Capítulo 4

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Uma luz forte entra pela janela e solto um muxoxo.
- Levanta, você passou dos limites ontem.
- Não exagere, eu fui não fui? até sorri tirei fotos você sairá bem na fita, não sei porque todo esse mau humor? Resmungo.
- Você não entendi que essa é a minha vida Karol e não vou deixar que arruine tudo que conquistei, olha não estou pedindo muito só que se comporte, eu fui convidada para estrear em uma série e preciso...
- Passar a imagem de estrela perfeita, é eu sei não se preocupe qualquer coisa eu digo que sou filha da empregada.
Ela revira os olhos.
- Vá pra escola e espero que não apronte ali, o Carlos vai buscar você no horário de sempre.
- Eu não preciso de babá.
- É segurança não babá, eu não vivo aqui a muito tempo não sei como estão as ruas. Sorrio incrédula.
- Porque está tão preocupada.
- Pode não parecer mais me preocupo.
Reviro os olhos e levanto entrando no banheiro.
- Com tantas camisolas e roupas de dormir você dorme assim.
-Ughhhhhh. Me erra dona Carolina.
Bato a porta com força e respiro fundo tiro meu blusão, olho no espelho e suspiro.

Recebo olhares quando passo no corredor da escola, mais não me importo abro meu armário e começo a pegar meus livros, sinto algo nos meus pés e escuto um droga do armário ao meu lado.
Então o dono das iniciais resolveu aparecer.
Ele está abaixado recolhendo o livro mais para, seu olhar sobe por minhas pernas e minha vontade é de falar tá gostando do que ver, mais fico na minha não posso arrumar confusão, então espero, mais quando seus seus olhos me encaram e ele levanta num pulo reconheço de imediato o cara de ontem que roubou minha garrafa.
- Você. Falamos juntos.
- O ladrão de bebidas.
- A maluca da festa. Abro um sorriso bem debochada.
- Ei Karol, acho que temos aula juntas hoje. Carolina se aproxima.
- Ah oi Rugge, vejo que conheceu minha nova amiga Karol.
- Karol, meu irmão, gêmeo Ruggero.
- Gêmeos?
- Bebê, você voltou. Uma morena com a voz esganiçada se joga em cima do tal Ruggero, Caro me puxa para segui-la.
- Você tem um irmão gêmeo? Ela sorrir.
- Sim, mais eu sou mais bonita.
Acabo rindo e ela me acompanha.
- temos aula juntas no segundo horário, mais vou falar logo agora, quer ir ao shopping comigo?
- Você nem me conhece.
- Por isso mesmo, vamos ao shopping fazer coisas de garotas e nos conhecemos melhor.
- Não acho que sou uma boa companhia. Falo.
- Quer deixar que isso eu decido e não aceito um não como resposta, manda seu endereço que te pego em casa.
- Tá bom. Falo e dou de ombros entrando na sala sento perto da janela mais no meio, ponho meus fones de ouvido e abro o livro folheando, estou distraída que não percebo os alunos entrando, só quando o professor entra e joga os livros em cima da mesa dele que percebo, desligo o celular e retiro os fones jogo na bolsa.

-Quero que façam a leitura do nosso primeiro romance e depois vamos conversar sobre ele.

Abro o livro que foi indicado e o romance de Romeu e Julieta.
Levanto o cabelo fazendo um coque e prendo com o lápis, escuto um burburinho atrás mais não me viro, cruzo as pernas e continuo lendo, estou concentrada quando sinto dedos cutucar em minhas costas me viro e levo um susto.
- Ei maluquinha, tem que assinar a presença. Ele me estende o papel mais não o solta e o encaro.
- Estrela bonita. Fico confusa e ele se inclina na cadeira e sussurra no meu ouvido.
- Até agora contei duas, e algo me diz que você tem mais... Faço uma careta e pego a folha da mão dele.
Quando a aula chega ao fim recolho meu material e saiu da sala, volto meus fones para o ouvido e vou em direção aos armários pegar o livro da próxima aula, um cara de cabelos cacheados entra na minha frente, tiro um dos fones.
- Para onde vai com tanta pressa gatinha. Respiro fundo e tento passar.
- Ok, pode me deixar passar por favor?
- Um se eu não quiser? Ele me desafia, cruzo os braços acima do peito e o encaro. Ele rir com sarcasmo.
- Já vi tudo, é gata mais muito patricinha, que foi a mamãe não deixa se juntar aos pobres mortais.
- Olha garoto, eu nem te conheço e nem quero conhecer então me deixe em paz.
Ele rir e os amigos chegam.
- Ei Jorge o que tá rolando? O de cabelo com mechas do outro dia pergunta.
- Nada, mimada demais.
- Era só o que faltava.
- O que você disse? Ele altera e fico sem entender o porque, na verdade ainda estou sem entender até agora.
- Primeiro baixa a voz pra falar comigo, segundo você não passa de um escroto, tá achando o que? Sorrio, elogiou vou cair aos seus pés te enxerga garoto.
- Sua patricinha idiota cala essa boca nojenta..
- Eii cara ficou doido é uma garota.
Fico onde estou e não desvio o olhar mesmo estando com medo da reação dele, que garoto idiota.
- Karol... Carolina se aproxima.
- O que está acontecendo aqui? Jorge qual o teu problema deixe ela em paz.
- Ah você também Caro, leva a mimadinha daqui ela tem medo de se envolver com os pobres.
Carolina me leva até os armários.
- Não liga para ele é um idiota completo.
- Na verdade eu não ligo, só não entendo qual a implicância dele comigo eu nunca falei nem olhei para a criatura.
- Vai vamos trocar de roupa temos educação física juntas.
Fomos para o vestiário e visto a roupa um shortinho que vai até metade da coxa azul e uma baby look branca com o símbolo da escola.
- Não tem um uniforme mais folgado não? estou fora de forma usando isso tô parecendo um botijão de gás.
Carolina esta com os olhos arregalados e a boca aberta.
- O que foi está se sentindo bem?
- Garota em que espelho você está se olhando, olha esse corpo, onde viu gordura aí. Reviro os olhos.
- Tá, tá bom Carolina. Vasculho a bolsa que estava com o uniforme e encontro um moletom.
- Ótimo achei o que eu precisava. Visto o moletom em cima da camisa e prendo o cabelo no rabo de cavalo.
Estávamos na quadra o professor já tinha pedido para fazermos voltas na quadra.
- Você é a Karol Sevilla não é?
- Sim sou eu. Uma garota loira de olhos azuis me pergunta.
- Os testes para líderes de torcida vão começar em alguns minutos e a diretora me falou de você, quer participar?
- Lider de torcida, não isso não é pra mim me desculpe.
- Tem certeza, você é bem bonita e tem um corpo maneiro pode tentar.
- Não tenho jeito pra isso, mais valeu.
- Tá se mudar de ideia. Sorrio fraco e Caro se aproxima com uma garrafa de água.
- Líder de torcida?
- Sim, mais não gosto de dançar na frente dos outros.
- Sério? Você já foi em alguma balada? Nego.
- Eu cresci em um colégio interno as únicas festas em que estive foram da escola ou na casa do meu namorado.
- Você namora? Faço que sim.
- Que legal, como ele se chama.
- Fred.
- Então tenho outro convite a fazer.
Faço uma careta.
- Tenho opção?
- Não. Ela rir. - Ah fala sério você viveu a vida trancada e agora pode desfrutar e eu vou cuidar para que isso aconteça.
- Porque está fazendo isso?
- Porque gostei de você, e quero ser sua amiga não posso? dou de ombros e voltamos para o vestiário.
Tiro o moletom e a blusa e viro de costas.
- Ah pode ter crescido trancada mais é uma fã de tatuagens gostei desse beijo. Olho por cima do ombro e sorrio para ela.
- Vantagens de ter um amigo tatuador dentro do colégio.
- Você tem outras? Faço uma cara sapeca.
- oh essa cara, onde tem?
Viro ficando de frente pra ela mostrando o ramo de rosas no vale dos meus seios, tiro o short e tem um coração no lado direito da minha bunda, viro a perna para que ela veja um anjo na minha panturrilha, baixo um pouco a calcinha mostrando a borboleta. Carolina esta de boca aberta.
- Garota você é demais adorei.
Peço um minuto levanto os cabelos e ela vê a estrela, então a minha ficha cai ele viu minha tatuagem era isso que ele estava falando, balanço a cabeça me livrando do pensamento.
- Tá me escondendo mais alguma coisa aí nesse teu corpinho? Faço cara de pensativa e mostro a língua para ela.
- Ah não agora eu quero ver de perto, como você furou a língua criatura?
Dou de ombros.
- Escondi por muito tempo, da diretora mais agora não preciso esconder mais.
- Adorei até me inspirou acho que vou fazer uma.
- Sério?
- Sim quer dizer se você for comigo eu faço.
- Tem que ser uma decisão sua, eu te acompanho se quiser.
- Eu vou adorar, mais sexta tenho uma festa para ir e queria que viesse comigo, vai ser legal um festival de bandas.
- Posso pensar?
- Não, e como vamos chegar tarde já avisa para sua mãe que vai dormir lá em casa.
- Carolina minha vida nunca foi tão badalada.
- Porque eu não fazia parte dela e posso imaginar o quão chata era. Dou risada.
- Eu tinha meus momentos. Se é que me entende. Carolina fica vermelha.

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