Um povo, um poema.

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Chamam de povo
Chamo de poema
Declamo todo verso
Esse é o problema
Pois para todo povo
Há um poema
Malditas sejam as heranças
Desse tal sistema

A letra trás sentido
Desde a invenção da escrita
A letra não tem mentido
Ela vem aqui e milita
A letra se espalha
Ela vem e vai, se imita.
Mas o poder da letra
É o que não se limita

A língua falada
Ela grita e ecoa
A língua beijada
É doce e não perdoa
A língua sentida
Ela vai e voa
A língua cortada
Se cala e não soa

Ninguém foi exilado no final deste livroOnde histórias criam vida. Descubra agora