Capítulo nove

195 28 0
                                    

Jayce...

Nossos corpos, estavam grudados de suor, mesmo assim, não consegui me mover para longe dela.

— Estou grudenta.

Sorrio, acariciando seu ombro.

— Que tal, um banho?

Ela ergue sua cabeça, me examina com a testa franzida.

— Esta, me convidando para tomar banho com você?

Meu sorriso, quase não cabe no rosto.

— Claro, que pretendo tirar proveito disso.

Ela deixa uma risada escapar.

— Está tarde, preciso ir embora.

— Por que, não vou trabalhar amanhã e você, vai ficar sozinha, quando pode está aqui, desfrutando disso tudo.

Esfrego minha ereção, já imposta.

— Não vou ficar sozinha, tenho o Rex.

Reviro meus olhos e faço bico.

— Vai me trocar pelo Rex. Não mesmo, fica, ele também pode ficar, só não vou dividir minha cama com ele.

Ela deixa uma risada ecoar pelo quarto. Aquele som vibra em meu coração.

— Vai ficar?

Ela desvia os olhos, parece refletir.

— Jayce, não sei...

— Zinn, pare de pensar, eu não faço ideia, do que você tem medo, sei que tem algo.

— Só não tenho certeza.

— Também não tenho certeza do futuro, somente do que quero agora, e nesse momento, quero ficar aqui, com você.

— Por quê?

Solto um suspiro, demorado.

— Me sinto bem, gosto de está com você, não há uma definição, somente um desejo. Seu sorriso, sua risada.

Enfim, ela suspira.

— Tudo bem, eu fico.

Meu coração transborda.

Seguimos até o banheiro, onde repetimos mais um pouco, a sensação de tê-la assim, tão próxima, era revigorante.
Coloquei uma calça do pijama e cedi a camiseta para ela.

— Pronto, agora sim, limpinha.

Ela sorri, se move até a cama e senta na beirada. Eu bato ao meu lado, fazendo ela se aconchegar nos meus braços. Lentamente, ouço sua respiração se acalmando, me rendo ao sono, logo em seguida.
Acordo assustado, um grito de pavor reverberou pelo quarto, corro até o interruptor e acendo a luz. A visão a seguir fez meu peito se afundar.
Zinn, estava encolhida, os olhos apertando com tanta força, parecia querer se livrar de alguma imagem.

— Zinn?

Aproximo-me com cuidado, toco em seu ombro, ela grita se debatendo.

— "Não, por favor, pare...

Deus, ela devia está tendo um pesadelo, o pavor em seu rosto é de cortar o coração.

— Ei, sou eu, Baby, abra os olhos.

Ela piscou rapidamente, lágrimas escorriam pelo seu lindo rosto, transtornado pela dor.

— Linda, sou eu...

— Desculpe...desculpe.

A puxo para meus braços, seu corpo todo tremia, enquanto eu a apertava contra meu peito.

                       *********

Passou um longo tempo, antes que ela controlasse, os espasmos em seu corpo, senti lágrimas molhando meu peito.

"Ela estava chorando"

Acaricio seus cabelos, afagando, tentando, conforta-la. Eu não sabia, o que havia causado tanto pânico, mas ela estava encolhida, sem me olhar.

— Quer um copo com água?

Ouço sua respiração trêmula.

— Linda, fale comigo.

— Jayce, só me abrace.

— Foi um pesadelo?

Ela assenti.

— Quer me contar?

— Não, eu só quero esquecer.

Ela ergue seu rosto, havia tanta dor no fundo, de seus olhos. Ela se move, colocando uma perna de cada lado, se acomodando em meu colo.

— Me faz esquecer, Jayce.

Suas mãos ainda tremem, ao tocarem meu peito, seus lábios se chocam contra os meus, num beijo desesperado.

— Linda...

— Por favor.

Eu queria perguntar, queria respostas sobre o que a apavora tanto, mas senti seu desespero. A minha vontade de protegê-la a livrando do que fosse, me dominou. A seguro pela cintura, a fazendo se erguer.

— O que você quer, Baby?

Sua respiração estava ofegante, conforme nos beijamos.

— Quero você...

— Fale, preciso que descreva.

Ela morde o lábio, a reação é imediata no meu pau.

— Eu quero...

— Diga?

— Quero montar em você...

Abro um sorriso, e a coloco no chão.

— Seu desejo, é meu prazer, linda.

Desço a calça do pijama, expondo minha ereção dura e pulsante, o seguro, deslizando uma das mãos. Sento-me na beirada da cada, aguardando ela assumir o controle.

— Pronto, sou todo seu.

Um brilho de luxúria sibila em seus olhos, ao se livrar da calcinha e camiseta. Sem pressa ela desfilou até mim, colocando uma perna de cada lado, pude sentir o calor na sua abertura, quando ela ameaçou deslizar. Assumi o controle, segurei sua cintura, aproveitando a altura dos seus seios, abocanho um de cada vez, a fazendo arquear.

— Jayce!

— Vou te devolver o controle, linda, só ouça.

Ela me beija.

— Preciso que deslize sem pressa.

Ela começou fazendo, tudo que eu comandava.

— Assim, sinta eu preenchendo-a, sem pressa. Respire, sinta meu pau, dilatando suas paredes internas.

Ela treme os olhos, ameaçando fecha-los, eu a impeço.

— Não feche os olhos.

Ela os reabri rapidamente.

— Assim, agora me diga, o que sente?

Ela morde o lábio.

— Diga, descreva...

— Jayce!

Seguro seu rosto e a olho fixamente.

— Você consegue, diga?

— É tão quente, quando deslizo, assim, tá sentindo. Parece que vou me partir em duas, então, você encaixa, fazendo dilatar tudo, agora, posso sentir, minha úmida se misturando com a sua. Nosso calor, cada movimento, sinto algo dentro de mim, se comprimir. Você sente isso?

— Cacete, estou quase explodindo linda, o modo como está apertando meu pau.

— Gosta?

— Porra, vou te encher com todo meu calor...merda, merda...

Ela joga a cabeça para trás e grita, enquanto pulso, esvaziando tudo dentro dela.

Suados e cansados, eu a virei, deitando na cama. Acariciei seu ombro, deslizando por suas curvas, meus olhos param numa cicatriz, como meus olhos, não conseguiram enxergar aquilo. Meu dedo traçou, o que parecia ser um enorme corte, ela se retraiu imediatamente.

— O que foi isso?

Por um tempo, só se ouvia sua respiração, estava baixa.

— Zinn?

Um longo suspiro, então fala.

— Um acidente...

Havia algo de automático em sua resposta, era quase como se me impedisse de continuar questionando.

— Um acidente, como foi?

Outro longo suspiro.

— Podemos, deixar isso para depois?

Ela definitivamente, tinha um problema em confiar, isso a deixava sempre na defesa.

— Tudo bem, descanse, amanhã temos um longo dia.

— Não vai mesmo, dizer aonde vamos?

— Não, também sei guardar segredo.

Ela fica em silêncio. Talvez eu tenha sido hostil com as palavras.

— Desculpe, linda.

— Tudo bem, você está certo, eu só não estou preparada para falar nada.

— Quando quiser, tudo bem?

Quando o cansaço predomina, adormecemos abraçados.

Lágrimas De SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora