"demônios, filhos de demônios foi o que você disse" Cayn pensava ainda diante da porta fechada "será que estava certo?" – se não tivéssemos essas coisas... eu estaria com minha mãe ainda, é tudo minha culpa, se eu fosse normal não teria causado isso – ainda conseguia ver o pequeno garoto calado andando pelos corredores nesses dias – eu não quero esse poder, essa doença – a garotinha ao seu lado permanecia calada quando ele se levantou – eu a rejeito – dando as costas parou diante a porta da pequena enfermaria – vou ver como ele está, tente descansar um pouco Alyssa – virando o rosto para ela estava sorrindo, logo ateu na porta a sua frente, três batidas.
- Oque? – Olhos amarelados mortos apareceram entre a pequena brecha da porta – você? Veio jogar na minha cara? – verdadeiramente o olhava de cima, superior, mesmo curvada na porta e seus olhos abaixo dos dele.
- Preciso ver ele, planejam descer para o segundo andar, preciso ver o seu estado antes de qualquer decisão – e lentamente a porta se abriu, a garota sentava na bancada perto da pia.
- Nada bem, sem alguém especializado. É tudo que posso fazer.
Deitado na marca prateada estava apenas com sua calça manchada de vermelho, seu peito estava intacto, mesmo que sujo de sangue seco, sua cabeça inteira enrolada por grossas faixas avermelhadas, mal dava pra distinguir um rosto humano de uma bola de faixas presas em um pescoço.
- Você não ta nada bem né? me desculpe, se estivéssemos em lugares trocados você conseguiria cuidar de tudo acalmar todos, o que eu deveria fazer? – perguntava para o quase morto garoto, esperaria uma possível resposta afinal?
- Pare de choramingar e tome as rédeas da situação – ele escutou a forte e imponente voz, mas não a de Ren ou masculina, vinha de suas costas. – não dá mais pra deixar os outros resolverem tudo, se discorda de algo tem que resolver por si mesmo agora – os olhos de Cly estavam cansados e mais que nunca maliciosos – me diz, você me odeia? – um solavanco bruto veio com a pergunta, e do mar de incertezas e a situação atual do seu amigo quase morto ao se lado e uma criança jazida morta na sala da frente, o garoto foi levado de volta ao tempo, a aquela onde os dois estavam prestes a se beijar, corpos quase colados, o mar sumiu, mas deu lugar a uma tempestade brutal e sem fim, entorpecendo todos seus sentidos embaralhando o caminho em sua frente.
- odiar? – se perguntou olhando a garota – acredito que não te odeio, não realmente, fez um ato que me induziu em acreditar em você e depois ficou contra mim, não pensou nem por um segundo se eu era inocente – ele lentamente se aproximava da garota – o que iria fazer? Me beijar e torcer para eu não corta sua garganta? Ou esperava que eu fosse o traidor, e achou que fazer isso iria salvar as vidas? – parou diante dela, menos de vinte centímetros os separava – o que estava pensando realmente?
- e...eu só queria na hora – ela caiu leve pra frente, pra cima do garoto que tentou recuar, via a pequena garota despencar, culminou nos dois colados, um beijo, estranho o garoto se sentiu, era tão molhado e quente, deveria ser mesmo assim? Cayn pensava paralisado – você está tão esfarrapado – ela sorriu sentando de volta na bancada – não tem motivo, só estava com vontade, isso não tem nada a ver com você poder ser o impostor, só me preocupo mais com minha sobrevivência acima de tudo, vai me odiar?
- Todos estamos tentando sobreviver, me fez entender que não estou aqui para me divertir.
- Acha que ele estava certo? – ela de repente perguntou encolhida na bancada – demônios...
- Fomos trancados em um lugar longe de todos que amamos, com certeza alguém nos vê como demônios.
- Quando saímos, se sairmos daqui vivos o que acha que vai acontecer?
- Nesses dias todos estão implorando que minha mãe esteja viva, quero fingir que nada aconteceu e viver, se ela não estiver...vou atrás de quem fez isso e eles vão pagar.
- Me pergunto, em uma turma com dois marginais de rua, uma ex presidiaria como a Gabi, um garoto como o Jin, o que um garoto normal faz em uma turma de estranhas personas afinal? Qual é a sua loucura contida afinal senhor Cayn?
- Me pergunto a mesma coisa – abrindo a porta sorriu para a estanha garota em suas costas.
- Sai logo daí, tenho que ver o que ele tem de especial, sua pirralha!
- Não! - ele escutou a pequena garota gritar, caída de braços abertos na porta – você o tratou como alguém que importa... - sua voz estava falha e seu olho roxo vermelho como as bochechas – não vou deixar ninguém profanar o corpo daquele garoto!
- Sai logo daí – do lado Bony de punhos cerrados
"por que?" se perguntou vendo a cena - o que ela fez? Nada – seu corpo tremia, queria correr e nunca mais parar cansado de tudo – entendo – deu um passo – minha mãe, Jin e agora Alyssa, entendo, gostam de fazer pessoas boas sofrerem né? – de cabeça baixa olhava a garota, por que pessoas boas sofrem? – toque nela de novo e eu te mato – levantando sua cabeça seus olhos estavam em chamas, não iria deixar ninguém mais ser perdido, nível de insanidade em (37%).
- Bony que porra é essa? – uma voz falou em suas costas, de quem era mal lembrava.
- quero ver o que ele tem de especial para... – era rápido, tinha apanhado e batido em várias lutas de rua, mas tudo que pode ver fora Cayn sumir da sua vista e voltar a menos de um centímetro de seu rosto, sentiu algo leve acertar seu estomago, então seu corpo se dobrou sentindo que uma barra de aço tivesse o acertado.
- não toque nela – escutou enquanto por extinto começou a olhar dois pares de pês, mas fora trazido por um brutal puxão de cabelo, logo sentiu algo leve acertar seu rosto, mesmo com a vista falha pode ver o punho negro do seu rival – não vai a machucar!!! – outro soco fez sua nuca bater na parede e teve tempo para cair de costas no chão, mesmo sentindo a leveza seu corpo estava detonado.
- Eu perdi? – se questionou sentindo o liquido quente no seu rosto – eu realmente perdi pra ele?
- Não toque nela – foi o que escutou, outro soco leve atingiu seu crânio fazendo sua mente reboar no mesmo, outro e mais outro soco acertando sem parar, seu corpo já não conseguia se mexer quando sentiu outro e mais socos sem parar todos em seu rosto.
- Eu vou morrer? – várias vozes reboaram em sua mente, soco após soco esmagando seu crânio – que droga.
- CHEGA! – escutou antes de sentir sua carne ser esmagada em outro soco e então pararam de repente, todos de uma vez.
- oque? – tentou abrir os olhos, mas pareciamcolados e impossíveis de abri nas primeiras tentativas, apenas depois de algunsminutos ele conseguiu e o que viu, Cly ajoelhada do seu lado, a pequenagarotinha encolhida borbulhando em lagrimas, um buraco na parede que levaria acozinha e outra na parede da própria, algo pesado tinha o acertado? Algoquebrou duas paredes – onde ele está? – perguntou com a garganta latejando
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13 ANDAR
Teen FictionUma famosa universidade para prodígios, será mesmo? - alunos já marcados com o sofrimento iniciam o primeiro dia de aula já tendo que lidar com estranhas ocasiões uma lesma humana grotesca e outros seres, oque o diretor tinha em mente? - Cayn o mais...