rosto e acariciei, respirei fundo e o beijei.

Borahae (l.s)Onde histórias criam vida. Descubra agora