Capítulo 11

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Quando percebi que Karol parou de andar e seu corpo projetou para trás não sei se foi o reflexo só sei que agarrei sua cintura antes que ela caísse, peguei ela no colo e sair da boate.

Assim que entrei meu pai estava no sofá ele me ajudou a leva-la até o meu quarto e a fez despertar, mais ela estava muito zonza adormeceu logo.
Meu pai nos deixou sozinhos e eu tranquei a porta, a parte mais difícil foi tirar a roupa de Karol e vestir a minha camisa nela.
Confesso que fiquei um bom tempo procurando a tal da tatuagem que ela falou e não encontrei, fiquei frustrado duas vezes, tinha uma mulher linda na minha cama e eu não iria comer.
Deitei ao seu lado e apaguei.
Quando ela acordou estávamos abraçados o que não ajudou muito, aquele pequeno furacão é dura na queda, quando ela acordou atordoada percebi logo o motivo ela achou que tínhamos transado, não se lembrava do fato de que desmaiou do nada no meio da boate o que me deixou intrigado, tudo bem nunca ninguém havia desmaiado na minha frente assim.

Entro em casa depois de deixar Karol e mais uma vez estou com meus pensamentos nela.
- Sua amiga está bem Ruggero?
Papai me pergunta está sentado a mesa tomando café, me sento e solto um suspiro quando olho para meu pai ele está me encarando por baixo das lentes.
- O que foi?
- Apaixonou?
- Que? Não ficou doido.
- Mais respeito com o seu pai rapaizinho
- Desculpa pai, mais não, estou só preocupado mesmo.
- Aquela garota não é a amiga da Carol do outro dia?
- Sim, pai será que ela tem alguma doença ou algo assim, qual probabilidade de alguém cair no meio de uma boate daquele jeito.
- Filho acontece, não necessariamente a pessoa tem uma doença, a boate cheia, muito calor talvez ela deva ter bebido um pouco a mais não se alimentou direito, são vários os fatores não tire conclusões precipitadas.
- Bom dia família. Malena entra em casa.
- Cadê meus pestinhas.
- Não chame meus filhos de pestinhas eles já são levados o bastante para ter esse nome, ficaram na piscina o Gaston está lá com eles.
- Ótimo vou aproveitar o feriado com meus dois pestinhas. Ela faz careta e me dar língua.
- Que adulta essa minha irmã.
- Olha Ruggero eu vou arrancar seus cabelos.
- Deixa seu irmão pra lá, o que me diz da nova coleção.
Pronto agora não se fala em outra coisa, minha mãe era uma ótima estilista, não famosa mais seu sonho sempre foi ter roupas feitas por ela mesmo, montar uma loja essas paradas, mais na época nem ela nem meu pai tinham dinheiro para isso, papai arriscou tudo quando vendeu a casa que eles moravam que era presente de casamento dos meus avós e montaram uma pequena botique com ateliê, eles moravam em um quartinho nos fundos, só que a coisa deu certo e aos poucos aquela pequena botique ficou pequena demais para a quantidade de vendedoras e clientes, abriram uma grande loja no centro da cidade e assim foi hoje temos mais cinquenta espalhadas por toda a Itália e fora dela somos reconhecidos mundialmente por fabricar nossas próprias peças e ainda participamos de grandes desfiles com peças nossas exclusivas, não sou de me interessar muito por isso mais vez ou outra quando precisam eu me esforço.
- Rugge vou precisar de você. Viu só.
- O que tenho que fazer?
- Preciso que seja o modelo para nossa linha íntima.
- Fala sério, quer que eu fique pelado pra um homem fotografar.
- Não é pelado são várias cuecas e pijamas, você tem um corpo ótimo fora que é um dos donos isso vai nos trazer uma grande repercussão. Reviro os olhos.
- Ruggero se sua irmã está dizendo que vai ser bom porque não tentar.
- Por mim tudo bem, vai ter modelo gostosa? Recebo um tapa na cabeça.
- Ué depois se eu ficar de pau do duro nas fotos não reclamem.
- Aí meu Deus Ruggero você não tem jeito garoto. Male reclama e meu pai gargalha.
- Bom dia família. Caro cumprimenta e logo Mike também.
- Ruggero de pé em um feriado alguém morreu? Mike questiona.
- Ele estava cuidando da amiga não seja duro com seu irmão. Meu pai fala.
- A propósito ela me parece muito familiar, como é mesmo o sobrenome dela? Fuzilo meu pai não queria dizer que Karol passou a noite comigo, Caro vai me matar, mais não fizemos nada, mesmo assim.
- Sevilla.
- Você estava com a Karol? O que fez com ela seu idiota. Já recebo um tapa.
- Pai você está bem? Male pergunta.
- Estou filha, estou bem lembrei de uma coisa que preciso pegar no escritório já volto. Ele levanta e Male fica pensativa.
- Aí Carolina eu não fiz nada caramba, porque eu teria feito algo?
- Porque é um safado, galinha.
- Chega Caro, não fale assim com ele porque não conversa ao invés de está gritando.
- Você sempre defende o Rugge é incrível.
- Não estou em defesa de ninguém, só acho que um bom diálogo pode se resolver bastante as coisas.
- Deixa Male, eu sempre vou ser o vilão, sua amiga desmaiou ontem no meio da boate do nada se não fosse por mim teria caído e estaria em um hospital ou sei lá o que, eu a trouxe pra cá e o papai me ajudou, acabei de deixá-la em casa inteira sem nenhum arranhão satisfeita agora.
- Desculpa Rugge.
- E...
- Não vou mais tirar conclusões precipitadas.
- Então...
- Obrigado. Começo a rir e puxo ela para um abraço, que sorrir também, quando éramos crianças falavamos essas mesmas palavras um para o outro quando pedíamos desculpas.
- Dois bocós. Mike reclama.
- Mike vou precisar de você também, já falei com Ruggero, quero os dois na campanha publicitária. Mike faz uma careta mais sei que vai participar podemos não está trabalhando como Malena mais tudo que eles precisam estamos aqui para ajudar.
- E eu? Caro questiona.
- A linha nova vai chegar e você participa irmãzinha, essa é íntima.
- E porque não posso fazer a íntima.
- De jeito nenhum. Falo sério.
- Ué você pode e eu não.
- Carolina não vou deixar minha irmã caçula aparecer nos outdoors e revistas só de calcinha.
- Sou mais nova por dois segundos imbecil, e não vejo problema nenhum não estou pelada.
- Ah mais eu vejo, não. Olho para Malena que se diverte.
- Não. Falo para ela.
- Eu concordo com o Rugge. Fala Mike.
- Desculpe maninha já temos uma modelo. Ela bufa.
- Titio Rugge, titio Rugge. Os dois terremotos entram correndo em casa e se não me viro para recebê-los estaria no chão agora.
- Oi pestinhas. Recebo um tapa na cabeça.
- Aí. Eles começam a rir.
- E a tia Caro ninguém fala não. Um corre para Caro e outro para o Mike.
- Estão molhando tudo, cadê o pai de vocês? Malena fala já nervosa.
- Ele entrou está no escritório com o vovô.
- Estou sem babá vou enlouquecer com esses dois.
- Não seja malvada eles são ótimos. Rebate Caro.
- Ótimos então fica um dia com eles.
- Pode deixá-los aqui se quiser.
- Sério? Ela faz que sim.
- Vai relaxar olhamos eles. Digo.
- Valeu irmãozinhos. Ela sorrir de orelha a orelha e sai chamado o Gaston.
- Vamos começar a farra galerinha quem chegar por último é a mulher do padre. Mike grita e saímos correndo com eles para a piscina.

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