Conforto

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Estava tudo escuro quando Tine acordou. Sarawat estava abraçando o seu corpo e Tine logo percebeu que ele estava manhoso. Soltava resmungos e estava muito colado a si.

— Wat. Tá acordado?

— Sim, e com tesão.

— Estamos na casa dos seus pais.

— Eu tranquei a porta.

— Safado...

— Não seja mole, Tine.

— Se continuar com essa ideia, a última coisa que eu vou ser é mole.

— Ótimo.

Tine mal pôde ver Sarawat se mexer. Tudo continuava muito escuro, e Tine apenas sentiu a sua mão ser puxada. Sarawat fechou a mão dele e a sua ficou em volta, então se masturbou com a mão do namorado, gemendo baixo e manhoso como era a sua especialidade. Tine ficava louco com aquilo, tanto que, aumentou a velocidade só para que Sarawat tivesse finalmente o seu orgasmo e pudesse se deitar em cima dele e beijá-lo.

Sarawat parecia muito carente, como se não transasse com alguém há muito tempo — o que não era verdade. Antes que Tine pudesse agir como o bom apaixonado que era e beijasse todo o namorado, Sarawat foi atrevido o bastante para subir em cima do corpo dele e beijá-lo na boca. As línguas se enrolaram com rapidez e Tine tocou no cabelo dele, tão liso e macio, bom de ser puxado. Descendo o corpo, as mãos bonitas de Sarawat tiraram o cinto do namorado e os dedos abriram o botão da calça jeans, descendo a roupa até os joelhos. Lambendo os lábios, Sarawat se inclinou e chupou Tine. Pela primeira vez. Estava se sentindo tão confortável em fazer aquilo que chegou a estranhar por um segundo. Era difícil entender como se sentia tão bem ao lado de Tine. Só com ele, e mais ninguém.

Ele não era experiente. Os dentes acabaram arranhando a pele e Tine estremeceu.

— Não seja malvado, Sarawat.

Com um barulho obsceno, Sarawat tirou a boca dele e sorriu tímido no escuro.

— Desculpe... — Foi a primeira vez que Tine o ouviu pedir uma desculpa tão sincera. — eu nunca fiz isso antes.

— Use os lábios e a língua, não os dentes.

— Não me dê ordens.

Tine riu.

Sarawat se inclinou de novo e lambeu toda a extensão. Estava melhorando. Não roçou os dentes de novo e chupou com força, como se realmente soubesse o que estava fazendo. Para a felicidade de ambos, Sarawat estava adorando sentir o gosto de Tine, e Tine estava quase delirando com o prazer.

A boca se afastou e Sarawat usou a mão, devagar, só para torturar o namorado. Tine começou a pingar e logo já estava gozando na mão dele. Sarawat se deitou ao lado depois.

— Adoro quando você fica manhoso. — Sarawat nada respondeu, e Tine estranhou, perguntando: — Não vai me mandar calar a boca?

— Tine...

— Tô ouvindo.

— Obrigado por estar comigo. Não consigo entender como você me aguenta e, pra ser sincero, eu não quero entender. Eu gosto de você, gosto de estar com você. Me sinto confortável como nunca me senti com alguém.

Tine ficou tão assustado com aquelas palavras doces saindo da boca do Sarawat que conhecia que se levantou, vestiu a calça, e acendeu a luz. Olhou para a cama e era mesmo o seu namorado ali, encolhido e de olhos fechados. Andou devagar até ele.

— Por que disse isso?

— Porque eu senti vontade

— Então você tem um lado doce, não é?

IncógnitaOnde histórias criam vida. Descubra agora