▪︎quaranta

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Sentado no sofá com um copo de whisky na mão recaptulo tudo que aconteceu ontem tentando de me adaptar a ideia de que minha vida se transformou de uma hora para outra

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Sentado no sofá com um copo de whisky na mão recaptulo tudo que aconteceu ontem tentando de me adaptar a ideia de que minha vida se transformou de uma hora para outra.

A ideia de ir trabalhar não me pareceu atrativa essa manhã, não tenho sanidade alguma para lidar com todas as burocracias e responsabilidades que a Costatine me traz, ser o dono daquele lugar me dá a vantagem de sofrer em paz e só voltar a trabalhar quando me sentir inteiramente pronto.

Lapsos do dia anterior invadem a minha mente fazendo com que a tensão já presente no meu corpo se alastre ainda mais, junto de todas essas lembranças a preocupação com Lorena lateja ainda mais levando em consideração em que a menina não atende minhas ligações desde ontem, não sei o que pode ter acontecido com ela e só de pensar nas inúmeras possibilidades ruins meu coração se aperta.

Pego meu celular mais uma vez e disco seu número, logo vem o primeiro toque, o segundo, terceiro e quando já estava quase desistindo outra vez sou surpreendido com sua voz.

Alô.

Ragazza, graças a Deus – falo aliviado — Estou tentando falar com você desde ontem.

Meus pais receberam fotos nossas juntos na boate – sua voz chorosa faz com que tudo seja infinitamente pior para mim — E-eu não estou bem.

Eu sei, precisamos falar sobre isso – digo aflito.

Meu rosto está marcado, eu nunca tinha apanhado antes Luigi – nesse momento a capixaba desaba e soluços começam a aparecer entre suas palavras — Foi horrível, eu não sei o que fazer.

Te bateram? Vou te buscar agora!

— Não precisa fazer isso.

— Eu saí de casa.

— O que?

— Michela também recebeu essas fotos – a informo calmamente — Foi Sabrina.

Meu Deus.

— Deixa eu a buscar, ou te passo o endereço do meu novo apartamento e você vem me ver.

— Não, não posso. Não posso Luigi.

— Não desiste de tudo agora por favor – imploro.

Você não entende, você nunca entenderia.

— Precisamos conversar, por favor, vem – insisto.

A ouço suspirar fundo do outro lado da linha e um silêncio desconfortável se instala na ligação.

Eu posso ir te ver a noite.

Sua voz é diferente, a Lorena chorosa e indefesa de segundos atrás parece desaparecer. A segurança presente em seu tom me deixa mais tranquilo e uma pequena fresta de felicidade aparece em meio toda a imensa escuridão que se apossou de mim.

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