Nossa filha

53 - Tristezas

    Ainda no hospital Mari e Adrien estavam sentados na recepção. Logo Nino chegou.

Nino:—Mari, cadê a Alya?

Mari:—Ela tá lá dentro.

Nino:—Como foi isso?

Mari:—O chão estava molhado e ela escorregou, caindo por 3 degraus na escada. Ela caiu sentada Nino, e foi uma pancada forte.

Nino:—Adrien, obrigado cara, por trazer ela tão rápido.

Adrien:—Imagina...espero que ela fique bem...

     Esperaram ali por aproximadamente uma hora. Então a médica veio.

médica:—Parentes da senhora Lahiffe

Nino:—Eu sou o marido.

médica:—Me acompanhe.

    A doutora foi com Nino até o quarto onde Alya estava. 20 minutos depois ele saiu da sala, chorando.

Nino:—Mari, ela tá te chamando.

Mari:—Tá, eu vou lá.

Adrien:—E aí cara, como ela está?

Nino:—Ela perdeu nosso bebê, Adrien...ela sofreu um aborto - disse sem conseguir segurar as lágrimas

Adrien:—Ô meu amigo, eu sinto muito... - disse e deu um abraço em Nino, que por pouco não caiu de joelhos ali mesmo

Mari:—Alya? Como você está?

Alya(chorando):—Eu perdi meu bebê, Mari...acabou...tô vazia...

Mari:—Ai amiga, eu sinto tanto - disse enquanto abraçava a amiga e chorava

Alya:—Por que, meu Deus? Eu estava tão feliz...nosso dia foi tão perfeito...por que tinha que terminar assim?

Mari:—Ai amiga, sei que nada do que eu te disser vai te consolar...mas...as coisas acontecem por um motivo, sabe? Se a gente acredita em Deus, tem que ter fé que ele tem um propósito para todas as coisas...

Alya:—Mas era meu bebezinho, Mari...e agora?

Mari:—Agora? Agora você vai se recuperar e tentar de novo...porque eu quero muito ser dinda! E logo logo teremos outro bebezinho aí nessa sua barriguinha sarada e vai ser a minha vez de paparicar e mimar muito. - disse enxugando o rosto

Alya:—Ai amiga, sabe que eu te amo, né?

Mari:—Eu também te amo pretinha!

    Na sala de espera, com Nino e Adrien.

Nino:—Cara...agora eu entendo o significado de impotência! Ela tá lá sofrendo e eu não posso fazer absolutamente nada! Eu queria estar sentindo a dor dela, a dor física, porque a emocional...tá foda, viu?

Adrien:—Eu sei o que quer dizer. Me senti assim também quando soube da mãe de Emma, quando soube o que ela passou. Elas parecem tão frágeis! Ao mesmo tempo são mais fortes que a gente. Acho que por isso Deus deu somente a elas o dom de gerar, porque a gente é frouxo! Alya é forte, cara! Logo vai ter outro bebezinho naquela barriga, você vai ver! E a gente vai se revezar cuidando dela pra que nada de ruim aconteça!

Nino:—Valeu, amigo. Valeu mesmo por tudo!

Mari:—Adrien, ela tá te chamando.

Adrien:—Tudo bem.

    Ele foi até o quarto dela.

Adrien:—Oi...

Alya:—Oi, entra.