O PEQUENO EMBATE

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Todos estão confortáveis? Podemos começar a primeira reunião? – Ren falava em pé, diante dele várias cabeças se dividiam entre a direita e a esquerda do amontoado que formava o mesão, de pé como uma estátua de um Deus grego Ren falava em voz firme, olhos bem abertos, com certeza era o sol daquela mediana sala.

Qual foi o resultado em busca de alimento? – sentado quase jogado ele olhava para cima, procurava algo? – Arnen muito franzino quase sumia na cadeira da outra extremidade do mesão, de certa forma seria a lua daquela sala? Morno e sem transmitir a segurança que pareceu deter minutos atrás, alguns olhavam apreensivos para o jovem garoto, um pingo do que viram enfrentar o grande sol da "turma", "o que estavam pensando?", "é apenas uma criança" foram os principais pensamentos.

Duas sacas de açúcar... – Alyssa começou a falar quase em um sussurro, a pequena garota apertava mais ainda o pequeno ursinho – uma dúzia de maçãs e laranjas – se encolhia ainda mais, de canto de olho vendo as cabeças viradas para ela, olhou para baixo observando o cocuruto do pequeno amiguinho acolchoado – dois pacotes de pão e manteiga... foi tudo que tinha e..ceral desculpa – sussurrava ainda mais baixo quase inaudível, quase estrangulava o pequeno urso de pelúcia torto.

O bastante para alguns dias, uns três, oque acha? – ainda olhando para o teto ele falava para ninguém em particular, seus esbranquiçados dedos percorriam a mesa como se estivesse tentando capturar algo.

Bom, vamos tentar manter a calma, – Ren se sentava pomposo olhava diretamente para frente, para Arnen, com os cotovelos a mesa suas mãos se entrelaçando a frente de seu rosto – temos comida o suficiente para alguns dias, mas temos que ter cuidado vamos colocar dois para ficarem de olho na comida, posso ser um deles para garantir que não a comam – ficou mais reto na cadeira olhando lentamente para cada um deles como se procurasse algo – mesmo assim vamos ter de agir antes do termino desse apertado prazo, sugerem? – Abertamente olhava para cada um naquela mesa com um sorriso meigo e tão cheio de significados.

Voltar lá pra baixo...? É loucura, seria uma sentença de morte a todos! – o vagalume exclamou largando a sua parceira – aquela coisa, não era...era um demônio, era um amontoado de carne demoníaca, quase perdi minha cabeça para aquelas garras, é loucura – se sentava resmungando.

Parece que, quem seja que for –Ren suspirou e falou firme e ainda mais imponente – não quer que saiamos desse andar, se isso acontecer vamos estar encurralados e na melhor das hipóteses morremos de fome, lamento, mas parece a melhor escolha que temos – pausou mais uma vez fechando os olhos em m longo suspiro – a escolha é individual, não forçaremos ninguém a se arriscar – fitava Bony – mas saibam que dependemos um do outro para sobreviver agora, se for e não estiver pronto pode custar vidas, o mesmo sobre não ir – falava serio fitando cada um dos seus mais novos colegas de turma.

E o andar de cima? – mais uma vez sua voz calma reboava por todos como uma batida de um sino pesado, Arnen agora olhava para o chão procurado formigas, todos estatelaram esperando mais alguma de um de seus chefes de turma.

Deve ter outra coisa, certamente tem outro monstro lá encima – Ren sussurrou ignorando a todos ao seu redor – seria loucura, mas devo admitir que pode ser na melhor hipótese, se tiver mesmo outros nos andarem de cima... seria o dobro de força para sair daqui, mas seria loucura e arriscado demais, sem falar nas chances de ser em vão ou acabar falhando perdendo vidas.

Pode ter pessoas lá encima precisando de ajuda...? – Alyssa estremeceu de olhos arregalados assustada – precisamos ajudar eles, podem estar sofrendo ou coisa pior... – o ursinho escapara de suas mãos para o colo tremulo – eles precisam de ajuda.

Se foram espertos devem estar na mesma situação que nós – batendo os dedos na mesa suavemente Arnen quase sussurrou – pode ser uma chance pequena, mas se ganhar teremos muito mais forças oque seria um grande alivio além do aumento de forças, acham que vai ter jogos com eles?

Não podemos arriscar vidas assim, o melhor jeito é investigar o andar de baixo, colher informações sobre essa tal coisa – Ren prostetava.

Eu vou, para o andar de cima, seus frouxos, até uma garotinha tem uma coragem maior – de braços cruzados e olhar impaciente Cly falou fazendo Bony dar um pulo surpreso – não quero muitos pesos mortos por favor – de cara amarrada com um olhar superior olhava para Ren.

Me candidato, não sou um covarde – Cabresto rugia se levantando em um pulo – quando vamos? Devia ser o mais rápido possível, não?

ótimo, acredito que o senhor Cayn também aceitaria não? Ótimo – sem olhar para nada em particular Arnen falou, mas dessa vez todos viraram rosto a procura do estranho garoto, porem não estava mais entre eles – já que quem cala consente, vamos a outra, alguém se habilita a colher informações no andar de baixo? – sem rodeios abaixou sua cabeça dessa vez encarando a todos, seus olhos mortos capturavam a alma de cada um em sua frente.

Vão precisar de mim – como um trovão Giant falou, mesmo grandão sua aura era mínima naquela bolha de tensão.

Ótimo grandalhão, eu também vou...não posso deixar minha mina com todo perigo – estufando o peito Bony ainda parecia meio acuado a ideia estapafúrdia – não posso deixar ela fica na linha de frente sempre... é um saco ser inútil – olhava pra baixo, Cly fingia não o ver.

Eu... também vou – agarrado aos joelhos Jin falou olhando para todos como um tomate vermelhão, mesmo que todos não pudessem ver – sei que não sou forte..., mas tenho que ajudar...de alguma forma...

Ótimo, fiquem os que se alistaram, vamos dar detalhes de seu objetivo, quem sair, por favor chame aquele garoto e é melhor não dizer o motivo – e assim eles se levantaram, cinco cabeças no entanto não se moveram, mas até eles travaram com o crocitar de arranhão de metal, surgia na lousa branca lentamente em belas letras " O DIA PASSOU, Alyssa deverá escolher agora, contar a verdade mais vergonhosa de sua vida ou queimar toda comida, para esse desafio terá desses sete horas"

Todas as cabeças, em pé ou sentadas gelaram – por que eu? – de olhos arregalados a garota deixara o ursinho lhe escapar das mãos caindo diretamente no chão á metros da porta – é brincadeira né? – sua voz ficara irreconhecível de tão tremula, seu corpo imitou esse fato.

Calma – Ren estendeu a mão para a garota, mas estava a metros dela, a própria oscilou para trás, suor frio escorria pelo seu redondamente fofo rosto, por sorte ou por ser a menor entre todos, ela correu para a porta, mesmo que erguessem seus braços todos escapavam por cima de sua cabeça, ela corria desesperada tropeçando ela correu, a metros a mais rápida fora Cly, porem o máximo que pode alcançar foi a porta se trancando rapidamente.

Merda, porra, maldita – rugia chutando a porta, mas parecia nem se mover.

Agora é escolha dela – junto a Ren, Arnen chegou falando ofegante – espero que tenhamos um poco de sorte a essa altura – se sentara recostado na parede a frente da porta, do lado de dentro Alyssa e se encontrava de quatro, suava frio e ofegava sem forças para se levantar olhava toda comida encima da mesa.

13 ANDAROnde histórias criam vida. Descubra agora