capítulo 14 - Ciúmes

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Assim que recobrei a consciência no dia seguinte, me levantei preguiçosamente e caminhei até meu banheiro. Me despi e entrei dentro do chuveiro, ligando a água em uma temperatura gelada e revigorante.

Senti meus músculos acordarem e ganharem vida após uma noite longa de sono. Eu tive uma vaga lembrança de um homem adulto e bonito, mas não fazia ideia de quem era.

Suspirei e desliguei a água, indo até a toalha e me secando. Enrolei o pano ao meu redor e saí do banheiro indo até meu guarda-roupa massageando minhas pálpebras cansadas.

- Bom dia. - Ouvi uma voz rouca dentro do meu quarto e abri meus olhos assustada, apertando a toalha contra meu corpo.

- O que está fazendo aqui, Riddle? - Eu esbravejei e voltei meu caminho até o guarda-roupa. Ele estava deitado na minha cama com seu diário, me forcei a não correr até ele e arrancar o caderno de suas mãos.

- Escrevendo. - Ele disse, simples, e continuou escrevendo em seu diário. Revirei meus olhos.

- No meu quarto, idiota. - Seu corpo enrijeceu pelo xingamento e ele se levantou, vindo até mim com calma e me intimidando. Minhas costas tocaram as portas do guarda-roupa e Riddle se aproximou cada vez mais, ficando à centímetros de distância do meu corpo.

- Abraxas estará... indisponível hoje. - Ele sorriu, mencionando nossa ida à Hogsmade. - Então eu irei fazer o favor de acompanhá-la.

- E quem disse que eu quero ir com você? - Minha voz estava firme, mas eu estava excitada com a proximidade de Riddle e com sua voz.

- Seus movimentos deduram você. - Ele disse e eu fiquei confusa. - Suas coxas estão se apertando uma contra a outra, sua respiração está ofegante, você está corada e suas mãos estão tremendo.... - Ele se aproximou e sussurrou em meu ouvido: - Você está excitada.

- Pare de falar asneiras, Tom Riddle. - Eu resmunguei e o empurrei. Me virei para o guarda-roupa novamente enquanto Riddle dava uma risada sombria e se deitava na cama novamente.

Balancei a cabeça em negação e abri a gaveta de roupas íntimas. Antes que eu abrisse a toalha, voltei minha atenção para Riddle que escrevia em seu caderno, me ignorando. Apertei meus olhos e dei uma risada nasalada, sabendo que jogo ele estava jogando dessa vez. O primeiro que arregar, perde.

Abri minha toalha e deixei ela cair, sensualmente, no chão. Pelo espelho, pude observar Tom travar a mandíbula, mas ele continuava com seu diário. Mordi o lábio em um sorriso malicioso e coloquei a lingerie, passando a mão pelas laterais do meu corpo de maneira excitante. Suspirei, imaginando as mãos dele no lugar das minhas, e fechei meus olhos, aproveitando a sensação.

Eu dei um sorriso vitorioso quando senti ele levantar da cama e vir até mim rapidamente, substituindo minhas mãos pelas suas.

- Você não cansa de me provocar, não é? - Sua voz soou rouca e embriagada de luxúria. Ele percorreu a lateral do meu corpo, delineando minhas curvas, e apertou minha cintura enquanto seus lábios chupavam meu pescoço com força. Riddle trilhou beijos molhados pelo meu ombro e me virou de frente para ele, descendo para minha intimidade.

Antes que ele pudesse continuar seus movimentos, três batidas na porta soaram pelo quarto.

- Adeline, já tá acordada? - Era Draco. Ele poderia abrir a porta à qualquer momento, então mentalizei um feitiço de trancar portas esperando que funcionasse.

- Sim. - Eu respondi alto pra o mesmo ouvir. Riddle sorriu, malicioso, e esfregou minha intimidade por cima da calcinha me fazendo arfar.

- Anda logo então, tá todo mundo te esperando na biblioteca. - Draco continuou falando. Maldito seja Malfoy por ser tão tagarelo.

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