13 ANDAR

SEQUESTRO VOLUNTARIO

– Soube que desejou que ele morresse, está feliz?

Eu, eu não quis isso – recuando ela falou – e você por que? Por que não se importa? – ela lançou à estaca no peito do garoto que se perguntava o mesmo.

Não o conhecia, mas você falou muito com ele certo? Até o desejou a morte, será que fez tudo isto de propósito?

Eu...não tinha falado sério – agora ela tinha que suporta o peso ampliado que fora jogado em sua mente – eu realmente achei que aquela marica estava bem...

Depois de o desejar a morte, depois de o provocar a uma situação perigosa além de não conseguir cuidar mesmo sendo a líder você mesmo assim ofende alguém que confiou em você?

Em um combate entre lutadores experientes um ataque feito em um pulo cego por raiva seria facilmente bloqueado por um soco ou uma pequena movimentação, mas por Cayn nunca ter realmente brigado ou pelo fato de um ser gigante como um tigre pular em sua direção, o garoto pode apenas estremecer quando Cly se jogou contra ele facilmente o derrubando sobre o piso infestado de pó com poucas marcas de sapatos.

Você quis não é verdade? Desejou a morte dele

Eu...você está errado – sufocou encima do garoto, sentada acima de seu quadril – você está errado, ta errado – sua voz tremeu quando um de seus braços se ergueu – ta errado – choramingou esmurrando o rosto do garoto, uma única vez fazendo bater com força no chão – eu...você ta errado – outra vez um punho acertou a boca do garoto a fazendo sangrar, logo mais um acertando e entortando seu nariz, foi quando ela começou a transbordar os lacrimejante olhos em um mudo choro – eu não queria nada disso DROGA – mas um soco acertando em cheio o ferrado olho um tanto inchado o fazendo perde a vista quando ela abaixou os braços trêmulos pode ver o rosto arroxeado e sangrando de seu colega de sela.

Se sente melhor agora? – ele perguntou forçando seu sorriso mais uma vez – parece que consegue extrapolar seus sentimentos através da violência, não que seja uma surpresa – ele sorriu quando a garota saiu de cima – ele escolheu correr e não estávamos preparados para aquela ocasião se quiser botar a culpa em algo coloque em quem nos colocou aqui – sorria olhando para a tremula garota – logo quando estava melhor – tocava assustado o olho cego – eu ficaria legal com um para olho?

Tem...que limpar o sangue logo volta ao normal – sussurrou se aproximando como uma criança tímida engatinhando – posso? – erguia a manga da jaqueta e sem problemas alisou o rosto do garoto limpando levemente o sangue dos cortes – por que sempre que tenta ajudar os outros você sai machucado..?

Minha mãe, parecia um pouco pior sempre que me ajudava quando eu era menor, lembro dela chegar exausta e dolorida e mesmo assim me dá um beijo de boa noite, sempre tão forte – mas se calou ao ver o rosto emocionado da garota a menos de um palmo "cobras assustadoras, um verdadeiro exemplar de um predador monstruoso especialmente está" pensou, mas sabia que não pensava mais daquela forma só de olhar para ela em sua frente, pelo menos não pensava nesse momento, estava chorosa quando se aproximou mais um pouco.

Sua mãe deve ter dado duro pra criar um filho tão idiota como você – ela sorriu se abaixando fazendo seus olhos se aliarem aos poucos se aproximaram, Cayn engoliu em seco totalmente em pânico com o que viria sem saber exatamente o que fazer, seus lábios de tremeram enquanto olhava para os carnudos da Cly, em segundos sentiu sua a respiração quente em seu nariz torto e dolorido, podia sentir o calor emanando do corpo da garota a centímetros dele seus lábios.

Podem vir a hora do...do? – estalado na porta Ren olhava os atracados no chão – caramba esperava isso dela, mas você não era tímido? Bom venham logo – tremido ele se virou a passos um pouco desajeitados e logo Cly saltou para o lado sem pregar os olhos da porta, e a garganta de Cayn se amargou e sabia muito bem o motivo de sentir ácido deslizar pela sua boca, afinal oque estava pensando? Era uma garota comprometida e logo com o mais próximo dele naquele lugar, afinal quando tudo começou Bony e ele estavam juntos.

Vou na frente – a garota falou brevemente deslizando para fora e logo ele escutou os risos dela com o garoto que estava prestes a apunhalar pelas costas, com uma pontada de vergonha ele se levantou "o que iria acontecer agora" se perguntava saindo da sala "talvez tenham achado aquele garoto" logo que saiu se virou para a porta aberta e soube um pouco do que esperar, todos estavam reunidos no meio e quando entrou viu os dois chefes sentados de costas para a lousa, Cly estava parada no canto mais brava que de costume, muito mais brava praticamente ardente em ódio e sem presença de Bony perto dela.

Julgamento? Acho que te trouxe a ser uma suspeita... – sussurrou ao se aproximar da garota se recostando na parede, estar no canto mais escuro da sala os fazia parecer os verdadeiros vilões.

Comecemos, vamos falar primeiro dos fatos entenderam? Bom começamos por ele – Arnen falou corrido olhando para o teto, Ren se levantou indo para a lousa – primeiro, ele não estava na sala quando levaram a Tv, porém Bony também estava com ele certo? Depois, verdade a pouco se não perceberam, ele foi mandado para o andar de cima e voltou sem um de seus companheiros, mas concordamos que Cly seria a líder na ocasião, parece que ele sempre tem algo que o inocenta – ele ainda olhava para cima – mas talvez ele seja o suspeito – ele se balançava na cadeira– dois eventos, o que acha Cly?

A garota estremeceu, não esperava por aquilo, dois olhos estreitos lhe perguntando algo quando achou que seria acusada, ao seu lado enrijecido Cayn olhava para todos.

Foi aquela coisa, seu idiota aquela coisa levou o Cabresto – ela quase rugiu.

Tem certeza? Você viu?

A garota estremeceu mais uma vez – claro que vi, não sou idiota seu mongoloide.

Naquela hora... – dos meios das cabeças ele surgiu Bony – ele ficou para trás na hora, para amarrar os tênis...

E começamos com as incongruências – Arnen agora olhava diretamente para Cayn – queira explicar?

O garoto não falou, tinha dado de frente com dois demônios e mesmo assim ninguém realmente acreditava nele – foi coincidência o segui logo, também, não matei aquele garoto ou coisa do tipo, ele simplesmente desapareceu.

Errado – Cayn estremeceu quando Ren falou – achamos eles em uma das portas, na verdade achamos seus restos, era como carne moída – parecia ter ficado enjoado com a lembrança levando a mão até a boca por um momento, Cly deu um passo para trás, ele podia sentir a sua respiração ficar mais acelerada, devia estar duvidando dele? Desconfiando e o deixando para trás? Sozinho assumindo toda a culpa? "sem você mãe, devo estar realmente sozinho nesse mundo, comi e conversei com todos eles e agora todos me olhando assustados e cheios de dúvida..."

Eu não fiz nada disso – finalmente ergueu seus olhos para o garoto angelical, o olhando diretamente nos olhos.

Oque faríamos se realmente ele fosse o impostor? Que dizer teria alguém realmente disposto ao eliminar? – todos deram passos para trás, todos menos Gaby e Alyssa.

Ele...isso tudo é mentira, ele nunca poderia ter feito isso – a pequena rugia sem nunca largar seu ursinho – ele é bom...vocês estão enganados, MUITOS ENGANADOS! – ela gritava agarrando seu ursinho

Parece que tudo se encaixa, posso fazer – Gaby disse segurando uma faca, lentamente ela andou na direção do garoto, Cly se afastou e Alyssa iria o ajudar se conseguisse ter forças para parar de tremer e andar.

PARE DE BRINCAR – Cayn dava passos para trás

Tudo faz sentindo, lamento, mas se você morrer poderíamos ser livres – então avançou correndo ignorando por completo a garota ao lado de seu alvo "perfurar a mandíbula seria uma morte certeira" pensou, a faca erguida a sua frente mirando certeiro, mas passou cortando o ar e a garota apenas pode ver o garoto passar por baixo de seu braço e correr pela porta.

ESPERE – Alyssa gritou correndo atrás, segundos depois todos os seguiram temendo a vida da garota a tempo suficiente apenas para ver a garota correr para as escadas.

Ele vai matar ela – Bony rugiu passando por todos e sendo seguido degrau a degrau todos sentiam o pior que poderia acontecer ou já teria acontecido a pequena e inofensiva garota.

PAREM – Cayn gritou tremulo, a garota contra seu peito sendo segurada pelo ombro, com a outra mão ele segurava a faca no pescoço de Alyssa.