Inicio de uma paixão

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Saio às pressa daquele lugar, mas antes de passar pela porta pude ouvir Dona Antonella e Violet gritando meu nome, pedindo pra eu esperar, mas não liguei e continuei.
Ao chegar do lado de fora, corri mais rápido que pude até a entrada do condomínio, pois quero sair muito depressa deste lugar. Ao chegar a entrada, os seguranças me perguntaram se eu estava bem, se precisava de ajuda, falei que não que eu estava bem e que ia para o hospital de lá  mesmo, que apenas tinha caído e eles dão passagem.

Não deixarei aquele energúmeno filhinho de papai me humilhe, não deixarei já mais ninguém humilhar minha amável mãe.

Avisto um ponto de ônibus mais a frente e me encaminho para o PS mais próximo para dar um jeito na minha mão cortada. Demorou uns minutinhos, mas logo chego e entro.

Até que não demorou muito já que aqui estou eu, encostado em um banco de ônibus, quase sem nenhum passageiro.

Bom pelo menos as única coisa boa desse jantar foi que eu tive um almoço excelente que a dias não tenho tido. Espero ficar sem fome até amanhã, pois não quero gastar o resto de comida que ainda tem em casa, pois tenho que ter força para ir trabalhar no dia seguinte.

Logo chego em casa e vou direto ver meus doguinhos, que devo confessar que estão bem grandes e fofos, eles estavam brincando com uma bolinha que comprei para eles e logo me junto com eles na brincadeira. Fico quase uma ou duas horas brincando com eles e logo vou tomar meu banho e ao terminar vou até o armário, onde eu guardo a ração deles, pego e coloco ela no pote e chamo eles.

Queria poder comprar uma ração melhor e comprar mais coisas para os meus filhotinhos, como perfumes, shampoo melhores, roupinhas, gravatas, se bem que acho que gravatas não ficariam neles por muito tempo.  Bom logo vou para sala ver o que passa de bom na televisão, como não tenho muitas opções de canais bora ver o que se passa nos três que tenho acesso, eles só passam coisas chatas, raramente passa uma coisa que preste. Vou mudando de canal e vejo que está passando um filme até que legalzinho, melhor do que assistir esses programas chato,  mas faz o que, lá fico assistindo filme por um bom tempo e logo resolvi dar uma volta com meus filhotinho. Desligo a TV  e vou até meu quarto onde eu coloquei as duas coleiras que tinha comprado, ainda bem que tava em promoção, por que senão nem teria como eu comprar, logo volto para sala e chama meus filhotinho e eles vem correndo em minha direção e assim que chegam do um beijo neles que começam a me lamber e prendo a coleira neles de modo que não os machuquem, e lá vamos nós.

Fecho a porta de casa e saímos em direção à rua. Eles adoram quando eu passei com eles, principalmente quando vamos ao parque, onde eles ficam brincando na grama. Enquanto íamos passeando vejo muitas famílias indo e voltando, pais com crianças no colo, me perguntando se um dia eu serei pai, o que é um dos meus maiores sonhos que eu tenho, se um dia terei uma família além da minha mãe que espero que se cure logo e volte para casa, estou sentindo muita saudades e espero que eu consiga realizar esse sonho de ter uma família, e dá netos para minha mãe, quero ter pelo menos dois meninos, acho as meninas meio sem graças, mas caso o destino quiser quem sou eu para reclamar não é mesmo?

O resto do dia foi chato como sempre, tirando o passeio com meus dogs. Eu não sei explicar, mas esses últimos meses meus dias estão ficando mais triste, mais depressivo, se não fosse os meus dogs eu realmente estaria muito triste e quem sabe com uma depressão profunda, sinto que de alguma forma Deus ou o destino colocou o meus filhotinhos na minha vida para me impedir de morrer na solidão e agradeço muito isso, agradeço todos os dias por ter os achado.

Ao chegar a noite não conseguir segurar a fome e tive que comer alguma coisa e logo após vou dormir, pois amanhã tenho que acordar cedo e vamos de lutar mais um pouco e só de imaginar que após sair do primeiro trabalho, já tenho que ir correndo pra casa para poder ir para o outro tá me destruindo mentalmente e fisicamente, realmente não sei mais o que faço, mas como já disse e repito, faria de tudo pela minha mãe, nem que eu tenho que dar minha própria vida nem que eu tinha que ficar acordado 24 horas por dia, mas eu vou pagar esse tratamento. Nem que eu tenha que vender meu corpo.

Logo visto meu pijama e vou dormir, mas antes tomo um remédio para me ajudar na dor de cabeça por conta do ocorrido de manhã, que não sai da minha cabeça, logo durmo.

E aqui estou eu, na frente do espelho quer dizer, meu pequeno espelho em meu quarto, me olhando e vamos mais um dia para o trabalho. Hoje acordei um pouco mais tarde do que costumo acordar, mas isso não vai me atrapalhar e não cheguarei atrasado.

Agora me encontro indo a caminho do meu trabalho e ao chegar na empresa logo vou para o meu lugar. Hoje nem tomei café, também não tinha nada pra comer, mas isso não é novidade pra mim, só espero aguentar até a hora do almoço. Hoje estou muito sensível sentimentalmente, chorei silenciosamente o trajeto todo até a empresa, cansado de tudo, só querendo ter um minuto de paz e despreocupação na minha vida.

Como sempre chego primeiro, vou revisando a agenda do dia e revendo alguns documentos.

Depois de alguns minutos ouço o elevador apitar, avisando que alguém chegou no andor e como sempre é o senhor Valenttini, lindo como sempre, mas esse homem não é para mim. Nesses últimos dias ele não sai da minha cabeça, aquela corpo maravilhoso, aquele olhar hipnotizante....  Será que estou me apaixonando por ele? Aí Meus Deus. Melhor parar com esses pensamentos.

Logo ele passa por mim, me dando bom dia, o que achei um pouco estranho, mas logo o retribuo seu bom dia e o sigo um pouco atrás dele, ele entra e se senta e sua cadeira e eu logo ligo o tablet e passo sua agenda do dia.

- Bom Senhor Valenttini, hoje o senhor terá duas reuniões, uma às 14 horas e outra às 16 horas.

-Ah, tudo bem.

-Caso preciso de algo estarei na minha mesa. - Falo.

Logo me viro para sair, mas antes de atravessar a porta ouço ele me chamar.

- Edmundo? Espere por favor. - Fala e me viro.

- Gostaria de pedir desculpa pelo ocorrido ontem na casa da minha mamma.

Fiquei o olhando por um momento tentando observar se ele estava falando a verdade ou não, ainda estou na dúvida, não confio muito nas pessoas, mas ele não parecia que estava fingindo.

- Hum, tudo bem senhorValenttini, a culpa não foi sua e sim do seu irmão. Espero nunca mais vê-lo na minha frente. - falei e voltei ao meu afazeres.

As horas vão passando e com elas a sensação de não me sentir muito bem. Estou vendo as coisas meio turva parecia que minha pressão baixou e meus batimentos estão acelerados, mas não deve ser nada de mais, apenas fome mesmo.  Digamos que meu café da manhã foi minhas lágrimas e soluços, ao ver que na  geladeira e os armários só tinha água, farinha e potes vazios.

Realmente agora minha vida está uma desgraça, nunca em minha vida imaginaria estar nessa maldita situação, sem nada para comer e em breve quem sabe sem ter onde morar, mas vamos viver um dia de cada vez e vermos o que o futuro nos trará, caso eu sobreviva.

Quando da mais ou menos umas 9:40 avisto Dona Valentina e Violet saindo do elevador e logo vem até mim.

- Olá querido como está? Você ta pálido, está se sentindo bem? - Perguntou Dona Valentina.

- Eu estou bem sim senhorita, não precisam se preuculpar e vocês como estão?

- Estamos bem obrigado.

- Estamos aqui para nos desculpar pelo ocorrido, pelo que meu filho acabou falando sobre você e sua mãe, sentimos muito mesmo e pedimos desculpa. - Falou um pouco triste.

- Tudo bem não se preocupem, a culpa não foi de vocês.

- Você realmente está bem? Está doente? - Pergunta Violet.

- An... Creio que gostariam de falar com o senhor Valenttini.

- Venham irei acompanhá-las.

Logo levanto de onde estava sentado e sinto minha pressão baixar e tudo começar a girar, ando alguns passos, mas logo entro em uma escuridão profunda, porém antes de cair sinto uma pancada forte na cabeça.

Amor sem igual ( Em Andamento )Onde histórias criam vida. Descubra agora