Ele não voltou, ficamos de olho nas escadas caso acontecer algo grande – Olhando os dois de cima Ren falava sem uma real expressão – ele simplesmente desapareceu quando desceu as escadas? Uma criatura que mandou vocês para o andar de cima e o fez sumir totalmente...? – suas cruzadas acima das outras – entendem que são os maiores suspeitos do desaparecimento certo? Vão ficar reclusos por um tempo até que averiguarmos todos os fatos – sentado a frente Cayn olhava para os próprios pés, mesmo com poucos dias de convívio teria desenvolvido uma pequena empatia sobre uma imagem um pouco semelhante a sua, mas algo o incomodava, de fato aquela lembrança no fundo de sua cabeça e agora os papeis empoeirados em seu abdômen, aquela pequena garota que imaginou, por que sentia algo repugnante com tudo isso?
Ce...certo – A garota ao seu lado aparentava ter enfrentado uma extensa maratona a pouco – em qual sala ficaremos? – parecia ter perdido sua alma naquele momento quase chorando e antes de uma resposta ela saiu como se procurasse uma resposta diferente, teria sido melhor se culpada logo de uma vez, afinal desejou aquilo queria apenas sentir dor como daquela vez podia ainda sentir e lembrar de sua irmã, lembrar daquele dia.
Quarta-feira, dia dezenove de julho ela estaria como todos os dias de sua vida, em um galpão abandonado quente e modera mente ocupado por rapazes e poucas garotas, todos com uma singularidade igual, seus olhos eram arqueados como se tivesse um certo peso em suas janelas da alma, de certo todos ali estavam reunidos por um motivo que sempre acontecia aos seres, a singularidade dos que fogem de algo acabam se juntando a outros que estão na mesma situação e um deles era uma menor e pequena Cátia, portada de um vesti-lo azul marinho olhava ao longe as outras crianças jogarem cartas aos escassos sorrisos, essa garota se perguntava a mesma coisa a anos "oque é o amor?" e ficou frustrada quando fora interrompida em sua pratica inútil de perguntas inúteis por uma menos masculina e musculosa Cly, qual tinha olhos vivos e alegres mesmo cheios de fúria como naquela época, a garota se lembrava de mais uma vez ser arrastada para fora do galpão pela irmã mais velha e mais uma vez seria levada para casa, e assim fora por meses, mas naquele fatídico dia essa garota conhecia a para dor antes mesmo de conhecer o verdadeiro amor, se lembrava de ser arrastada entre todos como sempre se debatia, mas seus olhos por um único momento se fecharam e quando tornaram a se abrir tudo que ela podia ver era fogo e que estava fora do infernal balcão, tudo que sobe antes vieram de três crianças não muito diferentes dela, também iguais ao serem resgatadas por sua irmã, a própria nunca saiu do balcão...
Merda, merda MERDA! – chutava com raiva a porta de uma das vazias salas, queria apenas sentir a dor dos chutes ou se afastar dela mesmo.
Lamento, era seus remédios ou um dos dentes da Alyssa, realmente não tive escolha – Arnen saia da sala sem olhar diretamente para Cayn ao seu lado.
Entendo... – olhando para o chão visivelmente mais abatido e pareceu não ver ao passar pela garota ao abrir a porta destrancada revelando a escuridão mais profundava que os olhava por pecados diferentes – aconchegante – bufou olhando para um fino lençol azul esticado na parede encobrindo a única janela – do que estamos nos escondendo afinal? – se perguntou virando para a pequena menina as suas costas, seria a melhor maneira de fazer as coisas? Teria que tentar pelo menos para aliviar as coisas.
Do lado de fora as coisas não estavam muito melhores, Jin ainda encolhido no canto da parede, de fato os que passavam por ele o podiam ver ou uma versão ainda mais diminuta dele, mas de fato ele não se encontrava nem no seu copo, sentia estar em um lago gélido em todo seu corpo, cada célula de seu DNA e podia muito bem sentir a agua excruciantemente gélida chegar ao seu pescoço, mas não queria sair daquela situação horrível, a vergonha por fugir deixando um colega para trás logo depois de ter decidido ser corajoso, teria sido apenas pose e um sonho distante oque custou uma vida, mais uma vez suas miúdas mãos estavam lavadas de sangue – se amenos ainda tivesse aquele fogo do demônio – sussurrou momentos antes de querer ter sido engolido por aquele gélido lago até a profundeza mais escura, talvez fosse mais fácil ser congelado em um lago talvez melhor que lidar com a culpa e vergonha de fugir e deixar alguém para trás alguém melhor que ele próprio, como pudera ter coragem de querer o poder do demônio, sua mãe o avisara varias vezes "amaldiçoado, filho do demônio" era o que ela sempre falava e mesmo depois de ser levado de casa nunca iria se esquecer principalmente dos avisos que sua mãe deixou, marcadas em seu rosto, mas uma pontada de seu interior queria poder, afinal poderia ter sido diferente seu colega estaria vivo agora...
Do outro lado do corredor, dentro de uma porta taxada como a sala de reuniões duas cabeças relutavam em suas ideias, o perfeito louro sentado rígido e a sua frente o louro relaxo olhava para o teto a espera de algo, sempre a espera.
Acho que devíamos tentar, pelo que contaram parece que é um andar para funcionários, deve haver coisas uteis – falou olhando para o teto com uma expressão digna do mais vasto céu estrelado.
Caso a criatura ainda estiver lá vamos acabar correndo riscos – balançava um copo de água na mão. "quanto de água ainda temos? Por sorte ela vem da caixa d'agua do prédio e assim talvez não precisaremos nos preocupar agora" pensava olhando nos olhos de seu parceiro na liderança – mandamos dois, mas realmente devem ter cuidado dessa vez, se conseguirem fugir se algo acontecer... – olhava mais para cima – que foi aquilo a pouco?
Oque? – começava a forçar um desprendimento da conversa esquadrilhando toda a sala com os olhos
Os remédios dele, por que disse aquilo? Sei que está com você, por que disse aquilo?
Às vezes – ele começou sempre olhando para o teto – temos que dá uma ajudinha para que entrem na toca do coelho. Eles continuaram a conversa um pouco mais tensa.
VOCÊ ESTÁ LENDO
13 ANDAR
Novela JuvenilUma famosa universidade para prodígios, será mesmo? - alunos já marcados com o sofrimento iniciam o primeiro dia de aula já tendo que lidar com estranhas ocasiões uma lesma humana grotesca e outros seres, oque o diretor tinha em mente? - Cayn o mais...