Aula de biologia e o ato de herói

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Oi oi :)

Eu voltei hihihi

Muuuito obrigada pelo carinho e o apoio no capítulo passado, vocês são uns anjinhos poxa :( ♡

Aqui esta mais um capítulo, espero que gostem!

Boa leitura!



  — Querida, cheguei! – Gritei assim que abri a porta de casa e Jimin entrou rindo atrás de mim.

  — Demoraram. – Minha mãe disse enquanto saia da cozinha com um pano de prato em mãos para secá-las e um sorriso no rosto para nos recepcionar. Eu amava o sorriso dela.

  Dona Jung Lia era uma mulher que beirava os 40 anos, mas mal parecia ter 20. As marcas de expressões só apareciam quando ela ficava extremamente séria, e então as marquinhas em volta dos olhos e em volta da boca, de anos sorrindo largamente, ficavam evidentes. Seu cabelo era que nem o meu, bem liso e fino, mas bastante volumoso. Ela adorava pintá-lo e dessa vez a cor era num tom de rosa puxado para o roxo. E estava na altura dos ombros, o que a deixava ainda mais jovial. Seus olhos eram castanhos claros e sempre estavam brilhando, como se nada no mundo pudesse fazer a vontade de viver sair de seu corpo. Era baixinha, mas se caso você chegasse a pensar isso, virava uma fera.

  Meu pai bem sabia.

  — Enrolamos a diretora por mais duas horas. – Dei de ombros e ela riu, sabendo que fazíamos de tudo para dançarmos mais um pouco. Ela até admirava isso na gente.... Por termos algo que amávamos e lutávamos por isso. Não era mais todos os adolescentes que tinham isso. — Jimin vai dormir aqui, tudo bem? – Joguei minha mochila no sofá e Jimin me copiou.

  — Que merda vocês fizeram dessa vez? – Ela colocou as mãos na cintura descoberta pela blusa curta, que deixava algumas tatuagens a mostra.

  — Um ato depravado. – Jimin imitou a diretora e rimos, enquanto negávamos com a cabeça.

  — Algum dia ela cede e percebe que vocês são somente adolescentes querendo se divertir. – Ela foi positiva, como sempre, beijando o topo da minha cabeça e logo depois a de Jimin, que teve seus olhos brilhando já que nunca acontecia isso na casa dele.

  Às vezes, eu me sentia a pior pessoa do mundo quando resmungava alguma coisa com os meus pais e logo depois me lembrava dos Park's. Ele sofre para cacete em casa, de chegar a apanhar por razões estupidas, e isso é triste para um caralho, já que ele sempre tenta fazer de tudo para agradar os malucos que o puseram no mundo.

  E olha que eles nem sabem que ele é gay.

  — Papai está em casa? – Segui minha mãe até a cozinha para roubar alguma coisa para comermos.

  — Não. Saiu com o seu tio para tocar um pouco de bateria e levou seu irmão junto. – Sorriu, tirando o bolo de chocolate do forno e o colocando em cima da mesa, aonde eu e Jimin tratamos de sentar depressa, lambendo os lábios e sentindo o estômago roncar pela fome. — Sabe como eles são, não perdem uma tarde de folga para tocar. – Eu ri, assentindo.

  Alguns pais são advogados, outros médicos, alguns até engenheiros. O meu pai tem uma banda de rock e é todo tatuado.

  — Aí, que cheiro bom. – Jimin quase salivava enquanto observava pacientemente minha mãe cortando a massa escura em pedaços menores e depois colocando dois quadradinhos em cada um de nossos pratos.

  — Ele tem laranjas no meio. – Ela sorriu pilantra, esperando que mordêssemos um pedaço para aprovarmos ou não sua nova receita.

  Ficamos em silêncio, apenas focados em morder e saborear o gosto. Em cima, a casca era crocante de uma forma que dava gosto de escutar o som. No meio, o recheio de chocolate estava fofinho e alguns pequenos pedacinhos de laranja quebravam o gosto doce na medida certa. Não tinha um sequer canto queimado, na verdade, parecia tirado do forno no tempo exato. O que não era nenhuma surpresa, minha mãe ganhou inúmeros prêmios de culinária durante sua vida. Ela amava tanto cozinhar quanto meu pai tocar bateria, eu dançar e meu irmão riscar a parede com canetinhas coloridas.

Olhares e Promessas - NamseokOnde histórias criam vida. Descubra agora