Olhares e Promessas - Namseok

Medos e telhados

Oi oi :)

Espero que gostem, boa leitura!

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O corredor ainda estava silencioso e todos pareciam nos assistir como se fossemos uma partida de tênis muito emocionante. Meus nervos doíam de tão tensionados que estavam e minha mão apertou a de Namjoon segundos antes de eu soltar elas e a fechar num punho, socando o rosto de Jaebum com força em seguida.

— Hobi! – Meus amigos soltaram surpresos e chocados, mas eu ainda encarava meu ex com os olhos faiscando de raiva, minha respiração pesada enquanto parecia sair fumaça da minha cabeça.

Ele riu divertido, como se minha reação fosse muito engraçada, e se endireitou, passando a mão na bochecha que ficaria no mínimo roxeada. Jaebum ergueu as sobrancelhas e eu dei um passo para frente, fazendo todo mundo tencionar, como se a briga esperada há séculos finalmente estive prestes a acontecer.

— Eu prometi a mim mesmo que te daria um murro na cara se te visse de novo. – Falei, minha voz saindo mais grossa e intimidante do que nunca, encarando fundo seus olhos que não vacilaram um segundo sequer. — Muito obrigado por deixar que pelo menos essa promessa fosse comprida. – Completei, totalmente irônico enquanto sorria debochado, o empurrando com brutalidade antes de dar as costas para ele em seguida.

Meus amigos ainda pareciam surpresos, já que eu nunca fui de violência, mas Lisa e Wendy riam como se aquilo tivesse sido a melhor parte do dia delas. Todo mundo ainda me encarava, mas estava tão puto que nem me importava.

— Sorte sua que ele já te bateu, senão eu ia te deitar na porrada! – Escutei Jungkook rosnando de novo e apressei meus passos antes que escutasse o deboche de Jaebum novamente e ficasse ainda mais irado.

Virar o corredor fez metade do peso em meus ombros sumir. Só de não estar tão perto dele, me deixava muito mais tranquilo. Passei uma das mãos no rosto e finalmente senti meus olhos marejando, meu coração apertando e sendo estraçalhado ao mesmo tempo.

— Hoseok! – Namjoon gritou enquanto provavelmente corria até a mim, mas não parei. Não conseguia na verdade, estava no piloto automático. — Ei. – Ele disse baixinho, parando na minha frente e me segurando pelos ombros, me olhando preocupado. — Você está bem?

Solucei antes de olhar em seus olhos. As lágrimas começaram a cair com rapidez e eu o abracei com força, o espremendo tanto que ele chegou a gemer baixinho de dor, mas não me afastou. Invés disso, me abraçou por cima dos ombros e deixou que eu escondesse o rosto em seu pescoço quente e cheiroso.

— Por que ele tinha que voltar? – Minha voz saiu embargada e alguns soluços travaram as palavras, mas ele pareceu entender. — Por que, quando eu finalmente estou feliz de novo, ele precisa estragar isso?

— Ele não vai estragar isso. – Negou, abaixando a cabeça para me dar um beijo demorado no topo da minha. — Não vou deixar.

— Você não o conhece. – Me separei só para olhar em seus olhos e ver a preocupação que brilhava neles. — Ele é horrível. Prometeu muitas coisas importantes para mim e praticamente riu delas quando me humilhou na frente de todo mundo! Eu perdi a droga da virgindade com ele e ele simplesmente disse que já tinha conseguido o que queria! Que era para eu seguir em frente, porque ele já estava fazendo isso! Ele estraçalhou o meu coração e eu-

Franzi o cenho enquanto sentia seus lábios prensando os meus com força. As lágrimas passaram a cair com mais velocidade e eu solucei antes de enrolar meus braços em seu pescoço e retribuir o beijo que foi me acalmando aos poucos.