SUSPIRANDO ELA ABAIXOU A CABEÇA – tudo começou no meio da reunião...
Suspirando a garota contou cada detalhe ainda olhava para o chão quando começou, suspirava pensando na burrice que tentou fazer enquanto replicava em um sussurro tudo que acontecera até entrar naquela sala, cada vez sua voz deixava de ser quente e acolhedora para um sussurro fino e gutural inundada de vergonha por ter medo e pensar em sacrificar a todos ela olhava para o chão e quando se ergueu olhava apenas para os pés do garoto empapado de vermelho.
Lamento por tudo – suas finas pernas oscilavam perdendo a força quando ela se virou para a porta ela sentiu mais um vez a criatura subir por dentro rasgando sua garganta e parando na goela, era a vergonha que sentia de suas ações merecedoras do local que a colocavam.
Que saco – ele sussurrou – então tem que queimar toda comida ou contar o que sente vergonha, não disse que teria que contar a todos correto? – "que saco que tipo de situação é essa?", ela parou se petrificando com umas das mãos estendida quase agarrando a maçaneta.
Tem razão – disse se levantando com menos jovial e lindo sorriso, parecia mais magra quase esquelética de olhos fundos – mesmo assim...
Para ser justo essa pessoa teria de contar um também, assim não iria ficar tão mal de se expor certo? Mas tem que tomar cuidado com quem escolhe, alguém que inspire confiança seria melhor nessa situação, o Ren ou o Arnen são as melhores escolhas por serem lideres com certeza vão esconder o seu segredo, oque acha? – olhava para a agora pequena garotinha que apertava um ursinho invisível totalmente vermelha e assustada.
Por favor, para a segurança de todos poderia guardar segredo? – ficaram se olhando atônitos – por favor você primeiro – sentava lentamente sentindo seu corpo arde.
Certo – sufocando Cayn fez o mesmo – bom... – apertava suas pernas cruzadas, oque poderia contar afinal? Mal se lembrava do seu passado como criança, existia apenas uma alternativa que poderia ser menos miserável a escolha obvia – esse...– tirava do bolso um pequeno frasco branco sem nenhuma marcação – falo pra todos que é um remédio para concentração, mas na verdade é um remédio que me ajuda a viver... – suspirou olhando para o teto – no passado aconteceu algo realmente ruim, mesmo que eu não lembre oque foi essa coisa tenho de tomar essas pequenas pílulas azuis ou tenho ataques e fico fora de mim até tomar, os tomo dês que me lembro estar vivo, minha mãe... nunca me contou oque aconteceu de tão grave, mas sempre que perguntava ela ficava pior ainda... – era verdade, ele se lembrava de pergunta onde estava seu pai, lembrava dela ficar ainda mais pior mesmo que antes da doença ele poderia ver a vida se esvair dos olhos da mãe sempre que era posta a ver o passado, oque teria acontecido a ele afinal? Parou de pergunta assim que entrou na adolescência para ele já não valia a pena saber, não a esse custo.
Bom. – Ela começou sem dar espaços para comentários – começo a acontecer quando me tornei adolescente... – suspirava pesadamente quando seus olhos lacrimejaram – mamãe como trabalhava com jornal costumava sair... – começou a contar, a cada minuto parecia mais fraca e menor perdendo a carne do corpo e seus olhos... estavam cada vez mais encharcados, quando levantou parecia da metade do tamanho e seu rosto já estava seco e grudento, olhava para o garoto em pé em sua frente esperando mais um abraço, sempre que contava era isso que acontecia e como sempre não sabiam o que fazer, tão idiotas.
Parece que tem assuntos para resolver, parece que tive sorte em não ter um pai afinal – se levantava cutucando o olho ainda mais inchado que antes – você teve uma boa razão para ter isso afinal, mas não vou acabar cego né? – ele sorria mais preocupado do que aparentava, mas antes que ela pudesse pensar em responder – desculpe por te atacar, devia ter tomado antes, mas pensei em diminuir a doze até pegar mais no andar de baixo...
Tem que lavar... e repousar, por favor – aquilo era tudo culpa dela, sabia muito bem disso por que estava sendo tão gentil? Sentia pena dela? Mais um como os outros – vou cuidar de você, vamos logo – abaixando a mão e estufando o peito ela ergueu a cabeça o encarando no único olho bom, ficou assim por segundos que mais pareceram horas, era como tentar arrastar uma montanha com as mãos.
Tudo bem, mas não me deixe cego – ele sorriu sem jeito passando por ela.
O que aconteceu? Oque ela fez? – Ren esperneou tentando passar por Cayn pelas brechas que podia tentando ver a comida incendiada que tanto passou por sua cabeça.
Esta feito, sem perguntas por favor – de trás do ensanguentado uma miúda garotinha se escondia tremula – mesmo tentando não cair o garoto ficou parado olhando todos os alunos de frente, que situação se metera afinal? – que saco, tenho que ir cuidar disso, tem uma enfermaria por aqui certo? Cai e me machuquei a garotinha estava cuidando de mim enquanto eu estava desacordado – ela vai me ajudar ok?
Que bom que está tudo resolvido, afinal sabia que podia confiar em você – se levantando lentamente Arnen falava – Gabi, podia ajudar os dois? Queria que ele estivesse bem para amanhã – saindo andando com as mãos socadas na calça azul de moletom ele bocejava indo para a "sala de reuniões" – ANDEM DESPERCEM – berrou fechando a porta em suas costas.
Não precisa se não quiser – de orelhas vermelhas e ardentes Cayn olhava para a parede, seu rosto, Alyssa jogava grandes pedaços de algodão vermelho no lixo.
Acho que já está limpo e menos inchado – Alyssa olhava de perto concentrada o rosto dele.
tem mudas de uniformes escolares na sala de limpeza, sua camisa não vai esta seca até amanhã e mesmo assim vai ficar manchada de vermelho e essa coisa amarelada.
"droga, minha mãe pagou caro nessa, oque vou falar pra ela quando sair daqui?" pensava se levantando, parecia mais cansado que o normal, teria acontecido muita coisa nesses dois dias afinal – mas fala a oque tem amanhã? Não entendi o que ele disse.
Falamos de investigar os dois andares, você vai para o de cima – sem olhar Gabi falou, mas para Cayn parecia uma lança caída atravessada entre seus peitos, por que sempre estava metido nessas situações afinal?
O que aconteceu com você? – pela primeira vez ela se virou olhando diretamente para ele, Alyssa olhava o mesmo sentada guardando os recursos da tão limitada maleta de primeiros socorros – falo do delas As garotas olhavam para os mesmo locais, costelas, peito, barriga e costas todo o torso do garoto jazia infestado de cicatrizes pequenas e grandes de cortes e queimaduras e outras que mal dava para reconhecer o objeto de sua causa.
Estranho, mas não lembro de telas feito, tudo que recordo é de sempre as ter – ele sorria nervoso ao estar exposto querendo por sua camisa mesmo que estivesse encharcada de água e sangue.
VOCÊ ESTÁ LENDO
13 ANDAR
Teen FictionUma famosa universidade para prodígios, será mesmo? - alunos já marcados com o sofrimento iniciam o primeiro dia de aula já tendo que lidar com estranhas ocasiões uma lesma humana grotesca e outros seres, oque o diretor tinha em mente? - Cayn o mais...