armadilha

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  Por favor me explique oque aconteceu – Cayn resmungava sentado a frente de Ren, seu olho mais amena e consideravelmente menor, mas ainda guardava uma coloração vermelha com um borrão na vista – como pode ver, não posso sair, estou ferido – apontava para a ferida no rosto tentando apela, afinal quem iria querer subir uma escada para da de frente com um monstro demoníaco?

Eu sei, mas precisamos disso, oque temos para sobreviver pouco e está constantemente em perigo, Gabi e Alyssa estão de guarda alternando comigo e o Grim – um garoto estranho de cabelos arroxeados sorriu no canto da sala – mesmo assim não é seguro como podemos ver, faça sua parte homem! - "faça sua parte, seja forte' sua nuca aqueceu lembrando da mão.

Droga, ok tudo bem eu vou, mas se eu morrer... – se levantava, um pano amarronzado encharcado em sua mão.

Eu assumo o risco – do outro lado da mesa Arnen falou empilhando canetas. Nos corredores o garoto com a estranha mascara prostética admirava nervoso a escada abaixo, oque poderia ter lá embaixo afinal? Devia mesmo estar ali? Algo monstruoso dito como demônio "eu não posso ir" o pequeno garoto pensou, pernas tremulas imaginando um grande urso correndo atrás dele ou grandes chamas...

Relaxa vai da tudo certo, eu estou aqui – dois metros, uma montanha tampava o sol para Jin, era quase impossível enxergar o seu rosto também definido – vamos? – a montanha humana falou se virando, sua voz era como um trovão, olhava para um murcho garoto brilhante.

Vamos... estou nas suas costas bombado – mais amena ele andava ou quase rastejava sobre os pés – é vamos nessa – três rapazes, ou um e duas metades começaram a caminhar lentamente, pés aterrissando pesados aterrissavam descendo primeiro Cronos olhava Atento para a porta trancada em um cinza enjoativo – como esta ai? – tremulo Bony ficou por ultimo olhando nervosamente para o portal da morte.

Esperem – um grande braço estendido para trás Cronos apertava apreensivo a maçaneta amarelada, pessoalmente lembrava a porta de sua academia, quantas vezes teria passado por uma porta dessas, algumas sorridente e outros desmaiado ou espancado com seu irmão – nada – de olhos apertados ele assistia o amplo corredor deserto – vou na frente, fiquem e esperem meu sinal – ele disse momentos antes de abrir a porta, logo ela se fechou as costas imensas dos garotos sumindo lentamente, na frente Jin paralisado escutou um grande rosnado fazendo cada pelo do seu pequeno corpo se eriçar, devia voltar? Devia ser forte e encarar isto? Um parceiro devia estar sofrendo...sendo devorado talvez, ajuda? O garoto em suas costas estava encolhido tremulo, oque tinha que fazer? Seria morto em segundos se realmente fosse, mas ele precisava de ajuda.

Eu falei, eu falei era um demônio – segurava a cabeça tremulo.

No andar de cima Cayn junto a Cly e Cabresto olhavam paralisados os degraus, cada um deles comprimindo uma faca contra o peito, mais rápida e esperta Cly segurava uma grande faca, Cabresto um cutelo reluzente e o pobre do Cayn uma fina e longa faca de desossar, no topo uma porta cinza nojenta listava A3.

Preparados frouxos? – Cly sorria mesmo que se forçando a isso, um passo de cada vez ela seguia na frente, a faca pendurada na altura do seu pescoço, diferente dos de trás ela seguia firme até a porta parando apenas na frente da mesma – prontas?

Tenta ver devagar droga – Cabresto resmungou sentindo cada célula do seu corpo gelar, para piorar Cly fingiu não escutar empurrando a porta que apenas estava encostada... – limpo, nadinha medrosas – disse entrando com lentamente olhando de forma frenética para todos os lados, sua mão se mantinha firme se virando para verificar se não havia nada acima da porta – deixa aberta, ao menor sinal de merda fugimos entenderam garotas? Vamos andar juntas então nada de planos idiotas – ela sorria se virando – por ser um andar de dormitório havia diante deles quatro portas naquele extenso corredor, mesmo assim era muito pouco...

Se tem algo, deve estar escondendo em uma das portas, pelo menos é pequeno – Cayn engasgou sentindo um tijolo escorregar pela garganta, era menor, mas não queria dizer melhor, oque seria? Como aquela lesma humana?

Qual vamos ver primeiro? – mais tremulo ele olhava de canto a canto esperando uma aranha gigante ou o próprio satã, Cly mais uma vez o ignorou andando o mais lento que podia para a porta mais próxima "sala de limpeza" estava arranhado na porta, ela se virou para os dois levando a mesa até a maçaneta, todos ergueram as facas, seu coração der repente parou junto a mão na maçaneta dourada e arranhada que lentamente giro, Cayn escutou um granido estranho quando se abriu, nada adiantou as três facas aterrarem cegamente o ar, uma vassoura e uma pá cortada pela lâmina de Cabresto.

Tenham calma medrosas – ela sorria a afixando sua lâmina – esperem – o sorriso sumiu e os seus olhos se estreitaram ao ver um pequeno pedaço de papel sujo de algo vermelho, as letras da mesma cor– um a cada porta – ela leu tremula, seria coincidência? Três portas, o sangue talvez uma armadilha, em uma delas com certeza teria um ser demoníaco.

Oque vamos fazer? – tão der repente Cayn falou fazendo Cabresto se eriçar – uma delas, você deve ter pensado, você é a líder... – ele se abaixou a olhando nos olhos – vamos voltar, é muito arriscado –passava a mão pelo ombro da garota...

Certo, voltamos – se levantando sentindo teu corpo mais pesado que nunca ela viu a mais de seis metros parada no fim do corredor uma pequena garota, cabelos lambidos e sujos de tão forma que se tornava grudento e nojento, balançava junto a um vento inexistente, o longo vestido branco sujo de terra acabando apenas no seu tornozelo escondendo grande parte das pernas brancas e finas como pequenos galhos secos presos em pequenos montes de terra – olhem...fiquem calmos – de esgueira Cly olhava para os garotos, mas ambos jaziam paralisados olhando para o mesmo ponto do corredor, era como olhar um demônio, Cabresto paralisado olhava amedrontado, Cayn puxou levemente Cly para mais perto de si – recuem devagar, esta mais disposto vá primeiro Cabresto – sussurrava com os olhos pregados na pequena garota, cabelo negro e desgrenhado cobria a maior parte do rosto sujo de terra – vai logo, droga – mas ele não se mexeu, parado olhava aterrorizado para a garota em farrapos do outro lado do corredor.

Não, não é possível, você não pode estar aqui – com a boca tremida ele deu um passo pra frente, seu corpo todo ardia – não, não, não – seus olhos se arregalaram o bastante para saltarem da orbita então se virou sem rumo e aos tropeços correu e correu para a porta inicial, desconjuntado viram o garoto correr torto para a porta, quase caindo de desespero ele atravessou a porta aberta então desapareceu.

Òtimo, vou na frente, me segue – dando um passo se levantava, mas os dois congelaram ao crocitar fino e gélido, a garota havia dado um passo – acha que temos chance? – davam passos rápidos tentando disfarçar, o mesmo fazia a garota, a cada movimento escutavam uma batida de ossos, ela se lentamente e torto como se seus ossos estivessem atrofiados em uma posição estranha e anormal.

Não va embora, preciso de você, irmão por favor não vá – fino e cortante como o gélido sua voz saiu por baixo dos sujos e grudentos fios de cabelos, ondularam fracamente a frente de Cly que se preparava para correr, por extinto segurou a mão de Cayn logo atrás dela – me deixar para trás uma segunda vez, como é capaz? – os cabelos podres ondularam uma segunda vez, mas com força subindo acima de sua cabeça como um forte vento estivesse vindo dos pés da garota mesmo que seu podre vestido não se mexesse, revelando um jovem rosto de uma criança, lagrimas escorriam para cima flutuando dos grandes olhos mortos de pupilas negras, não era um demônio? Uma pobre menina chorava em sua frente travando seus movimentos, oque deveria estar pensando? Por que isso embrulhava seu estomago, achou o demônio dentro de seu estomago subindo pela garganta.

AGORA! – Cly gritou se virando correndo em uma grande passada ela quase caiu, estatelado no lugar Cayn permaneceu olhando a garota vamos logo, não temos outra chance, ela não é humana – com toda força puxava o garoto, mas ele não se moveu.

Irmã – uma lagrima escorreu pelo seu rosto quando ele sussurrou sentiu sua mandíbula quebrar em um estalo, oque estava acontecendo? Em choque sentia seu rosto queimar, a garota ainda chorava gritando, em sua frene Cly tremula mantinha sua mão erguida.

Temos que ir – grunhia puxando o garoto ao dar meia volta pelo corredor, desnorteado foi puxado rapidamente para a porta, atravessando a mesma sentiu seu peito explodir e sua visão se perde na escuridão.

Onde, onde estou? – Cabresto choramingava encolhido no canto de uma escura sala.

13 ANDAROnde histórias criam vida. Descubra agora