A semana passou rápido. As meninas conseguiram fazer 30 touquinhas, 30 calças e 30 casaquinhos. Com os retalhos menores fizeram 30 babadores, 30 pares de luvinhas e 30 prendedores de chupeta. Aproveitaram todas as pontinhas dos tecidos! Marinette estava radiante! Tinha passado numa loja de brinquedos e comprado vários bichinhos de pelúcia para acompanhar os seus "kits". Não via a hora de levar tudo ao orfanato. Nunca tinha entrado em um, só passava na porta. No domingo, levou todas as roupas para a casa de sua mãe, que tinha uma máquina de lavar bem grande. Enquanto almoçava com seus pais e sua irmã, a máquina fazia o trabalho de lavar tudo: ela queria levar tudo limpinho para o orfanato, para que as crianças pudessem logo usar.
O almoço foi delicioso: Sabine fez um salmão assado com alcaparras e batatas coradas, prato que suas meninas adoravam. Bridgette estava feliz em ter sua irmã ali! Sentia falta dela, de ficarem de papo furado até altas horas da madrugada, de maratonarem as séries da Netflix, de contarem das paqueras uma para a outra. Marinette sentia falta da irmã, as duas se davam muito bem, mas ela agora era uma "adulta" e tinha muitas responsabilidades. Chamou Bri para dormir na sua casa, coisa que a garota aceitou de primeira. Ela morava sozinha, num pequeno apartamento que ficava a dois quarteirões da sua loja. Era vizinha de Alya, uma morena de 25 anos, 1,75m e cabelos cacheados que era sua melhor amiga desde os tempos de ensino fundamental. Alya tinha se formado em jornalismo e trabalhava na Madame Figaro, um suplemento da revista francesa para a edição de sábado do jornal diário Le Figaro, com foco e atendimento a mulheres.
Alya morava com seu namorado Antonino Lahiffe, ou Nino para os amigos, um rapaz de 26 anos que trabalhava como DJ nas boates da cidade. A morena até tinha chamado Marinette para morar com ela, mas Mari viu que o namoro de Alya com Nino ia de vento em popa e logo os dois iriam querer dividir as toalhas...não seria ela que "empataria" essa...história...
Então Mari resolveu alugar um apartamento no mesmo prédio da amiga, assim ficavam perto, mas cada uma no seu canto. Não deu outra: dois meses depois da mudança Nino já estava alojado no ap de Alya, o que acabou sendo ótimo para a morena: os dois dividiam despesas e trabalhos, assim não pesava pra ninguém. Marinette também gostaria de ter alguém para dividir as despesas, mas no momento, a única que dividia o pequeno apartamento com ela era sua gata Tikki, uma angorá branca linda e gorducha.
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Nossa filha
RomantizmAdotar uma criança talvez seja considerado um dos maiores atos de amor à vida! Marinette sabia que a felicidade dela estava só começando, assim como todos os seus problemas...