Amor

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Sarawat estava sem graça. Era meio inexperiente em relações que fossem íntimas demais. Tine tentou deixá-lo confortável com palavras.

— Você não precisa ser o melhor nisso. — Quando voltaram da piscina, deitaram-se na cama. Sarawat estava irritado, e Tine sentiu falta daquela raiva natural dele. — Se você soubesse o quanto eu gosto dessa sua marra.

— Cala a boca.

— Você fica ainda mais lindo todo irritadinho.

— Não vou falar de novo.

— Eu queria que você olhasse o que eu olho todos os dias.

— Chega, Tine! Que merda. Não sabe ficar de boca fechada?

Estressado, Sarawat se sentou em cima do namorado e o prendeu pelos pulsos. Beijou ele assim que se acomodou ali. Afastou-se alguns segundos mais tarde, depois de sentir os lábios que eram a sua fraqueza.

— É assim que você sempre quis calar a minha boca?

Revirando os olhos, Sarawat o beijou de novo. Se remexeu até que não só ele, mas Tine, estivessem novamente excitados.

— Diga que trouxe o que precisamos. — Sarawat sussurrou, ainda de olhos fechados, não querendo afastar as duas bocas.

— Não sou tão imbecil quanto pensa. Tá na mala.

Sarawat saiu tão rápido quanto voltou. O quarto não estava tão escuro. Apesar das cortinas fechadas, ainda era de tarde. Mesmo assim, não tão perfeitamente, ainda conseguiam ver um ao outro. Sarawat se odiou por ficar tímido e sentir o rosto queimar. Sabia que estava corado.

Estavam se beijando novamente, porque de repente beijar parecia melhor do que qualquer coisa. Os pulsos de Tine estavam presos. Os estalos dos beijos podiam ser ouvidos assim como os gemidos baixinhos e manhosos de Sarawat. Tine gostava daquele detalhe em Sarawat. Ele ficava entregue, mole, pingando, só em trocar um beijo. Ele era muito sensível.

Aos poucos, Tine conseguiu se soltar e as mãos foram até a cintura do namorado. Os dedos procuraram o cós da bermuda e ele a tirou, deixando Sarawat nu. As mãos quentes repousaram na bunda dele, meio gelada pela água da piscina, e Sarawat agradeceu mentalmente àquelas mãos por esquentá-lo e não o deixar tremendo de frio quando estava nu e molhado.

Apesar de Sarawat ter o mínimo de experiência, ele soube o que fazer, e como fazer. Ele provou o gosto de Tine de novo, dessa vez o gosto do corpo todo. Beijou cada parte dele que encontrava pela frente. Sarawat foi tão carinhoso e romântico em todos os momentos. Calmo. Manhoso — como sempre. Ele conseguiu deixar Tine surpreso, e o fez sentir prazeres em lugares onde nunca pensou sentir. Achou que Sarawat estava deixando de ser uma incógnita, mas ainda era uma caixa de surpresas.

Eles aproveitaram o tempo livre para assistir filme no quarto. Sarawat ficou abraçado no corpo do namorado o tempo todo, manhoso demais, e mesmo quando o ombro de Tine ficou dormente, ele não pediu para Sarawat sair, ou simplesmente se mexeu. Também não queria olhar nos olhos de Tine, por estar com vergonha. Não sabia se tinha se saído bem sendo o ativo no sexo pela primeira vez, e Tine estava calado.

— Posso fazer uma pergunta? — Questionou, receoso.

— Claro.

— É uma pergunta idiota.

— Certo.

— Foi bom pra você?

Tine sorriu arteiro. Estava pronto para debochar de Sarawat quando percebeu que ele estava falando sério. Não havia ironia ou raiva na voz dele.

IncógnitaOnde histórias criam vida. Descubra agora