Dia 15

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◊ MIL PERDÕES! eu peço a vocês! é que eu posso, por um acaso, ter esquecido antes de postar aqui no Wattpad. Depois fiquei procrastinando para atualizar e agora tomei vergonha na cara para atualizar. Vocês estão uns três capítulos atrasados, mas okay. Vou atualizar todos!

◊ Ah sim, estamos no arco final da estória, ainda não vou avisar quando acabará, mas assim que souber eu aviso-os claro. Enfim, vamos ao capitulo né.


◖Loiro colocou verdinho de volta no chat◗

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Bem, eu voltei, na verdade não tenho certeza disso, eu achava que tinha voltado ao acampamento, ao lado do Kacchan e os outros, mas as vezes parecia que não, é algo estranho tentar explicar. As vezes abria os olhos e achava ter visto Kacchan mas depois tudo ficava escuro e eu não tinha mais tanta certeza, as vezes estava numa tenda deitado na cama e as vezes não, é doloroso falar sobre o que via ou não, o que sentia ou lembrava, mas vou tentar.

Passei a ter certeza quando abria os olhos e a luz natural da tenda acabava os fazendo arder, ou quando ouvia ao fundo vozes; Kacchan, Mina, Denki, Shouto, Nemuri e os outros falando comigo ou conversando entre si preocupados, mas tudo passou a ser mais real quando sentia algo perto de mim, ou melhor, Kacchan deitado ao meu lado, cuidando de mim e aquilo me enchia de algo que não sentia parecia ser muito tempo.

Passei dias, pelo que ouvia-os falar quando estava com um pouco de consciência, me recordo de quando consegui demonstrar a eles que estava acordado.

Podia não sentir o resto do meu corpo, mas consegui sentir o alívio de ver que estava verdadeiramente numa tenda, com ar livre para sentir de novo, nem me importei em entender porque estávamos naquele lugar que claramente não era nosso acampamento ou a barraca que vivia.

O lugar era mediano, havia a cama que estava deitado feita de madeira e diversos panos, só ela ocupava grande parte do lugar, ao meu lado num tapete de panos para cobrir a grama, fitas e potes com coisas liquidas e pastosas que não sei descrever até hoje o que eram, no outro canto poucas peças de roupas dobradas e no espaço perto da porta a espada de Katsuki guardada na bainha.

Tentei me sentar, mas não consegui, meu corpo resolveu que continuaria deitado pensei em tentar chamar alguém, porém não precisei já que Kacchan apareceu entrando na tenda, não pereceu ter notado que estava acordado então tentei o chamar, mas minha garganta se incomodou com isso.

- Deku?!

Katsuki, toda vez que entrava na tenda com a comida para os dois chamava-o, mesmo não esperando por uma resposta.

Acho que minha resposta foi "hmm"

Ele me ouviu, apareceu rapidamente abaixado na minha frente com duas tigelas de comida logo as deixando ao lado das plantas.
Minha garganta se fechou novamente pôr o ver ali, o aperto não era bom, ele não parecia bem, olhos vermelhos que tinham um brilho encantador estavam apagados e com olheiras, até seu cabelo loiro parecia desbotado pelo cansaço, me senti culpado por o deixar daquela maneira.

Ele me ajudou a me sentar na cama de panos, apoiado reto, ficou me encarando por um tempo sem dizer nada, quando me sentei percebi seu estômago recém enfaixado e meu colar em seu pescoço junto do trevo que o dei, eu mal conseguia o encarar de volta e o silencio estava me matando ainda mais por dentro.

"Porque ele nunca fala nada?!" me questionei antes de receber um abraço e sentir meu coração voltar a bater, um sorriso instantâneo querendo aparecer em tanto tempo.

Katsuki me abraçou com cuidado, mas ainda segurando firme, como se temesse me apertar demais e me machucar, tentei retribuir a abraçando com a maior força que consegui. Logo me surpreendeu, senti seu corpo tremer, ouvi barulhos abafados e algo molhado em minhas costas

Aquilo foi como outro soco no estômago.

Kacchan estava chorando, chorando por minha causa. O apertei com mais força, afagando seus cabelos loiros para o reconfortar enquanto ele me apertava mais forte contra si. Meu coração batendo dolorido cada vez mais fazia meu peito doer a cada batida. Demorou um pouco, ninguém entrou na tenda, quando o percebi estar melhor o segurei pelos ombros me separando de seu abraço, seus olhos estavam mais vermelhos e inchados, o que só deixou mais evidente como estava cansado.
Mesmo assim, sorri o máximo que pude para o tranquilizar, o que não sei se ajudou.

- Deku... maluco idiota - Foi a primeira coisa que disse para mim, o que achei graça, normalmente se começa com "tudo bem?" mas idiota é uma opção, talvez eu seja louco mesmo.

Pela primeira vez quis rir.

- Como... como você está? - Sua voz saiu mais rouca que o normal e ele parecia desconfortável.

Tive que parar um pouco para pensar e tentar responder - B...em

E aquilo não parecia nada bem, minha voz saiu rouca, minha garganta arranhou e senti um gosto amargo.

- Tudo bem, melhor não responder, Nemuri avisou que poderia ainda não falar bem...

Acenei a cabeça uma vez em concordância.

- Você acordou faz muito tempo?

Acenei duas vezes, discordando.

Também queria perguntar como ele estava, ou os outros, ou que tenda era aquela, mas pelo visto não conseguiria ainda.

Kacchan respirou fundo, bufando cansado, em seguida tirando o meu colar de seu pescoço, depois do bolso de trás de sua calça, uma folha, a carta.

Meu coração começou a bater rápido, me lembrando dos bilhetes do colar em suas mãos, apertei a coberta que me cobria para fazer minhas mãos não tremerem, fechei os olhos, não queria mais chorar, não quando acabei de o ver, não mais por isso.

- Não deveria deixar um trevo jogado por aí, dá azar - Disse me entregando o colar. - Deku olha pra mim.

Em relutância o encarei, o mesmo colocou o colar em mim com cuidado, o trevo havia voltado para mim.
Ele parecia querer passar calma, mas comigo não adiantava, podia ver em seus olhos uma raiva interna

- Já deve perceber que lemos a carta, né?

Acenei, uma vez, o observando tentar manter a calma.

- Era por isso que andava estranho nos últimos dias?

Mais uma vez, concordei. Iria tentar falar algo, apesar de sentir que não precisava me desculpar nem nada por não ter os falado da carta e terem descoberto da pior maneira.

Ele me cortou - Se vai se desculpar, nem force a falar nada, ninguém se importaria se demorasse dez, vinte ou a droga de uma eternidade pra contar toda essa merda que aconteceu, eu não me importei e não pode se culpar mais por isso.

Ver o esverdeado consciente após tantos dias somente dormindo deveria o deixar mais calmo, mas não era bem isso que sentia, o ver calado daquela maneira, não por opção própria, o que era pior, o fazia novamente ferver de raiva, e querer fazer qualquer um daqueles guardas estar numa posição pior que os havia deixado.

Calado peguei a carta e a deixei ao meu lado, ela não estava mais branca e bem cuidada como Grã Torino havia cuidado em tanto tempo, tinha resquícios de terra, um pouco gasta como se quisesse rasgar em algumas pontas e dobrada em quatro partes. Voltando a o encarar.

- Eu vou matar aquele rei filho da puta e aqueles canalhas que os seguem, quem entrar no caminho também. - Soltou irritado deixando vazar um pouco sua raiva. - Aqueles desgraçados que te deixaram assim, toda essa merda, vão pagar.

Sorri novamente, o ver irritado daquela maneira era compreensível, tentei falar "nós vamos", mas se forçasse ele brigaria comigo, então acenei uma vez, sorrindo e lhe apertando a mão. Ele sorriu de volta.

Iria tentar mudar de assunto, olhei em volta e apontei a tudo ao nosso redor pela tenda.
Ele me encarou confuso.

- O acampamento novo?

Concordei.

- Vai comer primeiro e eu conto. - Disse pegando as duas tigelas que havia deixado de lado, voltando a sorrir de canto, divertido, pegou a colher e levou em minha direção logo entendi o que queria - Abre a boca.

Fiz um bico em protesto, não precisava daquilo.

- Eu é que vou te alimentar, tá reclamando do que? vai logo ou fica sem saber de nada mesmo, birrento.

Aceitei, mas tentei morder sua mão pelo "birrento"

- Cão!

Assim foi indo até terminar as duas tigelas, nas quais ele me deu metade dá dele também mesmo comigo em relutância em comer o que ele deveria estar comendo. Ele me contou o que houve, não sabia se era toda a verdade ou se escondeu algo para não me fazer tão mal, contou-me principalmente da ajuda de Toga, que me deixou animado e feliz por saber dela e de Momo Yaoyoruzo, entre outras partes, apenas não me disse do castelo...sobre quando fugia, mas não foi como se eu fosse questionar sobre. Em momento algum me perguntou sobre o lugar, o que no fundo foi um pequeno alívio para mim.

Demorou um tempo, já deveria fazer algumas horas que estava acordado o ouvindo e percebendo quão ruim em advinha ele era, quando Denki apareceu na tenda querendo saber como Kacchan estava e me viu.

Ele travou na entrada da tenda, nos encaramos em silêncio, Kacchan também nada disse, Denki depois de um tempo parado apenas correu até mim me abraçando fortemente, o que quase me fez cair de costas nos panos, mas me forcei um pouco para frente logo o sentindo também chorar em meu ombro pedindo muitas desculpas.

"Pelo visto vou passar muito por isso" Pensei o acalmando como fiz com Kacchan que apenas nos observava.

- Desculpa Zuku, desculpa..eu...eu - Seu coração se apertava aflito a cada fala, queria se desculpar desde que se separaram - Não deveria ter ido e te deixado...desculpa...

" Tecnicamente, o plano foi meu " Queria dizer para o acalmar.
"E toda vez vai doer pôr os ver assim" Pensei novamente, o separando de mim calmamente e sorrindo o mais tranquilo que conseguia.

- Ele quiz dizer que tá tudo bem. - Manifestou-se Kacchan o que assustou Denki.

Eu ri pelo susto, o que também fez minha garganta se arranhar. Denki sorriu levemente para mim enquanto secava seus olhos.

- Eu tenho que te contar as novidades - Disse a voz um pouco rouca pelo choro recente, mas divertida. - Aposto que Katsuki não contou nenhuma das fofocas interessantes.

- Eu só não fico correndo pra cuidar da vida alheia, bocó.

- Não é "cuidar da vida alheia" É passar informações adiante. - Defendeu-se, Kacchan apenas revirou os olhos em resposta - Bem...se você quiser que eu fale com os outros né... - Disse referente a mim.

Concordei o vendo sorrir um pouco mais, se levantando e correndo para sair da tenda.

Kacchan bufou se sentando próximo ao meu lado - Ótimo, agora aqui vai encher de toda aquela gente.

O bati de leve querendo o repreender, tentando falhar ao fazer uma cara irritada. " Emburrado e ranzinza, sempre"

- O que? não disse nada demais. - Rebateu ainda sorrindo

Ignorei-o ouvindo vários passos correndo para nossa tenda, logo todo pessoal estava na porta da tenda. Mina foi a primeira a aparecer, também correndo e se jogando em mim, o que novamente quase me derrubou, mas Kacchan segurou minhas costas para não cair.

- Desgruda! - Mandou nos separando.

- Desculpe Zuzu - Pediu, tentei de a mesma forma mostrar que tudo bem.

Ela comparada á Katsuki e Denki parecia menos ruim já que não havia olheiras, mas parecia igualmente abalada como eles. Rapidamente Denki e os outros chegaram na tenda, Eijiro, Shouto, Lida e Shinso. Sero havia ido com Aizawa e Nemuri ao reino.

Recebi vários abraços de Kirishima que apenas não correu por medo de me derrubar, Shinso veio calmamente, e apesar de quase não nos falarmos também estava feliz em me ver, Lida e Shouto foram os últimos, Shouto também me abraçou cuidadosamente Lida parecia falsamente calmo no fundo querendo surtar de preocupação.

Todos ficaram na barraca juntos, o que me deixou um pouco nervoso, mesmo agindo normalmente tentando conversar comigo ou adivinhar o que eu queria dizer, a grande maioria falhando, como se fosse mais um simples dia na fogueira, mas pensar que eles sabiam, principalmente Shouto e Lida sobre a verdade do palácio me deixava agitado. Kacchan percebeu e discretamente ficou segurando minha mão para me acalmar, não sei se funcionou muito, mas foi bom.

- Maninho, se a gente perguntar...assim, você responde? - Perguntou Kirishima cauteloso trocando olhares com Mina e Denki.

Estranhei a pergunta, mas aceitei, Kacchan pareceu entender já que fechou a cara.

- Quanto tempo você e Kacchan estão juntos? - Perguntou Denki sorrindo animadamente ao lado de Shinso.

Kacchan iria falar algo, mas Eijiro o interrompeu.

- Só um número! é o que precisamos!

Parei para pensar, lhes mostrando um dois

- Dois meses? - Questionou Mina

- Mas eles estariam juntos quase desde que chegaram. - Disse Eijiro, pensando - Então eu ganhei!

- Ah não mesmo! - Reclamou Mina.

Shinso, Lida e eu estávamos igualmente perdidos.

- Ei! pode ser semanas! - Interrompeu Denki - Então a vistoria é minha!

- São meses! eu aposto que foi quando foram caçar, então EU ganhei rapazes.

Os três começaram a discutir sobre quem havia ganhado algo ou não, olhei para Kacchan tentando entender e ele parecia bem irritado.

- Pela mor calem a boca! São três, três semanas, agora parem de encher o saco!

- Eu ganhei! Eu disse! aprendam comigo! - Comemorou Denki pulando e gritando

- Para quieto! - Reclamou Shinso que tentava se deitar apoiado nele.

- Estão me devendo a sobremesa de vocês, e eu vou dividir com o Izu também. - Comemorou se sentando ao lado de Shinso.

- Poxa, vocês podiam ter ficado antes né...- Reclamou Mina.

- Custava terem assumido isso! eu teria ganho! - Protestou Kirishima.

Ainda confuso, olhei para Kacchan, apontei para ele e para os três, os quatro ficaram pensando no que quis dizer.

- Ele não queria contar aos três - Contou Shouto - Acho que era isso que quer saber.

Concordei.

- Como tu entende tudo que ele mostra? - Perguntou Kacchan.

- Ele é bom em mimica, você não - zombou Shinso praticamente dormindo.
- Volta pra morte, zumbi!

- Nos já nos falávamos assim, no caste... - Sua voz foi morrendo no final da explicação.

Queria mostrar que tudo bem ele falar aquilo, era verdade, nós falávamos daquela maneira no castelo quando não podíamos nos comunicar com palavras. Pensar daquela maneira era um tanto estranho, aquela época ruim não parecia mais tão ruim assim. Tentei demonstrar fazendo sinais aleatórios, o que os confundiu e os vez ficar debatendo o que queria dizer. Reparei que Lida estava mais calado que o normal.

Com o passar das horas comecei a me sentir cansado, então Mina saiu para fazer algo para eu comer e os outros a seguiram, com ajuda de Kacchan me deitei novamente o que fez todo meu corpo parecer se esparramar pelos panos, Kacchan não saiu de perto de mim em momento algum ele também se deitou, passando o braço por baixo de mim, acabei dormindo. Consequentemente, tive um pesadelo.

Katsuki, estava deitado ao lado do menor, o vendo se aconchegar ao seu lado, o abraçando, mesmo que fizesse algumas horas apenas em que tivesse acordado e não tivesse o ouvido falar ainda, era um alivio, de certa maneira, mesmo que não fosse de dormir no meio da tarde acabou dormindo mesmo assim.


_ Estava no chão, o lugar era mal iluminado, mesmo com as tochas nas paredes parecia que a escuridão sobrepujava as luzes, igualmente com o frio que tinha, mesmo não conseguindo ver já sabia aonde estava, a masmorra do castelo.

Não controlava mais minha respiração, meu peito doía ao tentar sentir o ar.

Estava em pé, mesmo não aguentando mais, sentia a batida das cordas nas minhas costas e a cada batida meu copo estremecia, ardendo numa dor que o tomava todo, minha cabeça girava e girava a sala inteira e elas me atingiam de novo e de novo até não sentir mais nada. Eu só queria chorar e me deitar, mas não conseguia.

Me lembro de Dabi, um mercenário contratado pelo rei, ter me levado até lá, por incrível que pareça não sentia medo, apenas raiva.

Conseguia sentir apenas as amarras e as algemas geladas, meu estado era miserável, sem nada enquanto ele falava e ria de mim.

Esperava que os outros tivessem conseguido sair da floresta.

"Acha que vão vir?! aqueles vagabundos vão ser mortos pelo reino! assim como deve ser, como no passado"

Meu corpo todo tremia sem parar, não controlava isso também.

O homem que estava lá, Muscular como gostava de ser chamado, estava comigo o tempo todo, brincando o tempo todo.

"Vou me divertir bastante" disse após me ver pela primeira vez, seu sorriso era sempre o mesmo.

Fui tirado do chão com Muscular segurando meu cabelo com força, me erguendo, meus olhos arderam novamente, ele me obrigou ao olhar, vendo-o sorrir divertido.

"Tenho uma surpresa " anunciou " Uma amiguinha sua veio te ver"

- Vai se fuder, desgraçado - A pior situação, as piores palavras, no pior momento, mas o que tinha a perder? ele se irritava quando o respondia ou não falava nada.

Meus olhos já nem ardiam mais, mal os deixava abertos, o escuro era menos pior.

" Se acostume, vamos ficar juntos por muito, muito tempo"

" Logo voltara a ser útil, apenas aceite logo, faça seu trabalho miserável e sirva o rei, a culpa é sua, seu inútil"

Não sei quanto tempo estaria ali, no chão, eu desmaiava e acordava com ele ali sempre ao meu lado, sentindo apenas as batidas no meu peito tentando controlar e contar devagar enquanto as vezes conseguia respirar.

"Izu, Izuku" ouvi alguém me chamar, baixo e fraco, parecia longe, mas sentia que estava perto "Izu vamos sair daqui eles vão vir, aguenta mais um pouco"

Tentei responder, mas a voz fina gritou em reposta.

" A culpa é sua" rebati em minha cabeça. " Sua, minha"

" Não responda quando EU não quiser ouvir sua voz!" ouvi-o falar, outro grito de outra pessoa ecoou.
Foi como se tivesse me dado outro soco no estomago_


Acordei assustado, como se meu coração ou algo a mais quisesse sair de mim, mas não deixei, estava tremendo.
Senti algo me tocando, meu corpo gelou e em instinto me virei quase lhe dando um tapa.

- Oe! sou eu! Deku, respira devagar, foi um pesadelo - Disse Kacchan segurando minha mão a centímetros de seu rosto, ele estava preocupado logico.

" É apenas um pesadelo, não era real" pensava tentando me concentrar nisso, minha visão ardia e ainda me recusava a chorar. "Mas...foi real"

- Respira devagar, Deku, você tá na tenda, lembra, comigo e aquele monte de gente também. - Dizia devagar me abraçando de lado enquanto segurava minha mão.

Ficamos assim por um tempo, ele falava comigo e eu tentava me recuperar. Já estava a noite.
Mina apareceu na tenda, trazendo duas tigelas de comida, pude a ouvir no lado de fora da tenda hesitante em entrar.

- Izu! trouxe a comida de vocês! ei, tudo...tudo bem?

Respirei fundo de novo, apertando a mão de Kacchan, sorri e mostrei que tudo bem. Ela retribuiu, deixando as tigelas com Katsuki.

- Nemuri chegou, ela disse que vai vir velo, está bem?

Aquilo me fez me senti enjoado, na verdade não queria, mas concordei.

Katsuki ficou confuso e muito preocupado, Deku estava passando mal há minutos trás, deveria ser por causa de um pesadelo que muito provavelmente não lhe contaria sobre, mas foi só a garota alien entrar na barraca que ele sorriu como se tivesse acabado de acordar de mais um sono perfeito, como se não fosse nada, mas esqueceu que sua mão que estava entrelaçada a sua ainda tremia. Ele poderia tentar enganar os outros, mas a si não funcionaria, não por muito tempo.

- Eu volto depois! Come tudo Izu! tem mais lá. - Avisou feliz e saindo

Kacchan pegou uma das tigelas, parecia sério, mesmo assim estranhamente sorria.

- Sem me morder! Peste. - Disse levando a colher até mim.

Depois de comermos Kacchan saiu para levar as conchas e Nemuri entrou para me ver.
E aquilo me deixou imensamente desconfortável.

A mentora não parecia mais tão nova, seu rosto haviam rugas pela preocupação que deveria estar passando nas últimas semanas, os cabelos não estavam mais tão cuidados, também haviam olheiras rasas em seus olhos entristecidos.

- Você vai se recuperar logo, seus machucados vão demorar um pouco para curar completamente, mas com todos cuidando de você não vá fazer esforços, nem para falar viu.

O clima estava pesado, ela estava inquieta, internamente eu também.
Acho que ela iria dizer algo a mais, mas Katsuki apareceu.

- Ele não é nem louco de fazer isso - Respondeu Kacchan voltando a tenda.

- Temos que ver essa sua facha também Katsuki.

Ele a encarou e depois olhou para mim.

- Depois. - Disse se sentando ao meu lado - Como você está?

Quem respondeu foi Nemuri repassando tudo que havia falado para mim.
O restante da noite o pessoal voltou para nossa tenda para conversarmos, até que foi divertido, mas todos agiam como se tudo fosse voltar ao normal simplesmente do dia para a noite, mas no fundo não era bem assim e sabíamos disso.
Naquela noite mesmo tentando focar na companhia de Kacchan, tive mais pesadelos.

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▯ Eu disse que traria o verdinho de volta! e ele voltou.


⇒ Vejo-os semana que vem! ⇐


↣ Obrigada pelos comentários! ↢








Masmorra✔ (Terminada)Onde histórias criam vida. Descubra agora