Borahae (l.s)

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A volta pra casa foi cansativa, Niall veio dirigindo e eu dormi no colo de Louis, nossas noites foram agitadas e ficamos nos beijando no lago durante a manhã de domingo antes de virmos pro carro e voltar pra casa. Eu não tinha palavras pra descrever como esse final de semana foi perfeito, cada segundo, cada toque, cada sorriso, tudo, eu fiquei tímido depois que a bebida saiu de mim e acordei seminu ao lado de Louis bem em cima do píer, segundo ele, eu estava com calor e queria tomar banho de sol mesmo que já estivesse escuro, ele disse que eu afirmei que a lua estava na frente do sol e que a luz na verdade era raios UV.

Quando avistei a casa de Niall, eu fui despertar Louis, mas ele estava completamente apagado, por isso eu respirei fundo, contei até dez e o deitei no banco tomando coragem para fazer algo que não faço a muito tempo.

- Vai dirigindo? - Niall me olhou cauteloso

- Eu... não quero acordar o Lou - abracei a mim mesmo e me encostei no carro

- Eu posso dirigir até sua casa e de lá pego um táxi, Hailee, você me espera aqui? - se virou para a namorada

- Não precisa, Ni, eu consigo - respirei fundo e me despedi dos dois - Eu... tenho que fazer isso em algum momento - ri sem humor

- Tem certeza, Hazz? - eu concordei e ele suspirou - Se precisar, me chama. Pode parar no meio da estrada e eu chego até você, okay? - me abraçou e eu sorri

- Tchau, Harry - Hailee sorriu e abraçou o namorado

Entrei no carro, coloquei o cinto, respirei fundo e senti meus dedos se apertarem firmemente no volante. Liguei o carro e tentei não entrar em colapso, eu tinha sérios problemas com direção desde que tirei a habilitação e só dirigi duas vezes, mas eu precisava fazer isso, o caminho não era tão longo e eu não queria acordar Louis, ele sempre fazia tudo por mim, eu precisava fazer algo por ele e até por mim mesmo.

Todo o caminho eu passei murmurando palavras de conforto pra mim, olhando para todos os lados e levando mais tempo que o necessário já que estava abaixo do limite de velocidade e me preocupando com todos os cruzamentos, sinais vermelhos e pedestres, eu sentia as lágrimas nos meus olhos e sempre que parava eu tinha que limpar pra não embaçar minha visão. Depois do que pareceu anos e anos, eu cheguei na nossa rua e eu pulei pra fora do carro, fechei a porta e me recostei com a respiração completamente acelerada, meu peito parecia que iria saltar pra fora do corpo e precisei fechar os olhos com força pra poder não chorar de nervoso, minha respiração estava muito acelerada e eu tremia por inteiro.

- Ei, o que foi? - ouvi a voz de Louis e logo ele me levantou e puxou para um abraço, o segurei como nunca - Eu acordei com a porta batendo, o que foi, gatinho? - acariciou meu cabelo e aumentei o aperto

- Desculpa - murmurei, detestava parecer completamente vulnerável e ser um problema para Louis, ele não devia ver isso, eu não deveria mais ter essas coisas e ele com certeza sentirá vergonha de ter um namorado fraco e bobo

- Não precisa me pedir desculpa, amor, eu estou aqui pra você. Sempre - afastou meu rosto e secou as lágrimas que saíram - Eu te amo e vou estar com você pra tudo, não precisa pedir desculpa ou se sentir mal, eu sempre vou estar aqui pra tudo que envolva você porque você é a minha vida, babe. Você é o meu mundo, não se esconde de mim e nunca me peça desculpa por algo bobo - colou nossas testas - Entenda, eu amo você e temos um compromisso agora, quando eu te pedi em namoro não foi pra te levar pra cama, foi pra dar continuidade ao resto das nossas vidas juntos - dessa vez minhas lágrimas não eram pelo surto, era por ele, eu o amo tanto que dói, é intenso e faz meu peito querer explodir, todo meu ser clama por ele e eu o sinto em cada célula 

- Eu te amo tanto... - sussurrei e fechei os olhos - Obrigado por tudo, amor...

- Eu amo você, Harry Styles - selou nossos lábios e me abraçou, tudo de ruim se esvaiu rapidamente e tudo o que meu cérebro conseguia focar era no coração de Louis contra o meu e a paz que só ele tinha o poder de me dar. Eu sei que ele vai querer conversar sobre isso quando eu me sentir a vontade pra contar e isso é uma das coisas que amo nele - Agora, vem, vamos entrar e eu preciso te entregar vivo pro seu pai - riu