Capítulo dezesseis

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"Olhem a ordem dos capítulos, ok? O wattpad quer me tombar mas não vai conseguir"

Pov Carol

-Você precisa comer.- Minha mãe insistiu mais uma vez. Apesar dela ter visto Day saindo do meu quarto, e eu correndo atrás dela, ela ainda achava que eu estava assim pelo que tinha acontecido na casa da praia.-Você não tem comido nada.

-Não estou com fome. - É verdade eu não sentia fome. Há um mês eu não vivo, apenas sobrevivo, eu estraguei tudo novamente. A culpa de Day ter se afastado de mim era toda minha.

Eu já tinha ligado, mandado mensagem, feito de tudo, mas ela não queria nenhum contato comigo. Nos primeiros dias eu ia para a escola na esperança de encontrar ela, mas isso não acontecia, e de uns dias pra cá eu também parei de ir. Minha mãe falou para a diretora que eu não estava muito bem, e isso acabou resultando em eu ter que fazer todas as atividades em casa.

Me afastei de tudo. Passava o tempo todo dentro do meu quarto, chorando e me lamentando por tudo. Eu só me dei conta que amava Day, quando eu perdi ela. Sim, eu amo aquela garota.

-Tudo bem, não vou insistir mais.- Ela saiu do meu quarto, mas deixou a bandeja de comida ao meu lado.

Alguns minutos depois escutei alguém batendo na porta do meu quarto, e eu pedi para que entrasse.

-Podemos conversar, Carol? -Mário perguntou sentando na ponta da minha cama, e eu assenti.- Eu sei que você está assim por um conjunto de fatores, mas sei também que aquela menina Day, mexe muito com você, e sua mãe nem sonha com isso.- Ele sorriu. -Eu não tenho filhos biológicos Carol, mas eu tenho você, a filha que o mundo me deu, e eu agradeço todos os dias por isso. -Deixou cair uma lágrima.- Eu sinto a necessidade de te proteger, e eu tento fazer isso, mas infelizmente o mundo é muito cruel, minha menina.- Ela pegou na minha mão.- Eu sempre fui apaixonado por sua mãe, mesmo antes dela me conhecer, esperei por ela durante anos, mas nunca desisti dela. E bom, o que eu quero te dizer, é que se realmente você ama ela vá atrás, não desista dela, não tão fácil assim.- Ele me olhou com os olhos cheios de lágrimas.- Sei que você ainda tem medo de se entregar, e eu entendo, mas peço que vá atrás do que te faz feliz, e se você acha que ela te trará felicidade, vá atrás dela.- Eu chorava junto com ele agora.- Eu corri atrás da sua mãe, porquê lá no fundo eu sabia que ela me faria feliz, eu acertei, e hoje sou o homem mais feliz do mundo.

-E-ela não quer me ver. -Eu já estava aos prantos.

-Seus amigos estão lá embaixo, acho que eles sabem como resolver isso.- Ele beijou a minha testa e levantou.- Ás vezes precisamos reviver nosso passado para viver um presente em paz. Tente explicar pra ela o que você passou.- Como eu iria fazer isso? Ela não me ouve. -Vou chamá-los.-Falou e saiu.

Ele estava certo, eu deveria tentar ir até ela, de alguma forma, ao invés de desistir de tudo. Eu tentaria pela última vez fazer com que ela me ouvisse.

-CAROL.-Bruno gritou entrando no meu quarto e pulando em cima de mim. Elana e Thay vieram logo atrás dele.- Eu senti sua falta Nicole.- Eu e Bruno costumávamos nos chamar assim desde a infância.

-Você não pode ficar longe da gente por tando tempo cabeção.- Elana falou me abraçando.

-É Carol, eu não aguentava mais ver a minha namorada chorando por você.- Thay falou me fazendo ri.

-Pera vocês estão namorando?- Perguntei surpresa.

-Ela me pediu em namoro e eu aceitei.- Elana falou sentando na poltrona ao meu lado.- Ainda não acredito que desencalhei.

-Nem eu, agradeça a Thay todos os dias por isso.-Bruno falou e todos nós rimos, menos Elana que jogou uma almofada no garoto.

-Você está melhor Carol?-Thay perguntou e eu apenas assenti.-Você ainda não falou com a Day né? -Neguei.

-Precisamos dar um jeito nisso.-Nana falou.

-Mas como?

-Tem que ter um jeito, não aguento mais ver a Sara com ela.-Bruno disse se levantando.

-Aquela vaca está com ela?- Perguntei.

-Sim, elas não desgrudam mais.-Thay falou.-O pior é que a mãe da Day ama a Sara, então ela vive na casa da Day.

-Ela ficou bem puta quando viu seu beijo com pedro.-Bruno falou.

-Foi ele que me beijou.

-Você ainda quer tentar se explicar pra ela? -Elana perguntou.

-É tudo que eu mais quero.

-Então você vai fazer isso, nem que eu tenha que amarrar a Dayane.-Thay falou andando de um lado por outro do quarto.

-Como você vai fazer isso, amor? -Elana Perguntou indo até a garota e fazendo ela parar de andar pelo quarto.- Vai acabar furando o chão.

-Vai se foder Elana.- Thay sentou na ponta da cama e Elana riu.- Já sei como vamos fazer isso.

-Como? -Bruno perguntou.

-Victor vai dar uma festa hoje, Day me falou que vai acompanhada de Sara.

-E onde nós entramos nisso? Bruno perguntou novamente.

-Vamos dar um jeito de pegar o celular da Sara e mandar mensagem falando onde supostamente Sara vai está.-Thay falou.- Mais na verdade a Carol é que vai está lá.

-Eu topo, mas onde elas vão se encontar?.-Bruno falou animado.

-Elana me falou uma vez que a casa da tia dela fica vazia.- Ela olhou para Elana.- Elas podem ir conversar lá, né amor?

-Claro, auau.- É bem engraçado ver o jeito que as duas se tratam.

-Eu espero que der certo.-Falei.- vai nós ajudar com a Sara, Elana?

-Eu não sou nem louca de negar algo que a minha mulher propôs.- Ela falou e nós rimos.

Ficamos conversando por alguns minutos, e depois eles foram embora ou melhor foram atrás da Sara. Thay ficou de mandar uma mensagem pra mim com a loclização do lugar. Eu estava super ansiosa, isso tinha que dar certo. Fui me arrumar logo e assim que terminei escutei meu celular, corri pra ver a notificação e era a Thay.

"Já estamos com a víbora, e iremos manter ela ocupada por um tempo. Você já pode ir atrás dela agora. Boa sorte Carolzinha. *Localização*."

Assim que li chamei o uber e fui até o local. Vou tentar fazer com que ela me ouça, se ela não quiser me ouvir deixarei ele em paz, como ela pediu, deixaria ela livre, ser feliz mesmo que a felicidade dela custe a minha.

Give me loveOnde histórias criam vida. Descubra agora