Parte 20

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Sair do hospital ainda com um nó na garganta, resolvi passar para ver meu pai na Pasquarelli antes que ele fosse no hospital arracar minhas orelhas por não aparecer.
- Ei irmãozinho. Ema fala me abraçando ainda não me acostumei que tenho outra irmã, mais o carinho que cresceu em meu coração é o mesmo.
- Oi Em. Ela sorrir.
- O que foi?
- Era assim que me chamava. Ela sorrir mais ainda.
- Então acertei alguma coisa hoje, onde vai com tantas peças? Pergunto ao olhar seus braços cheios de peças íntimas.
- Ah temos um ensaio e a Karol precisa dessas peças. Ela diz conferindo as peças.
- Ah Karol? Pergunto.
- Sim ela está se preparando. Ela fala sem notar minha expressão que nem eu sei porque estou tão eufórico.
- Quer ajuda? Ela então me encara.
- Tudo bem. Então me passa as peças e pede que as leve para o provador.
Entro no camarim e vejo que estão preparando Karol, coloco as peças ali e saiu, mais sento do outro lado na recepção daqui posso ver tudo.
Quando Karol aparece já vestida quase tenho um infarto, meu corpo todo vibra, meus olhos percorrem todo o seu corpo cada curva, cada marca cada tatuagem.
Cassete é como se ligassem na tomada ao com a visão dela.
Então acontece, flash várias cenas tomam a minha mente a gargalhada de Karol ecoa na minha cabeça, me deixando confuso, olho novamente para a sala e ela faz as poses sendo guiada por Charles, não consigo me conter e levanto saiu dali porque não me sinto bem.
- O que houve filho? Meu pai pergunta assim que entro.
- Pai, como é está apaixonado? Ele franze o cenho.
- Porque está me perguntando isso?
- Porque eu não sei e acho que vou pirar.
- Acho que já entendi, filho o acidente trouxe o Ruggero adolescente e não o adulto que se tornou, é como se você nunca tivesse se apaixonado antes. Faço que sim.
- Posso dizer que vi você se apaixonar.
- E como foi? Ele sorrir.
- Seu olhar sempre buscava o dela, e você queria está sempre por perto, quantas vezes brigamos por dormir fora, corrigindo por dormir no carro.
- Como assim?
- Você dormia no carro Ruggero embaixo da janela de Karol, muitas e muitas vezes. Fico surpreso.
- Deixa eu te dizer uma coisa filho, o amor ele é simples as pessoas é que complicam, quando a gente ama de verdade só pensamos e queremos essa pessoa e mesmo que ela não retribua torcemos e vibramos pela sua felicidade por mais doloroso que seja ficar longe, mais só de ver um sorriso estampado nos lábios dela já temos a certeza de que todo esforço e sacrifício valeu a pena.
Suspiro e ele põe a mão no meu ombro.
- Sei que está confuso, mais tudo se encaixa no momento certo.
Algo apita em sua mesa.
- Ah os contratos que eu estava esperando pode chamar sua irmã pra mim ela precisa assinar. Assinto e saiu da sala.
- Male o papai... Paro de falar quando meus olhos encontram os seus e perco a fala e sinto dificuldade para respirar.
- O papai o que Rugge? Malena pergunta e escuto sua risadinha, forço o ar entrar nos meus pulmões e Karol me diz oi um simples oi e meu peito bate tão forte que tenho a impressão que elas podem ouvir.
- Oi de novo.
- Eh o papai está te chamando precisa da sua assinatura em alguma coisa.
- Obrigado irmãozinho mais enxuga aqui, tá escorrendo. Reviro os olhos e bato em sua mão, mais meus olhos não saem dela não consigo desviar.
- Seu ensaio ficou perfeito, quero usar todas elas. Escuto Ema falar e Karol desvia o olhar nesse momento.
- Sim eu adorei. Ela fala mais alguma coisa e Ema a chama pra sair não consigo prestar muita atenção na conversa das duas algo como um SPA e barzinho no fim de semana.
- Tô dentro. Karol diz piscando um olho e sorrindo e meu corpo treme.
- Tchau Ruggero de novo.
- Tchau Karol. Consigo dizer.

- Ruggero... Ruggero.. Ruggeroooo.
Ema sacode as mãos na minha frente.
- O que? Pergunto assustado. Ela olha para o elevador e depois para mim.
- Sabe sou sua irmã mais velha, e dela também foi difícil pra mim no início aceitar que meus irmãos se amavam. Faço uma careta e ela rir.
- Posso dizer uma coisa, não estou fazendo pressão nem nada, mais está na sua cara de bobo que ainda a ama.
- Como posso ama-la se não consigo lembrar de nada.
- E quem disse que precisa lembrar de alguma coisa aqui, Rugge olha pra mim.
Encaro seus olhos verdes os mesmos...
- O que sente por mim? Eu Ema sua irmã.
- Carinho, amor... você é minha irmã mesmo com pouco tempo eu confio em você e te quero um bem enorme. Ela sorrir.
- E você não precisou lembrar de nada do que passamos todos esses anos, só precisou sentir aqui. Ela põe a mão no meu coração.
- Não precisa lembrar, basta sentir o resto se encaixa. Fico em silêncio absorvendo suas palavras e então me dou conta que sinto, sinto mesmo e não é pouco, me apresso a correr.
- Onde você vai garoto? Volto correndo e beijo sua testa.
- Obrigado te devo uma. Ela rir e corro de volta para o elevador, chego ao estacionamento pego meu carro dirigindo, os trovões e relâmpagos fazem suas aparições no céu carregados de nuvens, a chuva forte batendo contra o vidro mais não deixo que me abalem, estaciono atrás de um carro perto do ateliê, saiu do carro e corro até a porta, bato no vidro mais parece que não tem ninguém, olho para trás o carro com a sacola que Karol saiu nas mãos ela está aqui é o carro dela, merda pego meu telefone e ligo pra Carolina.
- Oi Bubo onde você está o Agus está te esperando.
- Caro estou na frente do ateliê preciso falar com a Karol.
- O que houve Rugge está me assustando.
- Está tudo bem, só preciso... Preciso falar com ela Caro por favor.
- Tudo bem, está com seu chaveiro?
- Que chaveiro?
- As chaves de casa Ruggero.
- sim estou. Bato a mão no bolso da jaqueta.
- Aí tem todas as chaves lembra casa do papai, Mike, as suas e a do ateliê, eu coloquei uma reserva na sua.
- Obrigado nana te amo.
- Eu mais, não faça nada de estupido.
- Não vou prometo.


O próximo, vai derreter todos os corações, quero uma música que repente o nosso casal e estou abrindo espaço deixem nos comentários uma música que lembra esses dois 🥰😘😘😘

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