▪︎ ventisette

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Afundo meu corpo na água cobrindo-o por inteiro, após poucos segundos retorno a superfície e olho para o homem que continua sentado na beira da cachoeira observando-me

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Afundo meu corpo na água cobrindo-o por inteiro, após poucos segundos retorno a superfície e olho para o homem que continua sentado na beira da cachoeira observando-me.

Luigi propôs me trazer em sua fazenda mais uma vez e eu adorei a idéia de imediato. O lugar é incrivelmente lindo e só de pensar em passar um dia inteiro sozinha com ele nesse paraíso me sinto ainda mais feliz.

— Vem! – o chamo mais uma vez.

— Não vou mesmo.

— Por favor – insisto — A água está tão gostosa.

— Não gosto de me banhar em cachoeiras, rios e mares – justifica com um sorriso no rosto — E pra mim está perfeito ficar aqui observando você nua com o corpo molhado.

— Mas não é uma cachoeira qualquer agora.. Eu estou aqui, pedindo para que entre também. Vai me negar isso?

O homem revira os olhos enquanto sorri divertidamente.

— Não vai desistir, não é?

Nego com a cabeça e ela solta um longo suspiro. Então Luigi começa a se despedir gradativamente, primeiro sua camisa polo, depois a bermuda que veste e por fim sua cueca, o italiano caminha até a água e quando toca a mesma com o pé recua por alguns segundos tirando de mim uma gargalhada, mas ele insiste e de pouco a pouco vai submergindo seu corpo na cachoeira.

— Eu não acredito que me fez fazer isso – diz se aproximando.

— Logo seu corpo se acostuma com a temperatura – afirmo — Se molhar a cabeça fica mais fácil – falo batendo com a mão na água fazendo com que gotas caiam sobre ele.

— Lorena! – exclama com a voz firme seguida de risos.

— Parei – digo cessando meus movimentos — Vamos mergulhar? – ele respira fundo mais uma vez — Por favor – peço com a voz manhosa.

Ele estende seus braços em minha direção e eu encaixo minhas mãos nas suas, conto até três e juntos afundamos nossos corpos na cachoeira, fixo minha atenção nos olhos azuis esverdeados do europeu que ficam ainda mais cristalinos em baixo d'água, sua pele alva e os fios castanhos claros de seus cabelos me deixam enfeitiçada e ficamos imersos por alguns segundos até que o homem ergue seu corpo voltando a superfície e eu o sigo.

Passo meus braços por detrás de sua nuca aproximando nossos corpos, a mão de Luigi repousa em meu quadril enquanto nossos olhares estão vidrados um no outro.

— Senti tanto sua falta – exclama ele com a voz terna.

— Eu também.

— Não consigo mais ficar longe de você – confessa.

— Uma hora isso vai acabar e nós iremos sofrer muito. Mas decidi que estou disposta a lidar com as consequências quando essa hora chegar.

— Não vai chegar.

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