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𝗣𝗢𝗩. 𝗦𝗛𝗜𝗩𝗔𝗡𝗜

Era o dia seguinte. Acordei, e já estava a ponto de me levantar da cama, quando vi que uma das pernas de Sabina estava em cima de mim, e que ela estava abraçando meu corpo. Essa garota é apenas uma neném que precisa de cuidado e amor.

Sorri que nem uma boba ao vê-la assim, e fiz cafuné no seu cabelinho. A mexicana foi abrindo seus olhinhos devagar, logo tendo a visão de sua melhor amiga, no caso, eu.

── Bom dia. ── essa voz de sono dela ainda vai me matar um dia.

── Bom dia. Dormiu bem?

── Nem um pouco, Shiv.. ── se sentou, e eu me sentei também.

── Me conta o que foi.

── Fiquei pensando naquilo a noite toda. Chorei, e.. eu não sei.. aquilo mexeu muito comigo. ── confessou, triste. ── É uma sensação terrível que eu vou lembrar pra toda a minha vida de quando ele.. ele.. enfim, vc sabe.

── Por que não faltamos a aula hoje, pequena?

── Pequena?

── No momento eu tenho que cuidar de vc e estar do seu lado como nunca estive antes. Tenho que segurar sua mão e te tratar como a coisinha mais sensível desse mundo. Então.. pensei em te chamar de pequena as vezes. ── sorriu, e eu sorri tbm. ── Minha neném.

Ela fez uma cara fofa e veio até mim, para me abraçar. O abraço dela é realmente muito bom.

── Eu te amo, Shiv. ── apertou mais o abraço.

── Eu te amo mais.

[...]

Sabina disse que não queria faltar a aula hoje, o que queria mesmo era se vingar do Pepe. Nós havíamos chegado na escola, e por sorte, eu já o avistei. Não estava sozinho, estava acompanhado de uma garota. Olhei pra minha melhor amiga e a mesma estava de cabeça baixa.

── Ei, não fica triste, tá?

Olhei novamente pro idiota do ex de Sabina, mas dessa vez ele estava sozinho. Então puxei minha amiga pelo braço.

── Olá. ── comecei, o encarando.

── Ah.. Sabina! ── sorriu. ── Como vc está, meu amor? ── a mexinacana a olhou brava. ── Gostou de ontem?

Sabina ficou paralisada no momento. A sua expressão estava assustada, e eu apenas segureu sua mão e dei um leve sorriso pra ela, um sorriso carinhoso. A mesma sorriu de volta e respirou fundo.

── Posso?

Ela assentiu e eu chutei as partes baixas daquele idiota. Ele logo reclamou de dor enquanto Sabina tentava conter o riso.

── O que vc pensa que tá fazendo, sua puta?!

── Não chama ela assim, imbecil! A Shivani é incrível! Não mexe com ela!

Sorri de uma forma que nunca sorri antes para a mexinacana. Não sei porque, mas aquelas palavras foram fofas.

── Obrigada. ── falei baixo.

Parece que ela escutou e sorriu de ladinho.

── Agora, idiota, isso é por vc ser um imbecil! ── dei um tapa na cara dele. ── Isso, é pra vc nunca mais mexer com a Sabina. ── dei mais um tapa. ── E isso é por vc ter se aproveitado de uma pessoa incrível e que merece o mundo. ── chutei novamente as partes baixas dele.

── Au!

O mesmo gemeu de dor, e Sabina tentou segurar a risada outra vez.

Peguei no braço da minha amiga e a levei para o banheiro, onde podíamos rir e conversar mais em paz. Quando fechei a porta, a primeira coisa que fizemos, foi olhar uma pra outra e rir.

── Au! ── Sabina o imitou, enquanto eu ria.

── Depois dessa ele nem vai poder ter filhos, tadinho.. ── debochei.

── Pois é, mandou bem, viu.

── Tudo por vc.

Fizemos nosso toque que só nós duas sabemos, e voltamos a rir.

── Obrigada, tá? Sem vc eu não teria conseguido.

── Eu vi que vc meio que paralisou naquela hora.. mas tá tudo bem, é normal. Isso lhe aconteceu ontem, está lidando muito bem com isso, pequena. Muito mesmo.

── Só estou conseguindo porque vc está aqui, do meu lado. Se não fosse isso, eu não conseguiria.

Eu sorri e senti minhas bochechas corarem. Mas também senti seu corpo se juntar ao meu em um abraço apertado e bom.



Continua...

𝗺𝘆 𝗯𝗲𝘀𝘁 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱 Onde histórias criam vida. Descubra agora