Um crânio na mão
me faz questionar
se sim ou se não,
uma faca no crânio
me faz temer
os homens de preto
que matam pretos.
Um crânio pintado
me faz refletir
sobre nossa efemeridade,
e é desesperador.
Um crânio num túmulo
me traz os pensamentos
mais imundos,
e o meu próprio crânio
faz esse poema
sobre crânios.
Um monte crânios,
que me lebram Auschwitz,
o que me faz desistir
de escrever
qualquer coisa.
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Ninguém foi exilado no final deste livro
PoetryPoemas feitos para se combater fãs da ditadura, poemas pela ciência, poemas pela história factual, poemas para não repetir o passado, poemas... antigo nome: o comunista não é torturado neste livro