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Eu fiquei com minha namorada, do ladinho dela o tempo todo e acalmá-la. Estávamos deitadas, era de noite, um silêncio total. Eu fazia cafuné em seu cabelinho.

Senti um pouco de fome, então decidi ir a cozinha. Quando fui me levantar, percebi que o corpo de Shivani estava praticamente todo em cima do meu. Então com todo cuidado do mundo, tirei suas pernas de cima de mim, e seus braços que estavam me abraçando. A indiana se mexeu um pouco, mas não chegou a acordar.

Fui para a cozinha, a peguei algumas bolachas. Sentei em uma cadeira, e enquanto comia, ficava apenas pensando em como minha mãe foi escrota a esse ponto. Se bem que eu já esperava.

── Sabina. ── escutei a voz da mãe de Shiv a acabei me assustando. ── Desculpa, não queria te assustar.

── Não, tudo bem. ── sorri fraco.

── Entao? Pode me contar o que aconteceu? Vi que Shivani estava chorando hoje. É algo grave?

Eu não sabia se falava a verdade.

── É que.. eu não sei como te falar isso. Não sei como iria reagir.

Ela assentiu.

── Vc gosta dela, não é? E estão namorando? ── me engasguei.

── C-como vc.. s-sabe? ── gaguejei e fiquei vermelha.

── Sabina, eu sei de tudo. Da pra perceber a forma que minha filha te olha, e como vc também olha pra ela.

── Então.. não está brava?

── Por que estaria? Vc é a pessoa que faz mais bem a minha filha. Só vc consegue deixá-la feliz, e acalmá-la. Não tem motivos para eu ter raiva porque gosta dela.

Estava tão aliviada e feliz de escutar aquilo

── Obrigada, senhora Paliwal.

── Mas como ela está? E por que ela estava chorando?

── A minha mãe não aprovou o namoro, e disse um monte de coisas a nós. Como vc sabe, Shiv é sensível, mas o que aquela mulher disse realmente foi terrível!

── Mas saibam que vcs tem meu apoio. ── sorriu e pegou em minha mão. Sorri de volta.

── E respondendo a sua outra pergunta, sim, ela está bem. Está dormindo.

── Cuida dela, Saby. Por favor.

── Pode deixar. Eu tô aqui pra isso.

Nós sorrimos.

A mais velha se levantou. Acho que foi para seu quarto dormir, aliás já está bem tarde. Voltei para o quarto, e já estava indo direto para o banheiro, mas vi que minha garotinha estava acordada.

── Ahh, baby. Tá acordada por quê? ── perguntei me aproximando dela.

── Nada, só acordei mesmo. ── disse com cara de sono.

Ela olhou para meus lábios e me deu um selinho demorado.

── Tu tava comendo a essa hora, Hidalgo? São 3 da madrugada! ── falou rindo. Certamente soube porque eu ainda não havia escovado meus dentes.

── Ué, me deu fome. Eu não consigo dormir com fome.

── Nem eu, mas.. enfim. ── deu de ombros.

── Vc é tão linda.

── Do nada?

── Esse seu cabelo todo bagunçado, esses seus lábios, sua carinha de sono.. ── a admirei. ── Eu tenho a namorada perfeita.

── Para que eu fico envergonhada, Sabina! ── vi que suas bochechas já estavam coradas.

Ela cora facilmente, e eu amo vê-la assim.

── Tenho que ir no banheiro, não dorme, hein. ── avisou já se levantando, porque sabe que durmo bem rápido.

Me deitei, e esperei minha namorada voltar para cama. Depois de uns segundos, senti seu corpo se aproximar do meu, então virei meu rosto e lhe dei um beijo.

── Falei com sua mãe. Ela aceitou nós duas. ── soltei as palavras de repente.

── Sério?! Que.. que bom!

── Sim!

Deixei um selinho nela, e depois ela me abraçou.

── Obrigado, Saby. Eu te amo.

── Eu também. ── deixei um beijo em sua bochecha.




Continua...

𝗺𝘆 𝗯𝗲𝘀𝘁 𝗳𝗿𝗶𝗲𝗻𝗱 Onde histórias criam vida. Descubra agora