costas rasgadas,
veias abertas,
prole condenada,
suspirou em silêncio:
"mais nada importa"
séculos de dor
anos e anos de luta(des)umanizados e escravizados
agora andam "livres"
com medo da polícia
demonizados, violentados.
tem de ouvir coisas como:
"cota é o fim do mundo"e os brancos
por sua vez
tão frágeis
não aguentariam um dia de favela
nem meia hora de senzala
quiçá um grito de fazendeiro
sequer um momento
em um camburão
ou um navio negreiroah, eles aguentariam.
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Ninguém foi exilado no final deste livro
PoetryPoemas feitos para se combater fãs da ditadura, poemas pela ciência, poemas pela história factual, poemas para não repetir o passado, poemas... antigo nome: o comunista não é torturado neste livro