KAYLLA
Sinto a brisa fresca e olho para Ana Lua, que está ao meu lado.
- Eu amo muito você, mas não quero ser companheira do seu irmão. Digo a ela.
- Você sabe que não há nada que você possa fazer quanto a isso, não sabe? Ela pergunta.
- O seu irmão ama aquele monstro que quer ver a própria filha morta. Digo a ela com desprezo na voz.
- Com o tempo ele vai esquecer ela. Ela fala.
- Ela é linda e perfeita Ana Lua, eu não sou como ela. Digo com sinceridade.
- Ainda bem que não é Kay, você não vai se menosprezar assim, não por Katarina, ela é muito bonita sim, mas é fria e sem coração e não é quente para Aleck como você é. Ela diz.
- Por que ele não desiste de mim, nós estamos a dois meses sem nos ver e nada de ruim aconteceu. Digo a ela sentindo esperança.
- Porque a lobinha loira não mora com a fera, ele está subindo pelas paredes, na lua cheia meus irmãos precisaram trancar ele no quarto, ele uivou a noite inteira. Ela fala rindo.
- Eu escutei. Digo a ela também rindo.
- Quer saber de uma coisa, porque não vamos correr um pouco mais tarde? Ela pergunta.
- Não tenho bom equilíbrio andando, imagina correndo. Falo e dou risada.
- Vamos correr transformadas nos campos de Arlavock. Ela diz.
- Não sei Ana Lua, eu só me transformei uma vez com a minha mãe. Digo a ela.
- Ah, vamos Kay, por favor. Ela pede.
Olho para ela e vejo aquele olhar do gato de botas.
- Tudo bem, mas eu tenho uma condição. Digo a ela.
- Eu aceito! Ela exclama animada.
- Você nem sabe o que é. Digo rindo.
- Vindo de você deve ser muito bom. Ela diz.
- Vamos levar Júlia, estou morrendo de saudade dela. Digo fazendo bico.
- Tudo bem. Ela fala.
- Ah, e outra. Digo a olhando.
- Diga. Ela diz em expectativa.
- Você não pode rir de mim. Digo a ela.
- Por quê eu faria isso? Ela pergunta.
- Bem, eu não sou uma loba muito convencional. Digo a ela.
- Agora fiquei curiosa. Ela diz.
- Vamos embora. Digo a ela e me levanto.
- Me fala! Ela grita para mim.
- Você vai ver hoje a tarde! Grito para ela.
Logo ela está andando ao meu lado.
- Eu tive uma ideia Kay. Ela fala.
- Então fala. Digo a ela.
- Vai ser surpresa. Ela diz.
- Tudo bem então. Digo a ela.
- Ah, eu já estava esquecendo, vamos sair no sábado a noite. Ela fala.
- Tudo bem, para onde vamos? Pergunto.
- Nós iremos a uma boate. Ela fala sorrindo.
- Eu nunca fui a uma boate. Digo a ela.
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MEU AMADO LOBO
Manusia SerigalaPor anos Aleck Arlavock achou que não seria capaz de amar outra mulher que não fosse aquela que havia laçado seu coração a anos atrás. Prometeu a sí mesmo não amar outra mulher que não fosse ela. Mas o que ele menos desejava aconteceu, ele encontr...