TEU CORPO TREMIA AMEDRONTADA Alyssa olhava para o chão esquadrilhado em marrom, faria mesmo aquilo? Afinal era um segredo tão sujo e asqueroso, era a única forma de seguir, de seguir sua vida plenamente como sempre sonhou, porem valeria apena? Todos precisavam daquela comida, mas ela precisava esconder a todo custo oque o ser queria que ela revelasse, como iriam olhar pra ela depois que com certeza com certeza teriam repulsa, não tinha escolha afinal. – Por que eu? - Resmungava olhando as poucas gotas de suor e lagrimas abaixo, no chão, com toda força que tinha forçava seu corpo a levantar, parecia excepcionalmente pesada e cansada naquele momento – oque? Apenas quando jogou as costas para trás ficando de joelhos ela viu, ele alto e magricela Cayn estatelado ao seu lado - seus joelhos tremeram – como vou fazer com ele aqui? Ele não sabe, talvez consiga o enganar – sua garganta ficava cada vez mais amarga pelos pensamentos que tanto repudiava de fazer, mas que escolha teria a uma dessas? Não se tratava apenas por sua imensa vergonha de ser ela mesma e de seu passado, mas para manter a boa vida da mãe tinha que esconder de todos, tinha que manter a promessa que fizera a sua criadora, manter tudo aquilo escondido de todos.
Eu... – começou a descer sua teia, como era menor e parecia mal com certeza um rapaz tentaria a ajudar sem fazer muitas perguntas a vendo como um objeto fraco como todos..., mas oque deveria fazer? Sentia que seu peito iria explodir de tão ofegante que estava e não estava diminuindo como o peso em suas costas - o Bony... a aquele garoto estranho que usa roupas brilhantes... eu estava em uma sala tentando achar algo que pudesse ajudar – forçava sua voz a ficar mais tremula que nunca, seus olhos abertos para escorrer mais lagrimas – ele apareceu, parecia nervoso...tentei falar com ele, mas...ele me agarrou – caiu novamente no chão – ele me beijou, tentei sair, mas ele era mais forte, quando estava subindo a minha camisa... eu conseguir correr e entrei na primeira porta que tinha na frente... ainda bem que você está aqui – levantava seu rosto sorrindo por dentro, sabia que estava em uma cena patética, mas sabia, viveu sendo olhada como um objeto, como uma boneca de porcelanato fragil, der repente lembrou dos seu peso de vida, por que essa lembrança voltava a vida em um momento desses ela não sabia.
Lembrava da grande escola primaria, de seu primeiro dia naquele lugar, no momento que pisou na escola segurando seu pequeno ursinho, um garoto do dobro do tamanho surgiu entre as arvores da entrada sorrindo "nova? Parece uma criança" ela lembrava do olhar superior do garoto e aquele sorrio, a droga do sorriso que já conhecia, ele estava vendo alguém que precisava, estava vendo alguém que necessitava de ajuda ou algo? "tão nova, quem eu estou enganando? Parece uma gracinha" sorria entortando seu rechonchudo rosto enquanto dava mais um passo em sua direção. "eu estou bem... obrigado" como sempre viam se acuando "que isso, posso te ajudar gracinha, o que acha de sairmos depois da aula? Vou ajudar você a chegar em casa, vou cuidar de você" ele sorria abertamente de uma estranha forma para ela. "não perturbe os outros Ton." uma terceira voz, uma segunda voz masculina surgiu atrás dela "não sabe quando dizem que não querem?" e como magia o em sua frente aos resmungos "desculpa, você esta bem" alto e louro outro aparecia em seu lado "vem, vou te levar a sua sala, vou cuidar para que chegue sem mais problemas" mais uma vez mesmo que escondido ela via o sorriso maldoso no rosto de mais um garoto que a via como um ser fraco e que precisasse ser cuidado e protegido, em relações gerais ela era vista como um pequeno coelhinho inofensivo e incapaz nesse mundo, ao seu lado escondido e disfarçado seu predador a olhava de canto de olhos escondendo um sorriso de satisfação de ter capturado mais uma presa, na época não sabia, mas aqueles predadores ainda nem tinham revelado suas verdadeiras presas, nem mesmo seu pai fora capaz de controlar seu predador...
Droga – ela der repente escutou sendo sugada de volta para a realidade – fica aqui – o garoto passara por ela diretamente para porta, o que poderia fazer? Tinha alguma escolha real enquanto vivia? Antes que ele pudesse chegar à porta, ela se erguera agarrando seu ursinho, metendo a mão dentro da boca do próprio ela tirou o recipiente.
Por favor...- gaguejou e como queria o garoto se virou, com o dedo no gatilho ela apetou, um jato ardente jorrou, surpreso Cayn colocou a mão na frente conseguindo proteger os olhos, Alyssa tremeu assustada contemplando, porem em sua frente ele tremeu dando um passo para trás, ela teve que conter o grito com a mão quando o braço do garoto paralisado caiu, seu olho esquerdo roxo e vermelho estava visivelmente inchando e fechado, seu rosto lavado de sangue, ela podia ver meramente um pouco do seu globo ocular logo atrás da carne inchada e sangrenta ele balançava para frente e para trás, em choque pelo que fez a garota deu um passo para trás sentindo o remorso e a repugnância provocarem uma ânsia revirando seu estomago, sentiu o chão sumir quando Cayn deu um passo em sua direção, forçando seu corpo o garoto abrira seu repugnante olho fazendo mais sangue jorrar por cima do veneno.
Vai ficar tudo bem – sufocava com a voz falha cambaleando para rente – eu vou te proteger, deixe comigo, dessa vez eu vou te salvar – tropeçava para trás chocada pela horripilante cena, era como um demônio horrendo vindo em sua direção, seu calcanhar bateu no pé da mesa e paralisada vira o garoto chegar cada vez mais perto erguendo seus braços – eu vou te proteger – escutava quando sentiu duas mãos contornarem e começarem a comprimir seu pescoço, institivamente ela agarrou os dedos dele tentando se soltar, mas era fraca de mais para lutar.
Me desculpe – engasgava sentindo não mais ter como respirar – por favor, desculpa – ofegava já sem ar, seu rosto rosado e puro agora se contorcia, o ser em sua frente ele a olhava finalmente de uma forma que ela não conhecia, finalmente estava de igual a igual com alguém, sua visão se turvara, seus pés parando de debater, ela entedia a morte se aproximar, mas desta vez se sentia bem ao ser reconhecida como um risco capaz de se defender, como um ser humano podia aceitar a morte, podia aceitar sua existência dessa maneira...
CAYN, COMO VAI AI DENTRO? CONSEGUIU IMPEDIR? – Arnen finalmente gritara do outro lado, assustado e tremulo Cayn largou o pescoço agora roxo da garota que caiu bruscamente no chão tremendo em um engasgo violento podendo respirar voltando a cor natural lentamente, em pé ele permaneceu paralisado.
O que aconteceu? – perguntou para ninguém em seu campo de vista antes que uma aguda dor invadisse seu crânio indo diretamente para seu olho, ele caiu se debatendo no chão gritando sem parar por longos minutos, a garota paralisada assustada apenas observava até ele finalmente parar conseguindo ficar de quatro no chão ergueu seu rosto - Alyssa? Oque aconteceu com você, está bem?
Como pode pensar em mim estando nessa situação? – tremula ela disse choramingando.
Devo ter caído ou algo, não lembro bem, eu posso ver você, e não posso ignorar alguém que precise de ajuda - se sentando ele sorria tentando mascarar a dor que sentia, sem sucesso.
Por que? Acha que preciso de ajuda por ser pequena? Por ser uma garota indefesa? Devia cuidar de você, não preciso de ajuda – encolhida estufava o peito.
Sabe – se levantando com dificuldade disse com mais ainda – minha mãe não era forte, a uns dias – ele engasgou – ela não estava nada bem, mas ela nunca esqueceu dos meus remédios e me ajudava sempre que podia – caminhava parando diante a garota – também não sou forte, mas quero ter a força dela, mesmo a beira da morte ela ajuda os outros sem pensar, preciso ser como ela ou tudo que ela sacrificou foi em vão – estendia a mão para a garota sentada de costas coladas na parede – eu ajudo quem precise de ajuda, não importa quem seja – sorria com a cara lavada de sangue, sinceramente era algo repulsivo de ver – agora me conta oque aconteceu?
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13 ANDAR
Teen FictionUma famosa universidade para prodígios, será mesmo? - alunos já marcados com o sofrimento iniciam o primeiro dia de aula já tendo que lidar com estranhas ocasiões uma lesma humana grotesca e outros seres, oque o diretor tinha em mente? - Cayn o mais...