Capítulo vinte e dois

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Será que alguém pode me falar se a ordem dos capítulos voltou ao normal ai? Aqui pra mim tá tudo certo.

Pov Carol

Hoje tinha tudo para ser um manhã de sábado perfeita, se não fosse o mundo desabar lá fora, eu gostava de chuva, mas ainda preferia o calor do sol.

Tive diversos pesadelos durante a noite, todos envolviam day, ela não me ligou para falar que chegou bem e acho que isso acabou me deixando preocupada demais.

-Bom dia! - Deixei um beijo na bochecha da minha mãe, hoje é o dia da folga dela, costumávamos tomar café da manhã juntas todos os sábados, era mais uma forma de compensar as manhãs que ela saia sem ao menos me ver. - Cadê o Mario?

-Bom dia! - Respondeu sorrindo. - Ele teve que ir trabalhar hoje. - Apesar de estar com um lindo sorriso no rosto, eu conhecia bem a minha mãe o suficiente para saber que ela queria perguntar alguma coisa.

-Pode perguntar dona Rose. - Ela me olhou surpresa. - Eu sei que quer perguntar algo.

-Já que insiste. -Suspirou.- Você sabe que pode me contar tudo, né? - Assenti. -Sabe que sempre vou te apoiar, e te amar independente de tudo? - Assenti mais uma vez.

Eu estou em choque, esse tipo de conversa causava esse efeito em mim, sei bem onde ela quer chegar com isso, e me preparei por anos para esse momento, mas é como se eu nunca estivesse realmente pronta. Sabe quando você simplesmente trava? Sabe quando o seu corpo estremece, passa a não te obedecer e você sente tudo por dentro gelar? Um medo tomou conta de mim, eu passei a minha vida toda ouvindo de algumas pessoas que meu jeito de amar estava errado, que eu não podia amar outra mulher, e por muitas vezes eu me condenei por isso. E se ela pensasse como os outros? E se tudo que ela falou fosse da boca para fora? E se ela não me aceitar como eu sou, eu estaria perdida.

-Você quer me contar algo? - Estava nervosa demais e tudo que eu consegui foi negar. - Nada? - Olhou nos meus olhos.

-E-eu não tenho nada para contar. -Chegava a ser impressionante como o tempo passava e os meus medos permaneciam.

-Eu vou ser um pouco mais clara, filha. - Respirei fundo, e torci para que alguém me tirasse dali. - Rola alguma coisa entre você e Dayane?

Na minha cabeça além das perguntas da  minha mãe que ecoavam, em um som irritavelmente alto, eu ouvia o meu coração, ela batia forte, tão rápido que eu poderia jurar que ele pularia da minha boca se eu pronunciasse algo.

Eu estava prestes a entrar em pânico, outra vez.

Comecei a pedi para tudo que é mais sagrado para que me tirasse daquela situação, eu não estava pronta para aquilo, eu não estava pronta, mas quando eu estaria?

E como um passe de mágica, ou como se algum tipo de anjo sentisse pena de mim, a campainha tocou, repetidas vezes, me tirando dos meus devaneios. Não consegui nem levantar direito  para ir atender e me livrar daquela situação, muito menos agradecer por sei lá o que ou quem tivesse me ajudado. Não sei se agradeceria se soubesse o que ira acontecer.

O menino de cabelos compridos e que sempre tinha um sorriso largo no rosto, entrou na minha casa as pressas, dessa vez ele não tinha um sorriso simpático, e sim uma expressão preocupada, de quem não tinha dormido nada durante a noite.

Victor se aproximou e então pude ver seu rosto abatido e uma lágrima solitária escorrendo no seu lindo rosto.

-Pelo amor de Deus diz que ela está aqui.-Franzi o cenho, confusa. - A Day, ela está aqui não tá? - Seu jeito preocupado me deixava preocupada, se ele não sabia onde ela estava eu não fazia a mínima. Onde a minha garota se meteu?

-Não vejo ela desde ontem à noite.-Respondi tentando manter a calma. - Ela me deixou em casa e falou que teria que conversar com a mãe. - Victor suspirou derrotado. - O que está acontecendo?

-Dayane me ligou durante a madrugada, ela estava completamente bêbada no centro da cidade. -  Ele tentava ser calmo. - Disse que a mãe tinha dito coisas horríveis sobre ela. - A minha garota precisa de mim. - Que você não amava ela e que ela não fazia bem para você.

-De onde ela tirou isso?

-A mãe dela. - Uma lágrima voltou a descer. - Ela sempre sabotou a Day, nunca foi presente na vida dela e quando foi só trouxe trauma. - fechou a mão em punho. - Mas eu juro que essa é a última vez, isso não vai ficar assim.

-Onde ela está? Eu preciso ajudar a minha garota, eu preciso dela aqui - Nem me importei com a minha mãe, que ouvia tudo atentamente, o que importa nesse momento é a minha garota.

-Eu não sei, ela disse que tentou ligar para você algumas vezes, por isso achei que ela estivesse aqui.

-Meu celular acabou descarregando ontem. - Olhei para minha mãe que me olhava com dúvida. - Vou pegá-lo.- Subi para o quarto, e quando peguei o meu celular percebi que Day tinha me ligado várias vezes durante a madrugada.

Desci novamente para a sala e tentei ligar para Day, mas antes que eu fizesse isso, o celular tocou, número desconhecido.

-Alô? - Uma voz grossa soou do outro lado da linha. - Sou o Erik. -Suspirou. - É algum familiar de Dayane de Lima Nunes?

-Namorada. - Falei quase em um sussurro. - Onde Dayane está? - Perguntei nervosa.

-A moto dela beteu em um carro. -Respirou. - Ela devia estar alcoolizada demais, não sobrou muita coisa da moto dela. - As minha lágrimas desceram, nada podia ter acontecido com a minha menina. - Achei seu número na carteira dela, achei que deveria avisar.

-Cadê ela? Como ela está? - Dayane tinha que está bem. - FALA ALGUMA COISA - Me desesperei e victor me tomou o celular e continuou falando com Erik, bem mais calmo que eu.

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