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𝗣𝗢𝗩. 𝗦𝗛𝗜𝗩𝗔𝗡𝗜

E depois daquele mês, se passaram mais um, mais dois, mais três, mais quatro meses, e continuávamos juntas, inseparáveis. Ter Sabina como namorada era um sonho, mesmo com seus defeitos, eu a amava, amava tudo nela, até quando ela ficava brava comigo. Achava fofo.

Abri meus olhos, acordando. Dei de cara com ela, e fiquei, por alguns segundos, admirando a sua beleza. Nunca que eu vou me acostumar com isso.

É perfeito despertar ao lado de Sabina depois de uma noite ótima como a que tivemos ontem, se é que vc me entende.

Me levantei e fui pro banheiro fazer minhas higienes pessoais. Estava escovando os dentes, quando senti as mãos de Saby na minha cintura. Me virei, e ela riu fraco ao me ver assim.

── Bom dia para vc, amor.

── Bom dia.

Respondi já guardando minha escova de dentes. Logo Sabina veio e tacou um beijo em mim.

── Vai escovar os dentes. ── mandei, rindo.

── Não me dê ordens.

── Pensei que gostava de receber ordens, Maria Sabina. ── falei sorrindo maroto, com os braços cruzados.

Ela ficou super vermelha e sem jeito. Eu apenas ri, e saí do banheiro, indo à cozinha comer algo, quando vi minha mãe lá, ela parecia.. pensativa.

── Bom dia, mãe.

── Bom dia, filha. Posso conversar com vc?

── Sobre.. ? ── esperei ela começar a falar, abrindo a geladeira, em busca de algo para comer.

── É um assunto meio.. delicado. Não sei como contar isso a vc.

── Alguém morreu?! ── perguntei assustada.

── Não, ninguém morreu, mas com toda certeza vc também não vai gostar dessa notícia.

── Nossa. ── fiquei meio tensa e me sentei ao lado dela. ── Fala.

── Bom, seu pai conseguiu um emprego muito melhor, só que é em outra cidade, e fica um pouco longe daqui.

── Não vamos nos mudar não, né? ── ela me olhou, e eu já entendi sua resposta. ── Mãe, mas eu não posso sair daqui! Aqui eu tenho meus amigos, minha namorada, e eu gosto de onde moro!

── Eu sei, filha. Eu te entendo. Mas nós precisamos ir.

── Do nada isso? Tem certeza? Não podemos ficar? ── negou, triste.

Aquilo estava mais para um pesadelo, não podia ficar pior. Me levantei da cadeira com raiva e fui pro meu quarto, fechei a porta com raiva.

── Saby! Eu preciso conversar com vc! ── falei entrando no meu quarto, e a vi com uma cara triste, sentada em minha cama.

── Vc não vai se mudar não, né? ── ai merda, ela deve ter escutado tudo, ou boa parte da conversa.

── Eu.. não quero. ── a mexicana abaixou a cabeça. ── E eu não vou!

── Sua mãe disse que vcs tem que ir, Shivani.

── Mas eu não vou te deixar aqui. Tá bom? Confia em mim, Sabyzinha.

Ela não deu resposta, só me abraçou, e eu a acolhi nos meus braços. Eu estava com medo de ter que ir e me separar dela.




Continua...

𝗺𝘆 𝗯𝗲𝘀𝘁 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱 Onde histórias criam vida. Descubra agora