Se fosse para dizer ao som de que esse livro foi construído, eu diria que foi feito com Caetano e Gil em seus álbuns de exílio, Chico Buarque e sua Construção, Baiana System e sua guitarra diferenciada, Chico Science e sua organização musicalmente política, Molchat Doma e seu post-punk bielorrusso antiautoritário, MGMT e sua pequena idade das trevas, Francisco el Hombre e sua estética maravilhosa, como também litros e litros de outros da MPB e internacionais. Nos dias mais tímidos e melancólicos, só Angela Ro Ro e Belchior me salvaram. Cazuza me deu uma dose de adrenalina com a força de sua interpretação em Só as Mães São Felizes. Vinicius de Moraes me deu um sambinha gostoso. Zé Ramalho, eu ainda preciso ir até a Pedra do Ingá. Minha mãe chegou até mesmo a dizer "Oh meu filho, você adora ouvir gente morta" de tanta velharia que escutei. Finalmente, esse livro foi o resultado de uma larga pesquisa cultural e histórica sobre a ditadura, para combater as mentiras que são contadas sobre quem são e o que fazem esses "esquerdistas". No final, sou apenas um militante pela ciência, pela construção do conhecimento humano e pela busca de uma realidade menos insuportável.
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Ninguém foi exilado no final deste livro
PoetryPoemas feitos para se combater fãs da ditadura, poemas pela ciência, poemas pela história factual, poemas para não repetir o passado, poemas... antigo nome: o comunista não é torturado neste livro