Se Não Fosse Você.

Capítulo 32

Assim que chego em casa, procuro na minha agenda o cartão, onde eu deixei o cartão que aquele médico me deu onde?
Aí achei, pego o cartão e ligo para o número escrito ali e marco uma hora para hoje.

- Oi Kah. Atendo o telefone quando Caro insisti.
- Você está fugindo da gente ou que? Essa é Carolina sendo Carolina.
- Desculpe Caro não estou, é só que eu precisava ficar sozinha.
- Tudo bem já ficou, agora você tem a gente o que quer fazer?
- Eu... Eu marquei uma consulta hoje.
- Ótimo você quer companhia? Eu posso ir com você se quiser.
- Eu quero.
- Kah eu sei o quanto isso doloroso pra você, mais não está sozinha amiga eu amo você como uma irmã e quero o seu bem.
- Eu sei... Obrigado Caro por tudo. Engulo em seco.
- Te pego já já.
- Tá. Desligo o telefone e vou tomar banho, me arrumo pego a bolsa e a carteira conferindo se tenho tudo.
E recebo uma mensagem de Carolina que ela já estava ali.
Vamos o caminho todo em silêncio.
Dou meu nome na recepção e quando me chamam seguro na mão de Carolina e ela me encara passando confiança.
- Vamos eu entro com você. Assinto.
- Ola garotas? Um homem alto de olhos azuis deve ter uns cinquenta anos nos cumprimenta.
- Oi. Respondemos.
- Fico feliz que tenha vindo, você é a Karol. Ele aponta pra mim.
- Sim essa é Carolina minha amiga.
- Ótimo obrigado por ter vindo Carolina sabe que sua amiga vai precisar de você não é.
- Sim estou aqui pra isso.
- Muito bom, bem Karol vamos sentar quero conhecê-la.
O doutor Orlando é muito simpático, eu estava muito nervosa pois nunca admitir que tinha uma doença e ele está me fazendo ver que tenho sim, me explicou cada ponto me mostrou como meu organismo fica cada vez que induzo o vômito e o que vai acontecer se não parar, ele pediu para que eu contasse da minha vida e fiquei constrangida mais Caro segurou forte a minha mão e não me deixou um segundo, falei um pouco de como era minha convivência com meus pais, no final sair de lá com várias consultas marcadas, com uma agenda na mão e várias receitas tenho que tomar um remédio para curar a minha inflamação, e outro é para ansiedade, um cardápio recheado e tenho que comer de três em três horas, a agenda o doutor Orlando me disse que toda vez que eu me sentir mal é para mim escrever ao invés de correr para o banheiro, que eu escreva o que estou sentindo.
- Kah sei que vou ser chata com você por cobrar, mais vai ser para o seu bem amiga, agora me promete que vai tentar e no momento que não aguentar vai pegar o telefone e vai me ligar me promete.
- Prometo.
- Agora chega de choro, o Rugge está preocupado com você. Viro o rosto para a janela.
- Você não vai ouvi-lo mesmo não é? não respondo e ela continua.
-Tá tudo bem, a que horas vai ser a entrevista.
- As três, vai ser no escritório do centro.
- Tá certo eu te levo, posso?
- Claro que pode, Caro você sabe que nossa amizade não vai mudar não é?
- Eu sei, só que você longe a semana toda vai ser diferente Kah.
- Eu entendo, mais não posso ficar aqui e merda... Eu amo seu irmão Carol e estou sofrendo pra cassete eu só preciso esquece-lo.
- Eu sei que ama, ele também ama você Karol eu queria tanto que fosse diferente e que vocês dessem certo.
- Não era pra ser. Dou de ombros.
Caro me deixa em casa e vai embora.

- Onde esteve? Minha mãe pergunta.
- Eu fui ver um terapeuta. Falo ela está diferente hoje como se estivesse cansada.
- Você está bem?
- Sim, só estou um pouco cansada, a filha do Pasquarelli estava com você?
- Sim.
- Aquela garota...
- Nem termine não vou ficar ouvindo você falar mal da Caro pra mim.
- Calma aí garota não ia. Olho pra ela incrédula.
- Eu ia dizer que a garota é corajosa e atrevida não leva desaforo pra casa, gostei dela.
- Gostou? Pensei que quisesse arrancar a cabeça dela. Ela rir. Pela primeira vez estou vendo ela rir.
- Ah sim eu fiquei furiosa, mais não pelo que ela falou e sim porque ela bateu de frente comigo e não abaixou a cabeça um minuto, é igualzinha ao pai dela.
- Não sabia que conhecia o senhor Bruno.
- Conheço, eu cresci aqui Karol.
- Eu sei, na verdade não, não sei, não sei nada sobre você.
- É, nem eu sobre você, quer um sanduíche? Ela pergunta e fico sem reação.
- Aceito. Ela então começa a preparar.
- O que o terapeuta falou?
- Pensei que não quisesse saber?
- Besteira, olha eu fui estúpida, fiquei assustada, mais acho bom você se cuidar eu não sofri de bulimia mais fiz terapia por anos então acho uma boa fazer.
- Ok. Passo os próximos minutos contando a minha mãe tudo sobre a minha visita ao terapeuta ela pede para ver o cardápio e já coloca em cima da lista de compras para Rosa e pede ao senhor Carlos para comprar meus remédios.
- Vou pedir a Rosa que prepare seus horários assim não perde a hora de comer, você ainda quer ir para Londres? Faço que sim.
- Tudo bem eu vou ver com a nutricionista de lá para organizar seu horário assim não tem como dar errado.
- Porque está fazendo tudo isso?
Ela respira e parece mesmo cansada.
- Estou cansada, você é minha filha e uma hora eu tenho que aceitar isso. Arregalo os olhos.
- Desculpe Karol, eu sei que não somos e nunca fomos mãe e filha e isso é só culpa minha se você está doente a culpa é minha e nada do que eu faça vai diminuir ou pagar todos esses anos, eu só quero tentar me dar bem com você de agora em diante pode ser, não estou pedindo que me aceite como mãe, podemos tentar ser amigas pode ser?
- Tudo bem, podemos tentar.
- Ótimo, agora eu vou deitar estou realmente muito cansada.
- Tudo bem eu também vou.
Acho que devo está em algum mundo paralelo ou devo está sonhando sei lá ou talvez é um pesadelo será que é alguma pegadinha ela realmente pediu para ser minha amiga. Dou de ombros nada mais me surpreende.

No outro dia Caro me deixa no escritório e a recepcionista me dar alguns módulos para preencher e me de pede para aguardar pois um dos diretores que vai fazer a minha entrevista está atrasado.
Ela sai e pede que aguarde ali, pois vai ter que ir até o outro escritório no andar de baixo, eu fico ali lendo os os papeis e terminando de preencher, quando a porta se abre, fico em choque com a figura a minha frente.