Livre para viver e a esperança

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Oi oi :)

Espero que gostem, boa leitura!




Estávamos a exatas duas horas e quarente e sete minutos escutando um sermão gigantesco sobre o quão pecaminosos e errantes éramos.

Os professores já pareciam tão de saco cheio como nós, mas ninguém ousava falar nada, já que a mais velha estava a um passo de explodir de vez. Aquela veia na testa dela me dava agonia.

— Novas regras serão impostas! – Era incrível como a sua voz continuava a ecoar pelo ginásio mesmo depois de tanto tempo falando. – Começando por uniforme escolar e exclusão de todos os clubes!

— O quê!? – JK levantou incrédulo e outros começaram a fazer o mesmo. – Qual é diretora, você tá pegando muito pesado!

— Sente-se, senhor Jeon. Ou deseja uma passagem para o reformatório? – Seu tom irônico fez Jungkook trincar o maxilar, muito irritado.

— Enfia essa passagem no seu c-

Jimin puxou a mão dele com força, fazendo o mesmo desequilibrar e cair sentado, interrompendo a fala no limite da ousadia. Ela voltou a ditar as regras, satisfeita por ele ter calado a boca e nós três nos olhamos, frustrados.

— Isso vai virar uma ditadura! – O mais novo exclamou irritado, sacudindo as mãos no ar.

— Não consigo pensar em nada para mudar isso, vocês conseguem? – Os dois negaram e nós três bufamos ao mesmo tempo, muito frustrados mesmo.

Hope. – Demorei a entender que me chamavam, me virando para o meu namorado só quando senti sua mão entrelaçar na minha. – Se acalma, por favor. Estou sentindo a sua raiva daqui. – Pediu preocupado, fazendo carinho nas costas da minha mão, e eu permaneci olhando para ele por alguns segundos, surpreso.

— Do que me chamou? – Um sorriso começou a crescer no meu rosto, como se acabasse de saber que nada mais fosse ser ruim na minha vida de novo, e as suas bochechas coraram absurdamente rápido.

— Ah.... Não percebi que deixei escapar. – Eu sorri um pouco mais, me aproximando mais dele.

— Me chamou de esperança? – Apertei nossos dedos para que ele voltasse a me olhar e ele fez isso todo sem jeito.

— Você é a minha. – Sussurrou firme e eu me controlei muito para não o beijar ali mesmo. – Você é a minha esperança, amor. Sempre vai ser. – Inclinei o rosto para mais perto do seu, ainda sorrindo como um bobo todo feliz.

— Jung Hoseok! – A diretora cortou total o nosso clima e eu revirei os olhos enquanto voltava a olhar para ela completamente desdenhoso.

— Aí, o que foi agora? – Algumas pessoas riram baixinho do meu tom de saco cheio.

É incrível como sempre tem alguém para estragar meus momentos com ele, cara. Como isso irritava, sem paciência mais para isso também.

— Solte a mão dele! – Ordenou, como se tivesse esse direito, e no mesmo segundo Namjoon tentou soltar, mas eu a segurei mais firme.

— E por que eu faria isso? – Ergui uma das sobrancelhas. Seu rosto começou a ficar vermelho de raiva, como sempre.

— Porque a próxima regra é: nada de namoro dentro da escola!

Todo mundo voltou a reclamar, dessa vez ainda mais alto. Meu sangue esquentou, porque aquilo não era por sermos namorados e sim porque éramos dois homens namorando. Ela era uma puta preconceituosa e tentava esconder com essas ações ridículas, só porque tinha uma pequena autoridade de poder fazer. Isso me irritava ainda mais do que duvidarem da minha lealdade.

Olhares e Promessas - NamseokOnde histórias criam vida. Descubra agora